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sexta-feira, 29 de junho de 2012

O medo ocupa o espaço... (Capítulo 157 - Parte 2)


A gente chegou, em minha casa e as dores insistiam. Eu fui tomar banho e a dor aumentou, eu demorei mais que o normal no banheiro, por que eu não queria que ele ficasse preocupado. Na verdade, eu estava querendo me acalmar e acreditar que isso era passageiro e que nada de ruim iria acontecer, queria demonstrar que estava bem, para não preocupar ninguém.

-Mô você demorou, que foi? Ele me perguntou.

-Nada! Sorri.

-Vou tomar banho! Ele falou, assim que saiu do twitter.

Eu me arrumei, com dificuldade, por conta da dor, e deitei na cama fechando os olhos na esperança da dor diminuir ou passar. A dor só fazia aumentar, e o meu medo aumentava junto a ela, eu estava com medo de perder o nosso filho. Os pensamentos, juntamente a dor me dominaram e eu deixei lágrimas caírem. Fechei os olhos, apertados, e pedi a Deus que me livrasse daquelas dores horríveis. Abri os olhos, e fui fraca demais para sustentá-los abertos, vi tudo ficar escuro.

-Mô eu... Mô?

O Luan me chamava e parecia desesperado, ele começou a chorar e pareceu atrapalhado para colocar a roupa. Eu o ouvi me chamar, mas não consegui abrir os olhos, a dor tinha passado, mas eu sentia que algo estava errado, o Luan tinha desespero em sua fala. Ele saiu do meu quarto, se batendo em alguma coisa, que caiu no chão, e voltou com minha mãe.

-Eu vou ligar pra médica! Minha mãe falou pra ele.

Minha mãe parecia firme, ela sabia que ela iria acalmar meu pai e o Luan, então segurou a emoção de me ver daquele jeito. O Luan sentou ao meu lado, me colocou em seus braços e eu pudi perceber o quando meu corpo estava mole. Ele me embalava em seus braços e parecia agoniado, querer fazer algo. Sentia o carinho dele em meu cabelo e um beijo molhado, devido as suas lágrimas, em minha testa.

-Vai ficar tudo bem, eu prometo! Você vai ficar bem, e o Rafa, também! Eu prometo, meu amor, prometo! -Ele falava tentando controlar o choro. -Well! Ele chamou.

-Que foi...? Meu Deus! O que você quer que eu faça cara? O Well apareceu, depois de um tempo.

-Pega o carro!

Senti o Luan me carregar no colo, às lágrimas dele caíam sobre meu rosto. Eu não sabia o porquê de tudo aquilo, minha dor tinha parado. Eu estava incomodada não conseguia abrir meus olhos.

-Vai dá tudo certo Luan, calma! Minha mãe o acalmava.

-Quando ela acordar o que eu digo? Ele falou com uma voz de choro.

-Vai dá tudo certo, calma! Eu vou, logo, atrás de vocês, no meu carro! Ouvi a voz do meu pai.

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