Todos ficavam
bobos com o Rafa, ele e o Luan se pareciam muito, exceto pela boquinha, que era
bem carnuda que nem a minha, mas bastante desenhada como a do pai. Até as
caretas que o Rafa fazia, ao levantar a sobrancelha eram idênticas as que o
Luan fazia. Nos dias que o Luan ficava longe o Rafa ficava inquieto e não
desgrudava de mim, rejeitava os avós e a tia e quando eu saia de perto ele
chorava muito; era a saudade do pai. Mais dormia, quando eu colocava o celular
no viva-voz e o Luan começava a cantar.
Em uma das noites
em que o Luan estava viajando deitei o Rafa, que já estava com três meses, ao
meu lado na cama, quando ele dormiu e ele se mexeu colocando a mãozinha em
minha barriga, me arrancando um sorriso. Dormi como Rafa na nossa cama, antes
ele me deu um trabalho enorme para dormir, por que o Luan não ligou, o que me
deixou preocupada, mas logo ele mandou uma mensagem pedindo desculpa.
Já eram três da
manhã, quando eu cheguei na frente da nossa casa, depois de ter feito três
shows seguidos. Eu iria voltar para casa pela manhã, mas eu resolvi antecipar,
estava morrendo de saudades dela e do nosso pequeno. Entrei em casa e fui
direto para a cozinha comer algo, depois que coloquei minhas coisas no sofá. Olhei
toda a nossa casa e respirei fundo, o cheiro dela e do nosso filho estava por
toda ela, fechei meus olhos e aquele cheiro me relaxava.
Subi passando
pelo quarto do Rafa e vi que ele não estava lá, fui para o nosso quarto
sorrindo, sabia que ela estaria deitada com ele. Não tinha cena mais linda; ver
ela e o Rafa dormindo juntos. Tirei uma foto, daquele momento, e sentei ao lado
dela, fazendo carinho em seu rosto. Ela aparentava cansaço, sabia que aqueles
dias que passei fora, mesmo com a ajuda da minha mãe e da Bruna, não foram
fáceis; o Rafa não desgrudava dela, um instante, quando eu não estava em casa.
-Oi mô! Olhei pra
ele.
-Te acordei? Ele
beijou minha testa.
-Não! Tudo bem!
Sorri.
-Vou levar o Rafa
para o quarto, tá?
-Tá!
Levei o Rafa para
o quarto, depois que ela o deu um beijo na cabeça, segurei ele com cuidado em
meus braços e ele abriu os olhos, sorri pra ele. Ele segurou minha blusa, com
força, enquanto eu ninava ele cantando baixinho, pra ele. Quando ele dormiu,
novamente, o deitei no berço e fiquei observando o meu pequeno dormir, se eu
pudesse passaria a vida inteira o vendo dormir. Voltei para o nosso quarto e a
B dormia na cama, fui tomar banho, rápido, para colocá-la em meus braços e
dormir sentindo o cheiro e o calor do corpo dela.
-Que saudade de
você! Senti ele me abraçar.
-Demais! Ele
beijou meu pescoço.
Virei de frente
pra ele e o olhei nos olhos sorrindo, passei minha mão por sua nuca e alisei,
levemente, enquanto ele fechava os olhos para sentir meu carinho. Dava leves
selinhos e mordia seu lábio, estava morrendo de saudade do gosto dele e o
beijei intensamente. Ele me puxou pela cintura juntando nossos corpos e
aumentou a intensidade do beijo. A mão dele deslizou da minha cintura até meu
peito, me fazendo sorrir e sentar na cama. Ele me olhou deitado, ainda, e me
viu tirar a camisola que vestia, ele sorriu e também sentou e me beijou,
inclinando o corpo me fazendo deitar, novamente, colocando o corpo sobre o meu.
Não demorou muito
para que ficássemos sem nada, que nos impedisse de nos amar. Ele me fazia
carinhos pelo corpo e beijava meu pescoço, boca e ombro, mesclando mordidas,
que me faziam arrepiar. Eu fechava meus olhos para sentir aquilo com mais
intensidade quando ele beijava meu corpo, levemente, parecia acariciar minha
pele com sua boca, aumentando meu desejo de está ali.
O movimento que
ele produzia sobre meu corpo estava intenso, estávamos com saudade de nos amar
daquela forma, a maioria das vezes nós dois estávamos cansados demais pelo
trabalho e por nosso papel de pais e nos contentávamos com beijos e carinhos.
Tínhamos esquecido de nós dois, mas a saudade nos fazia lembrar do quanto era
bom aqueles momentos como o que estava acontecendo, naquele instante. Ele
sentou na cama, me puxando junto a ele e eu me encaixei nele, enquanto beijava
o seu pescoço sentindo o nosso cheiro nele e a pele dele arrepiar.
Ele me ajudava
nos movimentos segurando firme minha cintura, mas com cuidado para não me
machucar. Ele mordia meus lábios, quando segurou mais firme meu cabelo e
inclinou minha cabeça, para o lado, cuidadosamente. Ele, então, começou a
beijar meu pescoço passando a língua levemente, enquanto eu aumentava o
movimento do meu corpo, fazendo nosso prazer aumentar.
Tudo estava muito
intenso e a saudade nos fazia esquecer o cansaço dos nossos corpos e a nossa
respiração falha. Quando ele sentiu que os nossos corpos estavam quase exaustos
deitou sobre mim, novamente, na cama. Ele passou a fazer leves movimentos e
beijar minha boca com mais delicadeza. Meu corpo estava mole, eu estava exausta
e ele também. O Luan continuou deitado sobre mim, pousando a cabeça sobre meu
peito, enquanto tentávamos recuperar o fôlego.
-Te amo! Ele me
olhou erguendo, um pouco, a cabeça.
-Te amo mais!
Sorri, ainda, respirando rapidamente.
Ele beijou do meu
peito a minha boca e deitou ao meu lado, nos cobrindo direito. O abracei, pousando minha cabeça sobre o peito dele ouvindo as batidas, ainda aceleradas
do seu coração. Era maravilhoso saber que o coração dele pulsava daquela forma
por minha causa, por causa do momento maravilhoso que tínhamos tido. Ele fazia
carinho em minhas costas quando ouvimos o choro do Rafa.
-Eu vou pegar
ele! Ele levantou vestindo a bermuda e foi pegar o Rafa.
Ele voltou com o
Rafa, chupando a mãozinha se babando todo, e o colocou deitado ao meu lado. Eu
estava enrolada no lençol e o Rafa me olhou com uma carinha de choro e eu já
sabia o que ele estava querendo dizer; ele estava com fome, queria mamar.
Sentei na cama e o Luan me deu ele, e o coloquei para mamar. O Rafa mamava,
enquanto fechava os olhos, parecia brigar com o sono arrancando de mim e do
Luan um sorriso. Ele acabou dormindo e o Luan o levou para o quarto, enquanto
eu fui tomar banho. O Luan entrou no banheiro e tomamos banho juntos, trocando
carinhos, e logo voltamos a nos deitar abraçados, e dormimos trocando carinhos.