Total de visualizações de página

terça-feira, 2 de outubro de 2012

FIM...?!

Tudo corria bem com a nossa família, eu e o Luan sempre nos desdobrávamos para ficar com o Rafa e satisfazer alguns desejos dele, que ele sempre nos pedia com aquele jeitinho dengoso e cheio de biquinhos lindos, que tinha herdado do pai. A cada segundo que passávamos juntos percebia que tudo na minha vida tinha dado certo e não me arrependia em nenhum momento de ter largado tudo, desde o começo, para viver o amor. O amor que sentia por uma pessoa, que era tão forte que não suportaria viver sem. Um amor que me ensinou a amar de outra forma, uma forma ainda mais pura; me ensinou a amar como mãe.

Desde o começo, desde que éramos pequenos que meus pais viviam viajando eu sabia que um dia eu o encontraria de novo, o Luan tinha marcado muito e isso tinha se confirmado com o nosso reencontro, onde tudo, realmente, começou a acontecer. Cada momento ao lado dele marcava demais e somente fazia o meu amor por ele aumentar, e eu o agradecia muito por ter insistido em nós dois. Foi com ele que descobri o que, realmente gostava de fazer o que me fazia feliz. Foi por ele e para ele que tomei forças para encarar todas as dificuldades e seguir minha vida. 

Tudo o que eu passei com ele; cada momento, segundo, sorrisos, lembranças, brigas, saudade, beijos, ficarão pra sempre marcados em mim. Ao lado dele cresci, amadureci, me modifiquei e tudo por ele, para agradá-lo e para amá-lo a cada dia mais. Me enquadrei a vida dele para conseguir ser feliz e fazê-lo feliz, por que eu só me sentia completa quando ele estava ao meu lado e só ficava feliz ao ver o sorriso em seu rosto. E eu nunca vou esquecer dois dos seus sorrisos mais bonitos: um quando lhe contei sobre o Rafa e o outro quando nos casamos.

A minha vida era ele, na verdade eles; o Luan e o Rafa, os meus dois Rafa's. Faria tudo de novo, erraria e acertaria, tudo de novo, por que o resultado seria o mesmo: nós dois. Tudo o que eu acompanhei ao lado dele suas conquistas, suas lutas, seus momentos tristes e felizes, todos eles eu pudi perceber o quanto éramos ligados por que permanecemos juntos firmes e eu estava onde queria; ao lado dele. O Luan me via daquela forma, o porto seguro dele, onde ele podia se apoiar e eu tinha muito orgulho de representar aquilo para ele.

Sabia que pra ele eu significava muito mais que um ponto de apoio por tudo o que ele fazia e os esforços que ele fazia para me orgulhar e para me fazer sentir a mulher mais amada e feliz do mundo. E depois que o Rafa nasceu eu sorria, sempre, quando ele queria mostrar que estava presente e que também conseguia fazer tudo o que eu fazia. Quando ele ficava o dia inteiro com o Rafa, por que ele dizia que eu precisava descansar deixava, mas o Rafa já sabia que tinha que ajudá-lo e sempre ríamos quando eles voltavam e o Rafa me contava todas as trapalhadas do pai e eu chegava a conclusão que, por diversas vezes, o Rafa que tomou conta deles dois, o que me fazia ri.

O Luan continuou fazendo o mesmo sucesso orgulhando a mim, o Rafa, sua família e todas as suas negas. Sempre o ajudava e quando o Rafa nos acompanhava, sempre muito curioso, enxia o pai de perguntas e sempre reforçava o quanto queria seguir os mesmos passos do pai, o que deixava, ainda mais, o Luan cheio de orgulho. Ele já estava preparando outro DVD deixando o Rafa tão animado quanto ele e vivia revendo os planos e projetos no escritório.

Em uma das noites que ele estava revendo os projetos no escritório, depois de cantar pra me fazer dormir, ele seguiu para os projetos. Levantei, depois que me mexi e percebi que ele não estava ao meu lado, fui atrás dele, para fazê-lo voltar para cama e ir dormir. Passei pelo quarto do Rafa e o ajeitei na cama, rindo do que ele falar ao dormir, e o cobri direito lhe dando um beijo na testa. Ele estava lindo aos dez anos de idade, e iria puxar ao pai não só nos gestos e no seu jeito como no tamanho, o Rafa estava enorme. Fui para o escritório e como esperado ele estava lá. 

-Mô vem dormir! Me aproximei dele.

-Já estou indo mô! Ele me olhou.

-Vem, mô! Eu disse pra você não trazer trabalho pra casa...! Sentei no colo dele.

-Pequena é rapidinho, prometo! Ele me olhou alisando minha coxa.

-Foi aqui que te dei a notícia sobre o Rafa, lembra? Sorri o olhando, pousando sua mão em minha barriga.

