O Luan entrou em
casa, e viu que tudo estava quieto. Olhou a sala e o controle do vídeo game
estava no sofá, sorriu ao perceber que o filho estava jogando, foi na cozinha,
estava morrendo de fome e pegou algo para comer. Subiu as escadas, estava
morrendo de saudade dos dois, mas estava muito cansado, ele tinha viajado
depois do show, não tinha dormido direito.
Passou pelo
quarto do filho e viu que ele não estava na cama, abriu a porta do quarto e o
cheiro dela invadiu o ar, o fazendo respirar profundamente, e sentir calma. Ele
viu que eles dormiam juntos e foi para o banheiro, tomar banho.
-Mô? Ele estava
agachado ao meu lado.
-Oi meu amor!
Sorri e o dei um beijo.
-Chega pra lá! O
Rafa está no meu lugar! Ele sorriu.
Me afastei e o
Luan deitou, o Rafael se mexeu, e eu e o Luan rimos, baixo, não queríamos
acordá-lo. Ele ficou de frente para mim, e me beijou.
-Ele está
apaixonado! Sorri, falando para o Luan.
-Sério? Por quem? O Luan perguntou baixo.
-Pela Laís,
lembra? Falei baixo.
-Ah! Sei quem é!
–Ele sorriu, levantando o corpo para ver o filho. –Eu te quero muito! Ele me
beijou.
-O Rafa está
aqui! Sorri, falávamos cochichando.
-Eu sei! Ele
disse que queria me mostrar uma coisa, sabe o que é?
-Não sei, não!
-Mãe, me abraça!
O Rafael pegou a mão do Luan, pensando ser a minha, eu e o Luan rimos.
-Abraço meu amor!
O Luan brincou rindo.
-Pai?! O Rafa
acordou assustado.
-Oi filho! O Luan
sorriu.
-Mais você disse
que não viria...!
-Queria que eu
ficasse lá? Eu volto!
-Não! Vem cá, quero te mostrar uma coisa! O Rafael levantou rapidamente, e saiu do quarto
puxando o Luan.
Fui atrás e
quando vi, ele tinha colocado o Luan sentado, na cama dele, e estava pegando o
violão. Eu e o Luan nos olhamos, e nenhum dos dois acreditou no que iria
acontecer. O Rafa sempre tocou as músicas do pai no violão, mas dessa vez seria
diferente. Ele sentou na cama, ao lado do pai, e me olhou sorrindo. Era
incrível o quanto os dois eram parecidos, no jeito de sorrir, de andar, de
falar ou de fazer algum gesto. Às vezes eu enxergava o Luan no Rafael,
facilmente. Até o jeito de me olhar ou de procurar apoio, em mim, os dois se
pareciam, mas claro que com suas diferenças.
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