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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Rafael Santana (Capítulo 211 - Parte 2)


Entrei na sala de parto e nunca achei que aquele lugar, cheio de agulhas e bisturis, fosse me dá alguma felicidade. Eu estava feliz e muito ansiosa pra pegar o Rafa no colo, sentir ele em meus braços, o proteger. Não percebi quando a médica começou a cirurgia, a minha mãe chorava a todo instante ao meu lado. Não senti nada, queria ouvir o choro dele, eu queria que ele nascesse logo. Lembrei o Luan, ele estava tão longe e isso parecia ser injusto, eu queria ele ao meu lado, queria que ele pudesse ver o filho dele nascer.

-Está chegando! Minha mãe me avisou.                                                     

O choro dele quebrou o silêncio daquele lugar, o choro era alto e forte. Eu não consegui conter as lágrimas, eu chorei de felicidade. Olhei pra minha mãe e ela me deu um beijo na testa. Eu queria pegar ele no colo, o acalmar, queria protegê-lo do frio...

-Olha o Rafa aqui! A médica apareceu com o Rafa enrolado em um lençol verde.

Ergui meus braços e o segurei no meu colo. Assim que ele sentiu meu cheiro ele se acalmou, parou de chorar, instantaneamente, e fechou os olhos.

-A mamãe tá aqui, pronto! O papai já vem! Eu sorri e o beijei.

-Vou pesar, e as enfermeiras irão dá o banho dele. Depois ele vai te ver no quarto, a gente vai fazer alguns exames, tá bom? A médica me avisou e o pegou de volta.

Ela pegou dos meus braços o Rafael Santana, que muitos estavam a o esperar, milhões de pessoas rezavam por sua chegada, e tantas outras estavam curiosas por saberem como era o filho do Luan Santana. O Rafael nasceu as dez, e trinta e cinco da noite, com três quilos e cento e cinquenta gramas, no dia doze de outubro de dois mil e doze, no dia de Nossa Senhora Aparecida à padroeira das crianças e do Brasil.

-Onde ela está? O Luan entrou feito um meteoro no hospital.

-Está no quarto, já! A mãe dele o avisou.

-E meu filho? Ele sorriu.

-Vem! –A Bruna o segurou pela mão e o guiou até o berçário. –É aquele ali! Ela apontou para um dos bebês.

Ele o olhou, e deixando cair lágrimas dos olhos, encostou no vidro e apoiou as mãos nele. Ele ficou a observar o filho e não sabia como explicar, mas uma felicidade, que nunca havia sentido antes, preencheu seu coração e o fez sentir um frio na barriga.

-É lindo meu neto! Ele olhou para o lado e o pai dela estava ao lado dele.

-É lindo mesmo sogrão! Ele sorriu.

-Parabéns! Eles se abraçaram.

Ficaram observando o Rafael pelo vidro, por alguns instantes, quando uma enfermeira entrou na sala e o Luan bateu no vidro, chamando a atenção dela. Ao se virar ela se assustou, talvez por ser o Luan Santana do outro lado do vidro. Ela foi até a porta.

-Posso ver meu filho? Ele a perguntou.

-Não! É por questão de prevenção, os bebês não podem ficar expostos, eles estam muito frágeis, ainda, estam sem a primeira amamentação, então não estam fortes o suficiente! Ela o explicou.

-Mas ele vai que horas para o quarto?

-Daqui a pouco, papai! Ela sorriu e entrou, novamente, no berçário.

-Vai ver a B! A Bruna o sugeriu.

-Vou lá agora! Ele sorriu. 

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