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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O despertar de um pesadelo

Naquela noite me perdi em pensamentos e ele não saía da minha cabeça. Por que será que dizer eu te amo a ele, agora doía tanto? Eu precisava me entender. Eu queria ele, mas ao mesmo tempo algo me dizia; “é melhor parar!”. Eu precisava de uma explicação de uma resposta concreta.   

Eu vi em uma revista que o Luan estava ficando com uma menina. Quando foi perguntado sobre mim ele disse:

“Eu quero esquecer aquela que um dia me magoou e que não soube me mar. Mais ela significou muito pra mim, porém, a vida continua!”

Quando li aquilo meu coração apertou. Era uma dor insuportável. Chorei.

“Burra! Imbecil! Idiota! Você está assim por que você escolheu assim! Você não soube ser forte o suficiente!” Eu dizia isso, a mim mesma. Era culpa minha aquilo.

Tentei ligar pra ele várias vezes e ele não atendia. O Luan não me atender? Era sério. Liguei pro Anderson e ele me disse: “B não insiste!” Eu chorei o dia inteiro.

Aquela dor era grande demais, eu não ia conseguir sem ele. Eu não iria conseguir andar sem ele. O Luan era meu farol, me guiava. E o Diário? Eu não sou nada sem ele. E as fãs? Foi uma luta pra eu ser aceita e agora? Elas iriam me odiar.

Eu lutava pra suportar essa dor, mas não dava, era mais forte que eu. Eu chorava, suava frio e me perguntava: “Por que eu quis assim?”

-Filha?

Ouvi alguém me chamando, mas era um chamado baixo e foi crescendo. Abri meus olhos, assustada. Eu ainda estava no meu quarto e minha mãe estava diante de mim, senti m alívio imenso.

-Mãe! Abracei-a.

-Filha o que foi? Você estava gritando e quando eu cheguei aqui estava se debatendo na cama, parecia lutar contra alguém.

-Foi um pesadelo?

-Acho que sim! Ela me olhou assustada.

-Ainda bem! (Sorri) Eu gritava o que?

-Luan eu te amo! Ela sorriu.

-Sério? Arregalei os olhos.

-Sério! E sabe o que sua sogra me falou?

-Não! Ela te ligou?

-Ligou e disse que o Luan também fala isso dormindo e ainda pede pra você voltar!

-Eu te amo ele dizia... Sorri sem graça.

-Ela disse que agora é mais frequente que antes. Vocês têm que voltar filha!

-Mãe, eu sei o que eu vou fazer. Boa noite! Dei um beijo nela.

-Filha...

-Mãe boa noite!

Ela saiu do quarto e eu sabia o que fazer. Descobri por que dizer “eu te amo” doía: “Por que ele não está comigo!”

Esses dias, sem o Luan, me fez pensar nele e sentir mais falta. Percebi que minha mãe estava certa, que aquele medo de perder ele era normal.

Todas as noites eu me pegava ouvindo o CD dele. Resistir, todas as noites, a vontade de ligar pra ele, mas ele sempre ligava. Eu deixava o celular tocar mais tempo que o normal pra ver se ele desistia, mas quem eu estava enganando? Eu sabia que o Luan iria ligar a noite toda se pudesse e eu não iria resistir. E eu não aguentava mais aquela distância, agora, entendia o que as fãs sentiam.

Um tempo pra nós dois

-Luan eu estava pensando em...

-O que?

Estávamos no escritório e o Luan estava lendo umas cartas, de fãs.

-Eu vou pra casa!

-Pra sua?

O clima entre a gente ainda não estava bom. Já tinha passado uma semana e o clima tinha melhorado um pouco, mas ainda não tinha voltado ao normal.

-É! Pra Salvador. Respondi.

-Mor aqui não!

-Aqui não o que?

-A gente ta no escritório depois a gente conversa!

-Não tem ninguém aqui!

-Ta! Por que você quer ir? Ele virou pra mim.

-Por que eu estou com saudades, simples.

-Não é simples!

-Claro que é Rafael!

-Amor a gente ta estranho um com o outro e as fãs estão percebendo. Achei que quando a gente tivesse uma folga iríamos resolver isso!