-Lembro! Claro que lembro! Ele sorriu.

-Então... Acho que aqui é um bom lugar para uma outra notícia importante! Sorri.

-O que...? Ele olhou pra sua mão sobre minha barriga.

-Parabéns papai! Sorri o olhando.

-Sério? Sério mesmo? Ele sorriu com os olhos cheios de lágrima.

-Tá duvidando da mamãe papai? O dei vários selinhos.

-Já te falei que você é a mulher da minha vida? Ele sorriu.

-Já! Mais é sempre bom escutar! Sorri.

-Brigada amor! Ele me olhou nos olhos.

-Brigada você por mais um presente e por ter compartilhado comigo todos os seus momentos! Lhe beijei.
  

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A rotina maluca só está no começo... (Capítulo 220 - Parte 2)


-Mô o que você acha dele tocar comigo, hoje? O Luan me perguntou quando estávamos no hotel.

-Não sei! E se ele se assustar? Ele vai ficar muito exposto! Luan a gente tem que ir com calma, e você sabe disso! Ele já é conhecido por ser seu filho, e pela semelhança, agora isso? O olhei séria. O Rafa estava com o Roberval e o Max na hora.

-A música dele é muito boa! Ele só vai tocar comigo, eu prometo!

-Não insiste! Você está deslumbrado com o Rafa, amor eu acho ele muito novo, não é fácil fazer o que você faz, e você sabe disso!

-Só vão ser cinco minutos amor!

-O Rafael não vai...!

-Eu não vou o que? Ele chegou perto de nós.

-Nada não...!

-Filho quer cantar com o papai, hoje? Subir no palco e mostrar pra todo mundo a música que você fez! Você quer? O Luan agachou para falar com ele.

-Luan o Rafael não vai! Falei firme.

-Por que ele não pode? O Luan levantou me olhando.

-Eu já te disse o por quê! Meu filho não vai!

-Mais mãe eu quero muito cantar com o papai!

-Viu ele quer! Quando eu era mais novo os meus pais sempre me apoiaram!
Olhei para ele, eu estava com medo pelo Rafael, pra ele tudo não passava de um sonho, mas eu conhecia as dificuldades e de como ele se sacrificaria por isso. O Luan tinha razão, eu era a mãe eu tinha que apoiar, mas meu medo de perdê-lo era maior.

-Você quer isso pra você¿ Olhei para o Rafa.

-Quero ser que nem o papai! Os olhos dele brilhavam, e o Luan sorriu.

-Quer mesmo, tudo isso¿ Todo isso que o seu pai conquistou¿ De verdade¿!

-Quero! Ele falou firme.

-Tá! Ele vai! Respirei fundo.

Eu estava aflita, não queria que o Rafa, desse um passo muito longo, eu sabia o que ele enfrentaria e o Luan também, eu estava com medo dele se machucar, não ter forças, isso poderia ser só uma fase, ele era muito pequeno.
O Luan estava empolgado e passou o dia com a banda e o Rafa ensaiando a música do filho. Eu estava observando eles e era impressionante como o Rafa queria que eles tocassem, ele estava decidido de como ele queria a música e os gestos que ele fazia eram idênticos aos do pai.

Eu não consegui me concentrar com o Diário e muito menos na assistência a imprensa, eu estava nervosa com o que o Luan iria fazer. Fomos juntos ao show e quando saímos juntos da van foi uma chuva de fleches, todos queriam fotografar a família junta, normalmente o Rafa saía longe do tumulto e acompanhado por seguranças e pelo Roberval.

-Filho você quer fazer isso mesmo? O olhei.

-Amor, por favor! O Luan me olhou.

-Luan não enche!

-Mãe eu quero ir com o papai! Ele segurou meu rosto para que eu o olhasse.

-É por que a mamãe tá com medo do que pode acontecer depois, e o seu pai sabe muito bem do que eu estou falando! Olhei séria para o Luan.

-Ele quer, ele vai! O Luan falou firme.

-Luan já vamos começar...! A Dag entrou no camarim.

-Dag dá um tempo pra gente? Leva o Rafa com você! Levei o Rafa até ela.

-Mãe não briga com o papai! Ele me olhou.

-Só vou conversar com ele, vai com a Dada meu amor!

-Vamo, Rafinha! B dez minutos! Ela saiu do camarim.

-O que foi? O Luan me olhou.

-O que foi? Luan eu sei que ele quer isso, mas e depois? A imprensa é dura, e você sabe disso mais do que qualquer um! Quando o Rafael subir naquele palco não vão achar bonitinho e nem vão considerar ele como uma criança, simplesmente vão tratar ele como o filho do Luan Santana! O Rafael não vai poder desafinar, não vai poder errar e muito menos ser fofinho! Ele é o filho do Luan Santana, do Gurizinho, do Meteoro. Filho do menino que conquistou o Brasil cantando sertanejo solo e mudando totalmente a cara do público e do visual sertanejo. Do menino que cresceu quebrando recordes de vendas e de público, de prêmios. Vão enxergar você lá em cima e não ele! É por isso que eu estou com medo, me entende e pensa! Isso pode ser pra ele brincadeira mais você sabe que não é! Falei firme.

