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sábado, 31 de março de 2012

O aniversário (Capítulo 23 - Parte 2)

No dia seguinte levantamos cedo, o Luan estava empolgado e queria chegar logo em Campo Grande. Ele queria rever os amigos, as primas, a família. Ele queria passar o tempo com todas as pessoas que ele amava e que ele tinha prazer em passar um dia inteiro junto a eles.

Seguimos para o aeroporto e chegando lá, encontramos os pais dele e a Bruna, que o recepcionou com abraços, apertados, e desejos de felicidade. Seguimos para Campo Grande, e eu acabei dormindo, toda a viagem.

-Nossa! Eu estou muito enjoada! Comentei quando chegamos a Campo Grande.

-Quer vomitar? Ele me perguntou.                            

-To quase! Ri.

-Cunha tem um banheiro ali! Quer que eu vá com você? A Bruna se ofereceu.

-Vamos! A peguei pela mão, e praticamente a arrastei comigo.

-Tá tudo bem agora? A Bruna me perguntou quando eu acabei.

-Muito! Sorri.

-Tem uma bala aqui! Ela me deu e eu a coloquei em minha boca.

-Brigada! Vamos! Sorri e saímos.

Fomos para a casa de um dos tios dele, onde todos já o esperavam. Quando chegamos o Luan foi recebido, como sempre, com muito carinho e mais desejos de felicidade, além de abraços e beijos. Eu fui recebida com várias recomendações das tias dele e com muitos carinhos em minha barriga. A festa começou cedo, todos estavam entretidos em passar o dia juntos, revivendo momentos de família.

Depois de um tempo de um lado a outro o Luan e eu sentamos juntos em uma mesa, na verdade ele sentou comigo, eu tinha sentado por ter sentido uma forte tontura e ele percebeu. Mesmo em grupos de conversa diferentes, e longe um do outro, ele me observava de longe.

-O que você tem? Ele perguntou.

-Estou tonta! Encostei às costas na cadeira.

-Quer ir deitar? Ele perguntou.

-B o que foi? A Dani uma das primas dele me perguntou.

-Tontura! –A olhei. –Mor se não se importar, me leva até um quarto? Olhei pro Luan.

-Vem! Ele se levantou e me ajudou.

-Lú leva ela para o meu quarto! A Camila o disse.

-Brigada Mila! Sorri pra ela.

Ele me guiou até o quarto e quando chegamos deitei na cama e fechei os meus olhos. O Luan sentou ao meu lado e ficou a me observar. Depois de um tempo levantei para, novamente, vomitar. Talvez por conta da viagem e da agitação do dia todos os sintomas da gravidez aumentaram. Voltei para a cama e ele me ofereceu colo.

-Bebê por que você está assim hoje? Ele me perguntou.

-Acho que foi pela agitação do dia... O respondi.

-Filho, a B tem que descansar, eu sabia que ela iria ficar assim! A mãe dele chegou no quarto.

-Eu sei! Ela vai ficar aqui quietinha! Ele falou.

-B você tem que ficar quieta por que se não só vai aumentar os seus sintomas. Ela me alertou.

-Eu vou ficar! Mais não queria atrapalhar a festa!

-Não vai! Pára com isso amor! Ele me olhou e alisou meu rosto.

-Luan volta pra festa que todos já estam sentindo sua falta! A Dona Marizete o alertou.

-Vai sim amor! Vou ficar quietinha aqui! O dei um selinho e ele saiu me deixando sozinha com a mãe dele.

-B você não pode mais ficar assim, de um lado para o outro, principalmente, no início da gravidez. A Dona Marizete me observava deitar.

-A médica falou isso, mas ela disse que se eu seguisse todas as orientações ficaria tudo bem. E a senhora sabe que eu sigo tudo, que ela me alertou! A olhei.

-Tudo bem! Só fiquei preocupada! Então descansa!

-Brigada sogrinha! Sorri. Ela saiu do quarto me deixando sozinha.

Depois de um tempo deitada, levantei e saí do quarto, voltando para a festa. Todos ainda estavam no mesmo clima, entre sorrisos, brincadeiras e conversas, mas preocupados comigo me perguntaram se eu estava bem, eu os respondi e agradeci pela preocupação. Segui para onde a Bruna e algumas primas estavam.

-Bubu você pegou o presente? Perguntei a ela.

-Peguei sim cunha! Na verdade pedi a Camila pra comprar aqui, por que se eu trouxesse de lá ele iria perceber. É muito grande! Ela sorriu.

-B vem! Vai abrir os presentes com o Luan! Um dos tios dele me puxou e me guiou até onde o Luan estava.

-Tá tudo bem? Ele me perguntou quando cheguei ao lado dele.

-Tá sim! Abri logo, os presentes! Sorri.

-De quem vai ser o primeiro? Ele brincou pegando um dos presentes.

-Eu acho que o seu filho vai ganhar mais que você! Um dos tios dele brincou.

-Também acho! Ele riu e eu sorri.

Ele abriu os presentes, e alguns já eram para o nosso filho. Me encantei com umas roupas e brinquedos, para o nosso filho. O Luan ficou um tempo abrindo os presentes e ganhou várias coisas também.

-Cadê o seu B? A Jenny perguntou.

-Ela já deu de noite! O Luan brincou e eu fiquei sem graça.

-Luan! –Dei um tapa no braço dele. –Cunha pega lá pra mim, por favor! Pedi a Bruna.

-Aqui! Ela trouxe o presente.

-Nossa senhora, é grande! Ele pegou e ficou curioso.

-Espera! –O impedi de abri. –Eu esse ano estava ocupada entre tonturas e enjoos, então não deu pra fazer um vídeo ou outra coisa do tipo. Daí eu tive essa ideia com a Bruna, e espero que você goste! Pode abrir agora! Sorri.

Ele abriu e o embrulho revelou dois violões iguais, mas um era pequeno. Ele sorriu e me abraçou.


-É pra você ensinar essa pessoinha, que está crescendo aqui dentro... –Alisei minha barriga. –A tocar tão bem quanto você. A criar gosto pela música, pelo sonho do pai. Pra ensinar a ele, não os seus passos, mas sim as lembranças boas de momentos inesquecíveis! Sorri.

-Faz isso comigo não muié! Ele me abraçou com lágrimas nos olhos.

O resto do dia eu fiquei com ele, e não senti mais enjoos e sim tontura, mas nada que preocupasse. Ficamos até a noite com toda a família e amigos dele. Fomos dormir em um hotel, por que pela manhã teríamos que seguir para uma reunião e no dia seguinte teríamos um show, no Espírito Santo.

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