Meus olhos encheram de lágrimas.

-Olha como você fica! Ele me abraçou.

-Eu ainda não quero falar sobre isso, desculpas! Eu quero ir pra casa, só isso!

-E você vai ficar mal assim? E eu?

-Eu vou e volto como sempre faço!

-Será que você volta?

-Luan que papo é esse?

-Você vai voltar pra mim ou pras as fãs?

-Luan eu não estou te entendendo...

-É que você está assim comigo, com a gente. Eu to muito mal com isso!

-Eu também! Só quero um tempo, pra eu pensar, só isso!

-Um tempo? E esse tempo vai durar esses três dias, que a gente tem livre?

-Claro! Depois você tem show e eu tenho que voltar pro Diário.

-Só pro Diário?

Olhei pra ele e não conseguir dar uma resposta. “O que estava acontecendo? Minha resposta seria: E pra você também!”, mas não saía nada.

-Esse tempo vai dizer sim ou não? Ele continuou.

-Não sei! Abaixei minha cabeça.

-Amor eu te amo! Não faz isso com a gente! Pensa direitinho, minha vida. Pensa em mim e em você. Eu não quero te perder! Bia olha pra mim, (Ele ergueu meu queixo) eu estou com muito medo de perder você!

-Eu estou com medo, também! É isso que ta me deixando assim!

-Então pra que ter medo? Eu não vou te deixar!

-Luan eu prefiro ir pra casa!

Eu e ele estávamos com os olhos cheios de lágrimas.

-O que eu digo pra minha mãe? Ela preparou o almoço pra gente.

-Diz a ela que eu agradeço muito, mas que eu aproveitei pra ir pra casa.

-O seu voou é que horas?

-Daqui a duas horas!

-Eu levo você!

-É melhor não! Eu já chamei um taxi.

Ele me olhou, com um olhar de súplica. Eu dei um selinho nele e dei as costas. Eu estava quase saindo e ele me puxou e me deu um beijo. Um beijo demorado e cheio de amor. Um beijo que lembrava o primeiro.

-Vai, mas volta pra mim, também!

Dei um sorriso e saí.

Eu passei esses dias pensando... Na verdade passaram mais que três dias, quase uma semana. Sempre ajudava o Max no Diário pelo celular ou pela internet. Evitava ao máximo contato com o Luan, eu queria um tempo pra nós dois.

-Filha olha!

Minha mãe me chamou. Eu estava na cozinha preparando uma coisa pra eu comer, e ela na sala assistindo TV.

-O que foi? Apareci, comendo.

-O Luan!

Quando eu o vi, na TV, meu coração disparou. Eu precisava dele, eu queria ele. Dei risada com as coisas que ele falava e fazia.

-Tenho certeza que esse medo que você está sentindo é zelo. Minha mãe me falou.

-Mãe não começa! Reclamei.

-Filha você passa o tempo todo com o celular na mão, esperando dá a hora certa pra você ligar. Entra na internet e fica procurando um motivo, um assusto pra falar com ele. Vocês se amam e isso,... Esse medo é normal!

-Mãe é pelo Diário, ok? Tenho que ajudar...

Eu olhei pra ela e quando fui terminar de dar uma resposta ele ligou.

-Mor?

-Oi!

-Me viu na TV?

-Vi! Que nojo Luan, você pegando naquela minhoca.

Ele riu.

-Você está bem? Ele perguntou.

-To sim! E você?

-To levando! Você volta?

-Amanhã...

-Amanhã?

-Não...

-Não?

-Ai Luan me deixa falar! Dei risada.

-Ta!

-Eu ia voltar amanhã, mas minha mãe inventou de fazer um programa de família. A gente vai pra casa de praia da minha tia, então só volto sexta.

-Sério?

-Sério! As meninas estavam me cobrando pra aparecer no Diário. Ri.

-E eu... Pra você aparecer na minha vida!

Quando o Luan falou aquilo meu coração parecia que iria saltar pela boca.

-Lú eu... Te ligo tá?

-Quando você for, quando você chegar e pra me dizer bom dia, boa tarde e boa noite?

