Ele estava
crescendo rápido, e a primeira palavra dele foi “papa”, apontando o Luan,
quando estávamos no shopping e passamos pela vitrine da “Loja das Estrelas”, a
loja dos produtos licenciados LS.
-É o que Rafa? Eu
passo o dia inteiro com você, troco suas fraudas, te carreguei nove meses e a
primeira palavra é “papa” e ainda aponta para o pai! –O carreguei no colo e
sorri. –Você sabe que seu pai vai ficar completamente besta com isso né¿ Mais
fala “mama” também poxa! Sorri.
O Rafael adorava
viajar com a gente e fazia a festa no bicuço. Era o chamego de todos da banda e
das fãs também. Ele adorava quando recebia presentes delas, mas ele demorou
para ter esse contato direto com os fãs e a imprensa. Eu e o Luan sempre demos
muita atenção para a segurança e privacidade dele, eram muitas cobranças em
cima de uma criança e queríamos que ele aproveitasse ao máximo a infância dele.
Os primeiros
passos dele foram, em casa, quando o Luan entrou pela porta, enquanto ele
brincava com alguns brinquedos. Ele simplesmente levantou, se apoiando no sofá,
e foi em direção ao pai. Eu e o Luan ficamos olhando feito bobos aquela cena.
-Vem para o pai,
vem filhão! O Luan agachou, largando tudo o que ele trazia, nas mãos, no chão.
O Rafa me olhou e
sorriu, parecia que ele queria minha ajuda, procurava apoio.
-Vai filho! Vai
para o papai! Sorri.
Ele olhou para o
Luan e desengonçado deu os primeiros passos sozinho. Lágrimas caíram dos meus
olhos, mas eram de alegria. Ver ele dar os primeiros passos, se aventurar
daquela forma e sozinho, era encantador.
O Rafael já estava com nove anos, e já nos surpreendia e as fãs também, com as semelhanças com o Luan. O jeito, o cabelo, a boca e os gestos que fazia. Ele começou a viajar com a gente quando completou três anos, antes disso, eu sempre voltava para casa para vê-lo e ficar com ele. Ele demonstrava muita personalidade, e amava ficar na casa de praia, em Salvador, além de gostar de sentar na areia e ficar tocando o violão.
O Rafael adorava
pescar, e apostava com o Luan quem iria pegar o primeiro. Às vezes eu ia junto
com eles e acabava pegando primeiro o peixe e maior que o dos dois. Eles
ficavam bravos e eu ria. Ele gostava de muitas coisas que eu também gostava, e
nos dávamos bem, ele me contava tudo e a Dona Marizete falava que lembrava, ela
e o Luan. O Rafa tratava a Bruna como irmã. A Bruna ficava boba com o sobrinho,
dava sempre tudo o que ele queria, a Bruna estava linda e o Rafael sentia mais
ciúmes que o pai, dela.
Eu estava
cansada, e voltei para Londrina, mas o Luan não pode ir passar o final de
semana com a gente devido à agenda. Apesar do tempo o Luan sempre se manteve
quebrando recordes e as fãs aumentavam a cada dia.
-Oi B! A Marizete
me cumprimentou, quando cheguei a casa deles.
-Oi sogrinha!
Cadê o Rafa? Deu trabalho? E a escola? Perguntei a ela.
-Está na piscina
com a Bruna! Não deu trabalho nenhum, ele sabe que tem que se comportar só não
conseguir o fazer comer. Quando vocês estam pra chegar, em casa, ele sempre
fica assim. –Ela sorriu. –Então, tem reunião amanhã e a professora queria muito
falar com vocês, ela acha que ele está desconcentrado...
-Como assim? O
Rafael, sempre foi um bom aluno! A olhei.
-Eu sei, mas ela
acha que ele está gostando de uma amiguinha! Ela sorriu.
-Sério? Ele não
me disse nada! Sorri.
-Sério!
Entrei e fui
direto para a área da piscina. Encontrei a Bruna desenhando novas roupas, para
a marca Luan Santana e para a loja dela que ela iria abrir. A cumprimentei e
fiquei observando o Rafa brincar na piscina. Ele estava grande, e estava na
hora dele ter seu primeiro amor. Lembrei-me de mim e do Luan e torci para que
acontecesse a mesma coisa, para que ele fosse feliz do mesmo jeito.
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