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quarta-feira, 21 de março de 2012

A certeza da desconfiança (Capítulo 5 - Parte 2)

Na semana do Festival decidi ir primeiro que o Luan, ele estranhou a minha decisão repentina, mas eu precisava ver a Milena e ver a casa de praia, em Salvador. Tudo tinha que ser decidido o quanto antes. Inventei que meus pais só estariam em casa naquele dia, quando na verdade, eles estavam viajando tinha uma semana, ele cedeu, e eu fui.

Quando cheguei a Salvador fui convidada a ver a estrutura do Festival. Seria a segunda noite de festa e o Luan viria no dia seguinte. Fui para casa, depois de me impressionar, mais uma vez, com a estrutura do evento.

Abri a porta de casa, da sala, e dar de cara com a vista, espetacular, do mar era incrível. Esse era um dos motivos que me faziam senti falta, querer morar e amar minha cidade. O novo apartamento dos meus pais era enorme e muito aconchegante, me fazia sonhar. Tinha sido todo decorado, pelo bom gosto, da minha tia, que era arquiteta, e totalmente aprovado por mim e pela minha mãe, quando meu pai nos fez essa surpresa. Era uma cobertura duplex, ou seja, de dois andares, e que se localizava em um dos melhores bairros da cidade. Liguei para o Luan e avisei que já tinha chegado e que estava tudo bem.

“Amiga preciso de você!”

Mandei a mensagem para a Milena, logo depois de falar com o Luan e de chamar a Maria. A Maria era uma pessoa maravilhosa. Era a mais nova empregada da casa, minha mãe a contratou, por que só ela não dava conta de arrumar aquele apartamento enorme.

“Depois da facul amiga, passo ai!”

Depois de ter recebido a resposta dela, fui tomar banho e descansar um pouco, sabia que era importante. A Maria chegaria pela tarde, e ficaria comigo até quando fosse embora, meus pais só chegariam na semana seguinte.

-Amiga? A Milena me chamava, ela estava sentada ao meu lado.

-Oi! A Maria já chegou? Sorri, ao vê-la.

-Cheguei com ela! Mais o que foi? Ela sorriu.

-Eu preciso te falar uma coisa que está na minha cabeça há algumas semanas. É uma coisa estranha por que eu tenho certeza disso. Sabe quando a gente fica com uma sensação que algo vai acontecer? Me sentei na cama.

-Sei! Ela me olhou sem entender.

-Então?! É assim que eu estou me sentindo, esses dias.

-E o que é? Ela perguntou curiosa e assustada ao mesmo tempo.

-Tá! Vou te contar! É que... Eu a contei o que estava ocupando minha mente.

-Nossa Senhora! O Lú vai ficar tão feliz! Ela sorriu, quando terminei de contar.

-Não fala nada! Pelo menos por enquanto,... Nem pro Jú! Promete?

-Claro! Prometo!

-Ah! Eu estava querendo ver algumas casas de praia. Eu e o Luan queríamos uma aqui! Sorri.

-O meu tio está vendendo a dele, e você sabe o quanto é espaçosa e linda! Depois de uma reforma, pra deixar com a cara de vocês, vai ficar linda! Mais me conta, e o casório vai ser quando? Ela sorriu.

-Massa! A casa do seu tio é perfeita! Fala pra ele que a gente vai querer, pra ele não vender pra ninguém! Ah! Só pra Dezembro eu acho. Se bem que depois de tudo... Acho que vai ser antes, sei lá, depois a gente ver isso! Sorri.

-Imagino! Ah! Vou ligar pro meu tio agora! Ela pegou o celular e avisou ao tio, que aceitou a proposta prontamente.

-Mor tem cinco segundos? Liguei para o Luan.

-Pra você a eternidade! Diz! Aconteceu algo?

-Não! Tudo bem! Então... eu estava conversando com a Milena e ela acabou comentando que o tio dela está vendendo aquela casa dele, lá na praia lembra?

-Você está muito apressada...!

-Você reclama de tudo! Me irritei.

-Desculpa amor! Lembro, sim, da casa, como esquecer? Por mim tá fechado! Ver os papeis e me diz onde eu tenho que assinar e quando mando o dinheiro,...