Dei risada.

-Ta! Respondi.

-E eu vou te ligar quando eu estiver pensando em você, ou seja, não deixa o celular longe de você nenhum momento!

-Ta!

-Promete?

-Meu celular, ainda, não é aprova d’água então vai ser difícil!

-B não brinca! Diz que me ama?

-Ta parei! Diz o que? Falei entre o riso.

-Que me ama, ainda.

-Luan não começa!

-Me diz, eu preciso ouvir, por favor!

-Te amo! Falei baixo. Falar isso de novo doía muito.

-Eu te amo também. Volta pra mim logo!

-Sexta Luan!

-Vou esperar, acho!

-Acha?

-Eu vou atrás de você. Você vai ver!

Depois que a gente se falou eu fiquei no meu quarto. Arrumei a mala e deitei na minha cama olhando pro teto eu pensei...

O medo de perder

No outro dia a gente seguiu para o Rio e o Luan resolveu pegar a câmera do Diário e dá uma de cinegrafista. Ele filmou a viagem toda e aproveitou pra brincar. As fãs amaram.

-Luan pára! A Dag estava reclamando.

Quando pousamos no aeroporto o Luan ficou perseguindo ela e perturbando muito. Eu só fazia ri.

-Mor vai pro médico que horas? As meninas tão perguntando. O Luan estava, ainda, filmando. Estávamos na van indo para o hotel.

-Eu vou assim que eu comer por que eu to com fome! Vou me livrar disso hoje, sem falta! Ri.

-E você está bem?

-Estou!

-Estão perguntando se você me empresta. O Luan riu.

-Eu não! Sorri.

-Mor tão mandando você deixar de ser egoísta!

-Sobre isso eu sou! Brincando viu amores! Sorri.

Seguimos com o Luan filmando tudo.

Depois de termos almoçado, segui pro hospital para tirar a “bota” da perna. O Luan filmou tudo.

-Atenção a B vai tirar a “bota”! O Luan riu enquanto filmava.

O médico estava rindo e tirando a “bota” da minha perna. Depois que eu tirei eu tive que fazer um raio-X que não deu nada, estava novinha em folha.

Quando estávamos saindo do hospital o Luan e eu tiramos fotos com funcionários, médicos e enfermeiras. Na porta muitas fãs esperavam a gente. O Luan tinha desligado a câmera pra atender a todos.

Depois de atendermos as fãs seguimos para o ensaio no local do show. Decidimos que as músicas para votarem seriam Amar não é Pecado e Um Beijo.

-Quer apostar? O Luan me desafiou.

-O que?

-Eu acho que a Amar não é Pecado vai ganhar!

-E você que apostar o que? Perguntei.

-Cunha!  A Bruna gritou.

Eu e o Luan estávamos quase se beijando.

-Brigada piroca! O Luan agradeceu ironicamente.

-Oi Bru! Eu virei pra ela e abracei-a.

A Bruna chegou com uns amigos e com umas primas também.

-Oi irmão! Como você está? A Bruna falou ironicamente.

-Vocês não vão começar né? Reclamei, depois de ter cumprimentado todos.

O resto do dia foi de muitas risadas, tanto no ensaio quanto a ida pro show. Mais a Jeny, uma das primas do Luan, trouxe uma “amiga”. Ela e o Luan enquanto conversávamos relembravam coisas que pareciam falar em códigos pra mim. Fiquei observando e eles tinham mais intimidade do eu esperava, pra mim só eram amigos, mas eu estava enganada, no passado foram mais que isso.

Depois da entrevista para o Diário, que todos participaram a Bruna, as primas e essa amiga foram para o local que iriam assistir ao show e eu fiquei com o Luan no camarim.

-A gente ainda nem apostou né? O Luan comentou.

-Apostou o que? Perguntei a ele, mas minha voz era de raiva.

-A música! Ainda continuo com Amar não é Pecado.

-Ah! É verdade! Eu falei distraída com o notebook. Não dei muita importância.

-Aposta?

-O que?

-Uma noite inteira!

