Depois de passarmos alguns dias em casa seguimos viagem, até Salvador. O São João já havia chegado, e era a época do ano que eu mais gostava. Eu estava mais empolgada por que o Luan iria se apresentar em uma das cidades que me trazia boas lembranças da minha infância.
A viagem foi tranquila, mas eu senti uma leve tontura, chegamos pela tarde para que fossemos no consultório, vermos como o Rafa estava. Assim que chegamos no aeroporto entramos no carro, não tinham fãs a espera dele, então seguimos para a casa dos meus pais, ver eles e pois iríamos para a médica.
-Filha que saudade! Meu pai me abraçou forte, me tirando do chão.
-Saudade é pouco! Sorri.
-E o meu neto? Ele alisou minha barriga.
-Tá chutando! Ri.
-Luan, acho que vai ser jogador de futebol. Ele não vai seguir a carreira do pai não! Meu pai brincou com o Luan.
-Por mim, nenhuma das duas! Abracei minha mãe.
-Morrer do coração né filha?! Minha mãe riu.
-Cantor viaja muito é muito risco que passa, a mídia em cima, não tem privacidade... O que não é muito diferente de jogador!
-Ah! Mais o que ele quiser ser, a gente vai apoiar e muito! O Luan sorriu.
-É o jeito, né?! Ri.
Depois que conversarmos um pouco, minha mãe me acompanhou até meu quarto e nós ficamos conversando, sobre tudo. Eu estava morrendo de saudade dela, de casa, do meu pai, queria poder vê-los com a mesma frequência que eu via os pais do Luan. Tomei banho, me vesti e organizei minhas coisas conversando com minha mãe.
-Filha você esqueceu umas roupas aqui, da ultima vez que você veio aqui!
-É! Eu sei! Achei melhor, assim eu tinha alguma coisa aqui, ainda, quando eu viesse!
-Amor viu o carregador do meu celular? O Luan entrou no quarto.
-Tá na sua... Ai! Sentei respirando fundo, na cama.
-Mô que foi! O Luan chegou rápido ao meu lado.
-Só tontura! Olhei pra ele.
-Filha descansa um pouco!
-Não! Vamo na médica, logo, vai! O Luan me ajudou a levantar.
O Luan me levou para o consultório, depois que ligou para a médica a avisando da minha tontura. Quando chegamos, chamamos a atenção de todos que estavam lá, o que era já era normal, mas o Luan seguiu comigo para o consultório, ele estava muito preocupado comigo. Entramos na sala da médica e ela, como sempre, nos atendeu com bastante atenção e carinho.
A médica fez alguns exames, vimos o Rafa na ultrassom; já dava para ver ele perfeitinho e lindo. Toda vez que ouvíamos o coração dele pulsar, parecia uma música que acalmava, tanto eu quanto o Luan ficávamos quietos para ouvir. O Rafa se mexeu, durante a ultrassom, parecia incomodado com o aparelho que a médica passava na minha barriga.
-Acho que o Rafa está com frio! A médica sorriu, enquanto tirava o aparelho da minha barriga.
-É! Sorri, enquanto eu e o Luan limpávamos o gel da minha barriga.
-Doutora e essa tontura que ela tá sentindo? O Luan perguntou.
-Olha, eu não vi nada de anormal. Deve ter sido, por causa da viagem por ela ter ficado em casa esses dias. A altitude vai começar a fazer uns efeitos, não muito bons, mas nada para se preocupar. Ela tem que descansar, por que daqui há quatro meses uma pessoinha tá chegando! Ela sorriu.
Fomos para casa e o Luan ficou comigo no quarto, para ele ter certeza que eu iria descansar. Ele deitou comigo e eu coloquei minha cabeça em seu peito, escutando seu coração. Acabei dormindo e já esperava que ele me privasse de ir ao show, daquele noite.
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