-E depois a apressada sou eu! Ri.

-Sério! Você não quer?

-Quero!

-Então?! Ah! Por falar em casa, o meu pai já mandou construir a casa, o mestre de obras deu um prazo de dois meses.

-Rápido!

-É, né? Rimos.

-Sim... A Milena disse que amanhã mesmo eu posso falar com o tio dela. A Milena fazia gestos.

-Vou chegar na hora do show...

-Eu sei! Não se preocupa que o Jú leva a gente!

-Vão devagar tá?

Mesmo depois de muito tempo, do meu acidente, de carro, com o Jú e a Milena o Luan ainda se sentia inseguro, quando eu ficava em Salvador e saía com os dois. Ele tinha medo de outra coisa acontecer, ele sentiu muito medo de me perder.

-Relaxa!

-Te amo muito!

-Também! Amo do tamanho do infinito! Ri.

Depois de combinar alguns detalhes com o Luan, eu e a Milena passamos à tarde juntas, organizando como seria o nosso dia, na manhã seguinte. Ficamos falando besteira com a Maria, na cozinha. A Milena não resistiu e comeu pipoca com brigadeiro, como a gente sempre fazia, eu enjoei rápido com o brigadeiro e preferi um sanduíche maravilhoso, que a Maria fez pra mim.

Dormir sozinha no meu quarto, olhando o mar. Meu, novo, quarto tinha uma varanda, toda de vidro, onde se avistava o mar. Pensei nele durante um tempo, e logo coloquei as músicas dele para ouvir, no MP4. O celular estava ao meu lado, porém não o ouvi tocar, por que estava apenas vibrando. Ele ligou, pra mim, durante um tempo. Sem perceber dormir com uma das mãos, sobre minha barriga...

No dia seguinte acordei com a Maria me chamando, por que a Milena tinha pedido pra eu me arrumar. Quando sentei, na cama, depois de um banho caprichado, vi as ligações, perdidas, e as mensagens, não lidas. Quando eu estava lendo as mensagens, ele me ligou.

-Mor foi mal! Dormir e não ouvi e nem vi, suas ligações e as mensagens! Desculpas! Pedi antes que ele me desse uma bronca.

-Eu imaginei! Me espera? To chegando, pra ver com você a casa. Foi por isso que te liguei e mandei as mensagens, ontem!

-Ah! Esperarei sempre! Sorri.

Desci, para tomar café, depois de ter me arrumado, cheguei e a mesa estava posta, com tudo o que eu mais gostava de comer. A Milena e o Jú comiam, enquanto conversavam com a Maria.

-Bom dia, né?! Maria como você deixa essas pessoas folgadas comerem meu café da manhã, assim? Brinquei sentando a mesa.

-Claro você demorou, e não dá pra resistir à comida da Maria né? O Jú logo respondeu.

-Verdade! Ri.

-E o Luan, te deu carta branca mesmo amiga? A Milena me perguntou.

-Deu! Ele também gosta da casa. – A campainha tocou e a Maria foi atender. – Ah! Ele está...

-Aqui! O Luan apareceu na cozinha.

-Então, vamo né galera! O Jú chamou, se levantando.

-Vai pegar o carro de quem mor? Sua mãe ou do seu pai? O Luan perguntou.

-Gosto mais do da minha mãe!

Eu e o Luan, seguimos o carro do Jú, que nos guiava pelo caminho. Chegamos e o tio da Milena já nos esperava, com os papeis, da casa, e o do contrato. Minha tia, que era arquiteta, chegou e começamos a ver as mudanças que eu e o Luan queríamos. Eu tinha falado com ela no dia anterior e ela aceitou prontamente o meu pedido.

-Esse aqui, você só amplia, ele já tem banheiro, é perfeito! Ah! O deixa vazio, tá tia? Puxei a minha tia para um quarto, que era ao lado, do que iria ser meu e do Luan.

-Tá aprontando o que mocinha? Ela perguntou desconfiada.

-Nada! Não conta pra ele tá?

-Ok! Deixa comigo! Ela piscou.

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