Ele me puxou, fiquei em pé. Ele me beijou, aquele beijo que só ele tinha e que me fazia arrepiar. Mais eu não demonstrei nada, me segurei ao máximo, nem um beijo nele eu dei direito me virei pro espelho.

-Amor o que você acha dessa? O Luan me perguntou da pulseira. Eu estava me olhando no espelho, ainda.

-Hã?

-O que foi? Ta pensativa assim por quê?

-Por nada!

-Como assim por nada? Você ficou estranha o dia todo!

-Essa, pulseira, ta linda! Esquece! Virei pra ele.

-Olha se for por causa da amiga da Jeny...

-Tudo bem!

-Tudo bem mesmo? Ele perguntou.

-Tudo!

-Te amo viu?

-Boa sorte! Também te amo! Dei um abraço nele e saí. Ele ficou, apenas, olhando.

“Ela é bem mais bonita que eu. Ela tem mais corpo. Ela é mais velha!” Eu pensava e olhava pra ela, durante o show.

-Cunha o que foi? A Bruna perguntou.

-Nada, não!

-Vocês brigaram? A Jeny perguntou.

A menina que parecia hipnotizada pelo Luan, na mesma hora, virou pra mim. Eu a encarei e virei pra Jeny.

-Não! De jeito nenhum! Eu to meio cansada. Sorri.

O resto do show eu tentei me distrair um pouco. Eu tinha que ligar pra Ju e desabafar. Pela primeira vez eu estava com, muito, medo de perder o Luan.

-Amor você topa? O Luan perguntou se eu queria ir jantar com eles.

-Vamos! Dei um sorriso disfarçado.

Durante o jantar eu dei risada me distrair e o Luan ficou comigo o tempo todo. Mais eu ainda estava incomodada com a presença daquela menina.

-Mor assim não dá! Você ficou com essa cara a noite toda! O Luan reclamou quando chegamos ao hotel.

-Não dá? Falei em um tom alto.

O Luan se assustou e olhou pra mim.

-Não dá é ficar vendo você e ela recordando coisas do passado e eu com a cara de “merda” do seu lado, sem saber nada!

-Mor...

-Mor nada! Luan eu vou tomar banho que é o melhor que eu faço!

Quando virei de costas o Luan me segurou pelo braço e me virou.

-O que você quer? O que você quer saber? O Luan falou firme comigo.

-Ai! Ta machucando! Eu não quero nada, aliás, me larga!

-Quantas vezes eu vou ter que te dizer que te amo?

-Quantas, você achar melhor! Me larga Luan!

Ele me soltou e eu olhei de cara feia pra ele e fui tomar banho. Demorei no banho, chorei muito, não queria ter falado com ele daquele jeito. Eu fui burra por que eu demonstrei o que aquela menina queria; raiva.

-Luan você não vai tomar banho, não?

Ele estava dormindo na cama, já. Ele abriu o olho e me olhou.

-O que você tem? Ele perguntou ao me olhar.

-Sono! Vai tomar banho!

Aproveitei que o Luan estava no banho, peguei o celular e fui pra varanda. Liguei pra Ju.

-Oi amiga! Desculpas te ligar agora. Tava dormindo?

-Tudo bem amiga! O que foi? A Ju atendeu.

-To com medo!

-Medo de que?

-De perder o Luan!

-Por quê?

Eu contei tudo pra ela. A Ju era sempre uma super amiga. Sempre tinha uma palavra de conforto e sempre estava comigo pra tudo, assim como a Carol. Mesmo quando descobriram que ela era a “amiga da namorada do Luan” ela não mudou. Sempre ajudava os outros fãs clubes, pelo twitter.

-Amiga fica assim não! A Ju falava.

-Eu estou tentando!

-Mor ta falando com quem? O Luan chegou à varanda e me abraçou por trás. 

Ele queria quebrar aquele clima pesado entre a gente.

-Com a Ju. Amiga brigada por ter atendido! Boa noite viu?

-Não precisa agradecer amiga. Boa noite pra vocês também!

-E o nosso combinado? Eu ganhei! Ele sussurrou em meu ouvido, quando desliguei a ligação.

-Luan me solta! Olha; eu sei que a gente apostou, mas eu não to com clima,não.

