Passamos o dia juntos e o Luan ficou ao meu lado a todo instante,
assistimos ao filme e logo depois ele fez questão de tomar banho comigo. Ele
foi carinhoso, tocava meu corpo delicadamente me fazendo acalmar. Depois do
banho passamos, juntos, óleo em minha barriga e ele me deu um selinho, em
seguida, me fazendo sorrir.
A Maria chegou, pela tarde, e nos encontrou sujando a cozinha, inteira,
por que eu tinha resolvido fazer uma macarronada e pedi ao Luan para ele fazer
creme de abacate. A Maria nos expulsou da cozinha e saímos rindo, ela tinha
ficado brava com a sujeira que tínhamos feito e pedimos desculpa a ela a
ajudando na louça, depois que comemos.
-Sua mãe me pediu pra vir, pra ver se você estava bem e pra cuidar de
você. Mais ela pediu pra você ligar pra ela! A Maria me olhou e parecia
preocupada com o desentendimento, meu com minha mãe.
-Tudo bem! Relaxa, um dia eu ligo pra ela! Subi para o quarto e o Luan
foi, logo, atrás de mim.
-Amor, você tem que falar com sua mãe...! O Luan entrou no quarto me
vendo deitar, na cama.
-Amor deita aqui comigo, vem! Estendi os braços pra ele.
Ele deitou ao meu lado e não falou mais nada, me abraçou e ficou
alisando minha barriga sentindo o Rafa chutar, onde a mão dele estava. Fechei
meus olhos e as palavras da minha mãe ecoavam, ainda, na minha cabeça. Ela
tinha toda razão de está preocupada, no fundo, eu sabia que ela estava certa.
Entrelacei minha mão a do Luan, que estava sobre minha barriga, e refleti
lembrando das palavras que minha mãe me falou; o Luan podia dar todo o conforto
do mundo a mim e ao filho, mas ele seria ausente.
-Eu vou ficar ao seu lado, sempre, mesmo longe. Eu sei que eu posso te
dar tudo do melhor, pra você e para o nosso pequeno, também. Mais eu estou
fazendo todos os esforços do mundo, para tentar ficar mais presente na vida
dele. Eu me culpei muito, também, quando te vi naquele estado. Me culpei por te
dar essa vida agitada, ter te tirado do seu conforto, dos braços dos seus pais,
pra ficar nessa rotina doida... Desculpa! Me desculpa! Ele falou baixinho em
meu ouvido, parecia ler meus pensamentos.
Virei, na cama, de frente pra ele, e o abracei forte. O que eu estava
pensando? Eu via todos os esforços do Luan, para ficar presente todos os dias,
para acompanhar o crescimento do filho. Eu via todos os esforços dele pra se
manter presente em nosso relacionamento, me ajudando a fazer com que tudo entre
nós continuasse firme, para que nada caísse na rotina. Via o quanto ele me
amava e o quanto ele, mesmo cansado, me ouvia, me entendia e fazia de tudo para
me agradar.
-Eu sei que você vai sempre está ao nosso lado, eu sei disso! É que
minha mãe encheu minha cabeça de coisas, e eu me deixei levar... Eu sei o
quanto você, mesmo cansado, se esforça pra ficar comigo. -Olhei pra ele. -Eu
que escolhi ficar com você, eu que escolhi viver ao seu lado, não foi culpa sua,
pára de se culpar! Eu só sou feliz vivendo assim, ao seu lado! Eu te amo muito,
e a gente vai ficar junto, pra cuidar do Rafa, vai dar tudo certo! Sorri
alisando o rosto dele.
-Com você, sempre, dá tudo certo! Ele me deu um selinho e me abraçou,
forte.
Ficamos ali, abraçados, trocando declarações e carinhos, só descemos na
hora do jantar e a minha mãe insistia em ligar, mas eu não atendi, pelo simples
fato de ela ter tratado mal o Luan quando ele foi tentar conversar com ela; ela
acabou desligando na cara dele. Depois do jantar a Maria ajeitou a cozinha e
foi dormir, eu e o Luan deitamos no sofá e eu ria das coisas que o ele
conversava com o filho
-Filho a mamãe tá com sono, tá fechando os olhinhos. Quando você estiver
aqui você vai ver o quanto é lindo, ver ela dormindo!
O Luan beijou minha barriga e em seguida meu rosto, me levou até a cama,
no colo. E dormimos do jeito que gostávamos, abraçados.
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