-Eu vou ficar do lado dele, assim como meus pais ficaram do meu. Eu vou está lá em cima com ele, ao lado dele e não vou sair! Olha pra mim! –Ele segurou meu rosto com suas mãos. –Ele precisa da gente! Não vou deixar que nada aconteça, mas eu preciso de você, a gente precisa de você! Eu sei que você quer proteger ele, mas ele só precisa de um estimulo, se ele não quiser isso tudo bem, mas a gente tem que mostrar que vamos está ao lado dele sempre. Eu preciso que você fique ao lado dele, por que ele sempre buscou forças em você assim como eu, também. A gente vai com ele para o palco tá?

-Tá bom! Desculpa! Eu só queria proteger ele! O abracei.

-Te vivo! –Ele beijou meu pescoço. –Me ajuda com a imprensa? Ele sorriu.

-Ajudo! O dei um selinho.

Depois de o Luan atender a imprensa e as fãs, no camarim, fomos para o palco, logo depois, de ele ter rezado com todos da banda e produção.

-Boa sorte! Dei um selinho nele.

-Brigada amor! –Ele se benzeu. –Filho já sabe quando entrar né? Ele olhou para o filho.

-Já pai! O Rafa sorriu.

A banda começou a tocar a introdução da primeira música e ele apareceu no palco arrancando, como sempre, gritos das fãs. Ele cantou vários sucessos antigos e novos e uma música inédita do novo CD que estava por vir, até que ele olhou para gente e fez sinal para que a banda parasse se voltou para o público e começou a falar.

-Hoje é um dia muito importante pra mim e para o meu filho. Ele me mostrou ontem uma música que ele fez, e eu fiquei orgulhoso, demais rapaz! Só não chorei por que a B chorou por nós dois! –Ele sorriu. –E ele olhou pra mim e disse que queria ser que nem eu, que queria cantar! Me lembrei quando eu era pequeno e tinha esse mesmo sonho, só que eu não coloquei tanta responsabilidade sobre meu pai dizendo que eu queria ser que nem ele. Mais eu vou ficar sempre ao lado dele por que eu amo ele mais que a mim mesmo! Vem pra cá filho! Ele chamou o Rafa.

-Olha meu amor é tudo uma brincadeira e se sentir medo olha para o papai e lembra de todo mundo da banda, que todos eles vão sempre está ao seu lado, tá bom? Vai lá! Sorri dando um beijo na testa dele.

-Tá bom! Ele foi ao encontro do pai e arrancou aplausos das fãs, atiçando a imprensa.

Quando o Luan o colocou sentado em um banco com o seu violão no colo, meu coração disparou. O Luan me olhou e eu pedi para que ele ficasse ao lado do Rafa para que ele se sentisse seguro. Quando a banda começou a tocar meu coração quase pulou pela boca, o Rafa começou cantando e ele tinha o mesmo timbre do pai. Eu fiquei ali observando quieta e com lágrimas nos olhos. A Dagmar me abraçou, também, emocionada.

-Essa nossa vida só está começando! Ela sorriu.

-Um dia eu ainda morro do coração! Sorrimos.

Eles cantaram a canção que o Rafa fez, para mim, lindamente e os dois faziam uma dupla linda. As críticas foram ótimas, mas sempre tem algum que fala demais. O Rafa foi incentivado e decidiu de vez que queria ser cantor, mas eu e o Luan fizemos com que ele acalmasse os ânimos o incentivando a terminar a escola.

Eu e o Luan continuamos juntos e no mesmo ritmo, entre entrevistas, gravações de programa, fotos e shows, muitos shows. Apesar do tempo o Luan continuou no mesmo embalo, só fazia crescer e ocupou seu lugar no cenário musical conseguindo respeito e surpreender todos com suas ideias e inovações. O Luan não deixava que os fãs caíssem na rotina, ele nunca padronizava o show, sempre tinha uma nova ideia, uma nova surpresa. E eu continuei o acompanhando como sempre fiz, mas sabia que essa "rotina maluca" não iria parar com ele...

"E esse jeitinho...?!" (Capítulo 219 - Parte 2)


-Rafael já pegou a mochila? Anda, a gente vai se atrasar! O Luan reclamava.

Acordamos, um pouco, tarde e tivemos que nos arrumar rapidamente. Todos esperavam pela a gente no aeroporto. A van já tinha chegado e o Luan não parava de olhar no relógio, estava impaciente com a demora do filho.