Ele me soltou, fui deitar. Deitei e me cobrir inteira, dos pés a cabeça, com o lençol. Ele deitou do lado e me abraçou.

-Mor te amo! Ele sussurrou em meu ouvido e me deixou quieta.

Chorei a noite toda. Ele percebeu, por que começou a me fazer carinho e cantar Amar não é pecado, pra mim, mas aquilo me deixava pior. 

No outro dia eu acordei mais cedo, do que o normal, e desci pra tomar café.

-Que susto você me deu! O Luan chegou.

-Bom dia, pra você também! Por que susto?

-Ah! Bom dia! Por que eu acordei e você não estava lá!

-Minha mala está lá!

-Você ainda tá chateada?

-Não vai comer?

-Amor conta! O que você tem? Eu estou preocupado. É saudade? É o que?

-Luan eu não quero falar sobre isso. Vai comer!

-Mas eu quero!

-O problema é meu e eu não quero falar!

-O problema também é meu!

-Seu por quê?

-Por que tem haver comigo!

-Mais quem ta sentindo?

-Eu também!

-Luan vai comer depois a gente conversa. To indo!

-Mas...

-Perdi o apetite!

Subi e deixei-o sozinho.

O reconhecimento

Na sexta-feira minha mãe voltou pra Salvador, no sábado eu tiraria o negócio da perna.

-Não vejo a hora de me livrar disso! Falei empolgada.

Estávamos no quarto tínhamos chegado a BH, mais no dia seguinte iríamos pro Rio.

-Eu estava amando cuidar de você! O Luan veio pra perto me deu uma juntada e beijou meu pescoço.

-É? Respondi, virando-me pra ele. Eu estava em pé colocando o notebook pra carregar.

-É sim! Ele ainda beijava meu pescoço.

-Luan abre ai! O Max batia na porta.

-O que é que você quer? O Luan respondeu entre beijos em mim e mordidas no meu lábio. Não se mexeu.

-É sério! B abre é do Diário!

-Lú é o Diário! Falei empurrando o Luan, que não me soltou e beijava meu pescoço.

-Ah! Max depois você conta! O Luan reclamou.

-Ta! O Diário foi indicado pra dois prêmios!

-O que? Dei um empurrão no Luan que caiu sentado na cama.

Saí mancando o mais rápido que pude, pra abrir a porta. Pulei no Max e abracei-o.

-Você conseguiu! O Max dizia enquanto me rodava no ar.

-Nem acredito!

-Que prêmios? O Luan chegou.

-Sei lá! Um de inovação e outro de tecnologia.

-E são abertos pra votação? Eu perguntei.

-Não! Mais foi indicado né?

-Eu vou ganhar tá?

-Vaza Max! O Luan mandou.

-To indo! Que fogo! O Max saiu rindo.

-Vou comemorar! O Luan me puxou.

Comemoramos...

Depois de muitos elogios da produção/banda, fui contar a todos no twitter, mas já sabiam e tinham me mandado várias mensagens.

-Mor, a FamiliaLS já sabia! Falei pro Luan sorrindo.

O Luan estava deitado na cama comendo chocolate e assistindo TV.

-Eles sempre sabem de tudo, bem antes da gente! Ele sorriu.

-Amor me dá um chocolate? Pedi.

-Não!

-Não? Ah! Rafael larga de ser ruim!

-Só dou se vier aqui e me der um beijo, mas o beijo tem que ser o mais gostoso de todos.

-É?

-É sim!

Fui até ele. Estava sentada na cadeira editando os vídeos e ele na cama comendo. Sentei ao lado dele e beijei. Ele ficou brincando dizendo que o beijo estava ruim pra eu dar mais beijos, nele.

-Ah! Rafa me dá um vai amor! Você sabe que eu sou apaixonada por chocolate.

-Toma!

Ele colocou o bombom na boca e eu fui pegar.

-Luan e B abri aqui! A Dagmar chamou.

-Luan esses chocolates são da onde? Eu perguntei.

Ele riu e foi atender a porta.

-Luan você comeu o chocolate da garota chocolate? A Dag perguntou.

