A gente chegou, em minha casa e as dores insistiam. Eu fui tomar banho e
a dor aumentou, eu demorei mais que o normal no banheiro, por que eu não queria
que ele ficasse preocupado. Na verdade, eu estava querendo me acalmar e
acreditar que isso era passageiro e que nada de ruim iria acontecer, queria
demonstrar que estava bem, para não preocupar ninguém.
-Mô você demorou, que foi? Ele me perguntou.
-Nada! Sorri.
-Vou tomar banho! Ele falou, assim que saiu do twitter.
Eu me arrumei, com dificuldade, por conta da dor, e deitei na cama
fechando os olhos na esperança da dor diminuir ou passar. A dor só fazia
aumentar, e o meu medo aumentava junto a ela, eu estava com medo de perder o
nosso filho. Os pensamentos, juntamente a dor me dominaram e eu deixei lágrimas
caírem. Fechei os olhos, apertados, e pedi a Deus que me livrasse daquelas
dores horríveis. Abri os olhos, e fui fraca demais para sustentá-los abertos,
vi tudo ficar escuro.
-Mô eu... Mô?
O Luan me chamava e parecia desesperado, ele começou a chorar e pareceu
atrapalhado para colocar a roupa. Eu o ouvi me chamar, mas não consegui abrir
os olhos, a dor tinha passado, mas eu sentia que algo estava errado, o Luan
tinha desespero em sua fala. Ele saiu do meu quarto, se batendo em alguma
coisa, que caiu no chão, e voltou com minha mãe.
-Eu vou ligar pra médica! Minha mãe falou pra ele.
Minha mãe parecia firme, ela sabia que ela iria acalmar meu pai e o
Luan, então segurou a emoção de me ver daquele jeito. O Luan sentou ao meu
lado, me colocou em seus braços e eu pudi perceber o quando meu corpo estava
mole. Ele me embalava em seus braços e parecia agoniado, querer fazer algo.
Sentia o carinho dele em meu cabelo e um beijo molhado, devido as suas
lágrimas, em minha testa.
-Vai ficar tudo bem, eu prometo! Você vai ficar bem, e o Rafa, também!
Eu prometo, meu amor, prometo! -Ele falava tentando controlar o choro. -Well!
Ele chamou.
-Que foi...? Meu Deus! O que você quer que eu faça cara? O Well
apareceu, depois de um tempo.
-Pega o carro!
Senti o Luan me carregar no colo, às lágrimas dele caíam sobre meu
rosto. Eu não sabia o porquê de tudo aquilo, minha dor tinha parado. Eu estava
incomodada não conseguia abrir meus olhos.
-Vai dá tudo certo Luan, calma! Minha mãe o acalmava.
-Quando ela acordar o que eu digo? Ele falou com uma voz de choro.
-Vai dá tudo certo, calma! Eu vou, logo, atrás de vocês, no meu carro!
Ouvi a voz do meu pai.
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