-Calma! Pedi, mexendo no iPad.

-Pede pra esse menino descer! Já estou sem paciência! Ele me olhou e entrou na van.

-Grosso! –O olhei e entrei em casa. –Rafael desce logo, anda! Gritei ele.

-To aqui! Fui pegar meu vídeo game! Ele passou por mim.

-Você está proibido de usar isso! Me dá, agora! Mandei.

-Mais mãe...!

-Nem mais nem menos! Ninguém mandou você desobedecer a sua avó ontem! Me dá e rápido! Ele me entregou e eu tranquei a porta de casa entrando na van.

-Oi B! O Rober me cumprimentou.

-Oi Rober! –Sorri. –Já falou com o Roberval, Rafael? O olhei.

-Já! Ele estava de cara fechada.

-Você sabe o porquê que eu tomei! O olhei.

-Sei! Ele cruzou os braços.

-Por que ele está assim? O Luan e o Rober perguntaram na mesma hora.

-Desobedeceu a avó ontem, né Rafa? Conta pra o seu pai! Ajeitei a blusa dele.

-Só por que eu não quis comer àquela hora! Mais a senhora chegou e eu comi! Poxa mãe! Ele me olhou com cara de choro.

-Mô ele fica assim quando a gente está pra chegar em casa, você ouviu o que a médica disse naquele dia...!

-Não interessa! Ele tinha que ter comido! E se o meu voo atrasasse, ele iria ficar sem comer até que horas? Interrompi o Luan.

-Dá o vídeo game pra ele!

-Luan não começa! Não vou dá e acabou!

-Não adianta! Pai ela sempre faz isso! O Rafael abraçou o Luan.

-Se não fosse por mim esse menino iria ser estragado a vida inteira! –Olhei feio para o Luan e virei para o Rober. –O Max já chegou lá?

-Já! Ah! Avisei a professora do Rafinha que você ligaria mais tarde, ela disse que estava esperando a sua ligação!

-Ok! Luan pode fazer esse favor pra mim?! O olhei.

-Posso! Quando chegar ao hotel a gente liga! Ele sorriu.

-Já contou a novidade para o seu pai? Olhei para o Rafa.

-Não precisa você já contou! Ele virou o rosto, para não olhar pra mim.

-Rafael você está querendo me tirar do sério hoje, né? Já basta à comida que você derrubou em cima dos meus papeis!

-Mãe eu não queria que você contasse a ele!

-Por que não? Perguntei.

-Por que eu só contei a você! Ele fez bico.

-Vem cá, vai?! Puxei ele para sentar em meu colo.

-Vai ficar essa semana comigo? Ele encostou as costas no meu peito.

-Estou pensando no seu caso...! Sorri beijando a bochecha dele.

-Fica mamãe, to com saudade, essa semana a senhora só ficou com o papai! Ele falou dengoso entrelaçando as nossas mãos.

-Eu fico meu pequeno! Beijei a mão dele o abraçando.

-Papai, vai ficar com a gente? Ele olhou para o Luan.

-Vou! Mais só na quarta! O Luan o olhou.

-E vai ficar até que dia? 

-Até segunda! Olhei para o Luan.

-Desmarcou a reunião? O Luan me olhou.

-Não! Eu adiantei, fui sozinha! Sorri.

-Então a gente vai ficar juntinho até segunda cara! O Luan sorriu beijando a cabeça do Rafa.

-Vamo pra o sítio e depois a gente pode ir pra Salvador! O Rafa me olhou.

-Depois a gente ver o que faz, tem a semana toda! Apertei o nariz dele.

-Mais eu quero ir pra Salvador mamãe! Ele fez dengo.

-Mais que dengoso esse bebê, olha mô! Beijei a testa do Rafa.

-Será que a gente deve ir pra Salvador mô? O Luan me olhou sorrindo.

-Não sei mô! Sorri.

-Mamãe por favor! Ele fez bico.

-Nós vamos pequeno, mais lindo da mamãe! Abracei ele.

-Brigado! Ele sorriu.

-E esse jeitinho...?! O Luan sorriu.

-E esse denguinho?! Né meu bebê? Beijei a bochecha do Rafa.

Seguimos e quando chegamos ao aeroporto algumas fãs estavam a nossa espera, o Rafael nos acompanhava, sempre, ele adorava as fãs. Recebemos presente, e o Luan autografou algumas coisas, o Rafael recebeu presentes também. Era impressionante como ele sabia lidar com todas elas, e como ele sabia até onde podia chegar e falar. Entramos no bicuço e a Dagmar o abraçou forte. O lugar do Rafael era na poltrona que ficava na minha frente, ele entrava e ia direto para o seu lugar, era involuntário que nem eu e o Luan. Eles acabaram dormindo a viagem toda, e eu ajeitava algumas coisas para o Diário.