-Mais ou menos! Ele respondeu rindo.

-Luan?! A Dag reclamou e tomou os chocolates que estavam na mão dele.

-Amor você eu não sei não, viu! Eu ri.

O show foi ótimo. As meninas estavam preocupadas ainda comigo e perguntavam quando eu ia tirar o negocio da perna.

-Relaxem é amanhã! Ri.

Eu estava com o costume de me encostar na grade e ficar conversando com as meninas. Conversava sobre tudo. Sobre o fã clube, sobre o Luan, como elas estavam, enfim, parecia que éramos amigas de infância. Com a perna quebrada eu não ficava, por que o Luan queria que eu ficasse quieta.

-B a gente ta com saudades de conversar com você! Uma das meninas falou.

-Coisa linda é só até hoje! Também to com saudades de resenhar com vocês, mas o namorado disse pra eu ficar quieta.

As meninas riram.

Ao final do show, voltamos no hotel e no dia seguinte seguiríamos para o Rio.

É hora de descanso!

No dia seguinte, no bicuço, com o Luan, minha mãe, os pais dele, a Bruna e o Anderson, eu estava sendo mimada que nem criança de um ano de idade, e estava adorando.

-B olha isso! O Anderson me entregou uma pasta.

Abri à pasta e nela continha a agenda de shows do Luan do mês de junho.

-Mentira! Sério? Amor vou te ensinar a dançar forró. Abri um sorriso.

O Luan iria participar de várias festas na Bahia, quatro precisamente.      

-Com essa perna assim? O Luan perguntou.

-Quando eu tirar!

Todo mundo riu.

No hotel, sem os pais dele e a Bruna, que tinham ido pra casa, eu e o Luan ficamos em um quarto e minha mãe no quarto ao lado.

-Mor que carinha é essa? Perguntei a ele, que estava autografando uns DVDs e CDs.

-Nada! Ele respirou fundo.

-Ta cansado bebê?

-To mor! Ele levantou, da cadeira, e veio deitar ao meu lado, mas procurando colo e carinho.

Fiquei, com ele deitado em meu colo, fazendo carinho. Não demorou muito e o Luan dormiu. Era tão lindo vê-lo dormir, era como se ele fosse um anjo. 

Transmitia-me uma paz enorme, só, de olhá-lo e ver que ele estava descansando e feliz.

Fiquei observando o Luan durante o resto do dia e percebi cansaço no seu rosto, mas ele sempre superava o cansaço, por suas fãs. E isso me deixava orgulhosa, mas muito preocupada.

-Anderson me arranja a agenda completa do Luan? Eu quero até o horário que ele tem pra ir ao banheiro! Falei no camarim, depois da entrevista pro Diário.

-Por que isso? O Anderson falou rindo e meio assustado.

-Por que o Luan ta precisando dormir! Comendo ele até tá, mais dormir ele precisa!

-É eu percebi! E você vai fazer o que?

-Pegar até dois minutos que ele tiver livre e obrigá-lo a dormir.

-Eu te dou a agenda com todos os detalhes depois.

-Ta!

Como eu estava com a perna quebrada eu ficava no camarim esperando o show acabar, mas de vez em quando, eu subia e ia ver o show.

No hotel o Luan entrou no quarto, cosando o olho de sono e foi direto tomar banho. Depois que ele saiu do banho deitou e dormiu. Fui tomar o meu e depois de arrumada sentei na cama e aproveitei e fui editar uns vídeos pro Diário.

-Ah! Mor... O Luan reclamou, empurrou o notebook, que estava em meu colo, colocou a cabeça e pediu carinho.

Demorei um tempo pra dormir, e enquanto o sono não chegava,fiquei observando ele dormindo e fiquei pensando como é difícil pra ele tudo aquilo. Um show atrás do outro, reuniões, viagens, fãs (que cobra dele um sorriso, uma atenção, um carinho e, por muitas vezes, nem perguntavam como ele estava), gravações de programas, entrevistas, noites mal dormidas, namorada, família, saudade, enfim, muitas coisas que ele tinha que prestar atenção e fazer que me assustavam.

-Mor olha! O Luan me acordou empolgado.

