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terça-feira, 27 de março de 2012

O melhor presente... (Capítulo 15 - Parte 2)

Eu estava em casa passando uns dias com minha mãe e meu pai me bajulando, fazendo todas as minhas vontades. Minha mãe pediu para que fosse passar uns dias com ela, antes que eu e o Luan contássemos sobre o nosso filho a todos. Minha mãe não tinha concordado muito com a ideia de que eu iria morar em Londrina, ela ainda não tinha engolido isso.

Durante a tarde a Milena veio ficar comigo e comentou sobre algumas fãs que estavam na portaria, do prédio querendo me ver. Decidi descer pra ver as fãs que tanto me esperavam lá embaixo. Desci com a Milena. Fiquei por um tempo no portão.

-Vocês descobriram que meus pais se muraram pra cá quando? Vocês são demais, velho! Sorri, colocando a mão na cintura.

-B vem aqui pra a gente te abraçar poxa! Uma das meninas pediu.

-Tá, bom! Mais, por favor, calma! Cuidem direitinho de mim tá? Sorri saindo do prédio.

Quando saí uma das meninas pulou em mim, e a Milena se assustou e a afastou de mim.

-Olha a B vai ter que voltar se vocês não se contiverem! Ela me protegia.

-Amores calma tá? Eu preciso que vocês fiquem calmas! Falei com elas.

Atendi todas e entrei, novamente, no prédio.

-Nossa! Senti medo! Àquela menina ia te derrubar amiga! Tá tudo bem?

-Tudo amiga! Sorri.

Passamos a tarde juntas entre risos e muitas ligações do Luan perguntando com eu estava e se o bebê estava bem, também. Ele estava ansioso, por que na semana seguinte iríamos para o primeiro ultrassom, juntos.

Durante a noite eu não conseguia dormir, eu me sentia desconfortável e o enjoou estava muito mais forte que os outros. Liguei pra ele e deixei recado com a Dada para que ele me ligasse de volta, já que ele estava ocupado entre entrevistas e o show. Passei quase a metade da noite no banheiro antes de eu conseguir avisar minha mãe sobre o que estava sentindo. Minha mãe me levou automaticamente ao hospital e quando eu já tinha sido medicada e descansava ele ligou.

-Oi meu amor! Como vocês estam? Aconteceu alguma coisa?

-Oi Luan não é a B, não, é sua sogra mesmo! -Minha mãe riu. – Então... A B passou mal à noite, praticamente, toda. Ela está, agora, descansando aqui no hospital...

-Hospital? Como assim passando mal a noite toda, sogrinha? Ele se preocupou.

-Calma! Ela está bem, só foi um enjoou muito forte por conta de uma enérgica fã!

-Como assim?

-Ela, hoje, desceu pra atender algumas meninas e acabou sendo recebida calorosamente com um abraço muito apertado! Ela explicou.

-Eu preciso falar com as meninas... A B é muito teimosa! Vocês estam onde? Eu tenho que ir aí!

Minha mãe explicou em que hospital estávamos. Mais também o tranquilizou o avisando que não precisava que eu já tinha sido medicada e que estava tudo certo. Só tinha sido um enjoou muito forte, pelo susto que eu levei isso acontecia pelo estágio que eu estava, estava ainda nos primeiros meses.

-Eu sei! Mais a gente tem que tomar cuidado também! Luan você tem que parar de fazer todas as vontades dela!

Acordei com a voz do meu pai. Ele, minha mãe e o Luan conversavam, no meu quarto do hospital, e eu parecia ser o assunto principal. Confesso que me assustei com a presença dele, mas o entendi.

-Mais ela é muito teimosa e vocês sabem disso mais do que eu! Eu ainda acho melhor ela me acompanhar ou ficar na nossa casa!

-Eu não concordo! Vai ser puxada demais, pra ela, essa rotina... E ficar lá em Londrina é muito longe! Minha mãe mais uma vez discordava dessa decisão.

-Desculpa sogrinha mais ela é minha mulher e mãe do meu filho! Ela estando comigo vai ser melhor... Lá em Londrina ela vai está segura e eu vou ficar mais tranquilo!

-Eu concordo com ele! Meu pai falou e minha mãe cruzou os braços, como protesto.

-Alguém me consultou algo? Chamei a atenção pra mim.

-Mor não tem discussão dessa vez! O Luan me olhou sério.

-Eu também concordo com você! Opinei.

Ele me olhou assustado com minha decisão, mas também não insistiu no assunto. Nos olhamos por um tempo, até que ele se aproximou beijando a minha testa.

-Não me dá mais susto, poxa! Ele falou baixo.

-Desculpa! Sorri, e ele me beijou.

-Você, eu e nosso filho em Londrina, e acabou! Ouviu né?

-Sim senhor! –Eu sorri. -Eu também acho melhor, mas era por causa da minha mãe que eu resistia. Eu quero continuar te acompanhando!

-Depois a gente conversa direitinho, descansa! Ele alisou meu rosto, ajeitando meu cabelo.

Enquanto eu deitava meu rosto sobre a mão dele, fechando meus olhos, um enfermeiro abriu a porta me dando um susto.

-Vamos mocinha? A médica entrou no quarto com mais alguns enfermeiros.

-Pra onde doutora? O Luan perguntou.

-Ultrassom papai! Ela respondeu com um sorriso.

-Sério?

-É! Vamos? Ela saía comigo.

O Luan veio atrás muito empolgado, quando ele entrou ele parecia outra pessoa, estava calmo demais e apenas observava. O olhei sorrindo e segurei a sua mão, ele apertou a minha como resposta, era a primeira vez que ele iria ver o filho. A médica começou a passar o aparelho em minha barriga e o coração, tanto meu quanto o do Luan, saltava pela boca. O meu batia de felicidade, por eu está vendo o brilho nos olhos dele.

-Vocês querem ouvir o coração? A médica perguntou.

Eu e ele respondemos, positivamente, com uma aceno de cabeça. No primeiro ultrassom eu preferi não ouvi, por que estava sem ele. Quando ela ligou o som do aparelho e a gente pôde escutar as primeiras batidas do coração do nosso bebê, não conseguimos conter as lágrimas. Era uma sensação incrível, uma emoção inexplicável.

-Vou deixá-los a sós! A médica falou saindo da antessala.

O Luan me olhou, enquanto eu limpava a barriga, ele parecia está em choque. Eu preferi ficar em silêncio esperando ele dizer algo. Ele me ajudou a me vesti, logo depois, ele pegou em minha mão olhando nos meus olhos.

-Escuta o que eu vou te falar?

-Claro! Sorri.

-O meu maior presente foi ter te reencontrado. Deus foi muito generoso quando te colocou em meu caminho e mais generoso ainda quando nos fez reviver essa antiga paixão de infância. Eu sei que é meio bobo mais eu amo está ao teu lado, não vivo mais sem teu cheiro. Eu preciso de você, pra eu cuidar e proteger. Eu não consigo mais nada sem ter que dividir com você meu dia e sem ter que ver teu sorriso de menina quando me olha. Eu te agradeço desde sempre por ter me dado essa oportunidade de sentir esse amor inexplicável e que tanto queremos entender; o amor de pai. Eu te amo muito meu amor e quero ficar velhinho te vendo sorrir dormindo e cuidando de você e do nosso filho! Ele falava enquanto lágrimas escorriam dos seus olhos.

Ele tirou qualquer palavra que pudesse me ajudar a fazer uma frase concreta que te dissesse algo que fizesse sentido, eu, então, o abracei forte.

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