-Hã?

Continuei de olhos fechados. Ele começou a fazer cócegas em mim.

-Pára Luan! Pára! Acordei o que é?

-Poxa! Eu todo empolgado! Ele fez um bico e um cara triste.

-Ah! Mor desculpa! Eu estava dormindo.

-Ta! Me da um beijo? Ele pediu.

-Vem cá!

Ele que estava sentado ao meu lado, na cama, abaixou pra me beijar, eu estava deitada.

-Diz! O que foi? Perguntei.

-Tenho o dia livre hoje! Agente vai fazer o que?

-O Senhor vai entrar no twitter primeiro, ai, depois a gente faz; nada.

-Gostei!

A gente riu.

Ele entrou no twitter e ficou conversando um pouco com as fãs, tinha um tempo que ele não fazia isso. As meninas me cobravam, pra pedir a ele pra entrar, não bastava ele aparecer no Diário elas sempre queriam que ele entrasse e desse atenção e falasse como ele estava.

O resto do dia a gente não fez nada, na verdade, saíram umas ideias bem legais. A gente iria fazer uma surpresa pras fãs no Fantástico, ao vivo, no domingo. As meninas votariam na música e a musica que ganhasse elas iriam o ver cantando em um show no Rio, ao vivo.

-Gostei disso! O Luan comentou.

-Tá tudo certo! O Anderson falou.

-Fechou? Por que eu vou dormir! Comentei.

Todo mundo riu.

-Fechou B! Vai lá dormir! O Anderson falou.

-Também vou! O Luan veio logo atrás de mim.

-Vão dormir mesmo crianças? A Dag brincou.

-Somos crianças temos o direito de brincar um pouco antes de dormir! Falei e ri.

-Êita! Que essa muié ta que ta! O Luan comentou e logo depois riu.

Uma última revisão

No hospital substituíram o gesso por uma, espécie, de bota. Eu senti um alívio, por que o gesso cosava muito. Aproveitei e vi o Jú, ele estava bem, mais ainda em observação, por causa da cirurgia.

-B o Jú vai ficar um tempo né? Uma amiga do Jú perguntou a mim, depois que eu sair do quarto do Jú.

-Vai sim! O Luan me dava apoio pra eu andar.

-Nossa! Eu nem acredito que eu estou perto de você. Ela falou como Luan.

O Luan sorriu.

-Eu sei que não é o melhor momento mais me dá um autografo e tira uma foto comigo?

-Claro! O Luan respondeu, mas antes, me deixou sentada em uma cadeira na recepção, ao lado da minha mãe.

Eu fiquei observando. Na hora do autografo ela foi pedir um papel, na recepção, se empinando toda e na foto ela ficou o mais próximo do Luan possível. Na hora da despedida eu atrapalhei...

-Ai! Fingir dor. Minha mãe me olhava e segurava o riso.

-Que foi mor? O Luan a largou na mesma hora.

-Ta doendo a minha coluna!

-Não ta na hora do remédio, não?

O Luan estava todo preocupado comigo e a menina olhando com raiva. Eu não faria isso se ela fosse uma fã, de verdade. As fãs querem chegar perto, pegar no Luan, mas era diferente. Elas respeitavam o Luan e a mim, também. Eu não me incomodava com o assedio das fãs, mas com meninas tipo ela, sim.

-Acho que sim! Vamos? Respondi.

-Vamos! Ele me ajudou a andar.

Quando estávamos de costas pra ela, eu virei e dei um tchau irônico pra ela.

-To com sono! Comentei no carro, da minha mãe.

O Luan que estava ao meu lado, no banco de trás, fez com que eu apoiasse a cabeça em seu ombro.

-Filha você não acha melhor ficar em casa, não? Minha mãe falava enquanto dirigia.

-Vai começar de novo? Reclamei.

-Filha pensa melhor... Luan fala alguma coisa!

-Eu já falei, mas ela é teimosa!

-Será que vocês não percebem que se eu ficar em casa é pior? Reclamei e cruzei os braços.

-Que linda ela né? Meu bebê! Minha mãe falou.

-É linda sim sogrinha!