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quinta-feira, 5 de abril de 2012

A aposta (Capítulo 31 - Parte 2)

Fomos para a beira do rio, e eu estava com medo de enjoar, por conta do balanço do barco. Mesmo assim, fomos ao encontro de alguns pescadores, para conhecermos os rios, e um pouco da Amazônia. Eu e ele estávamos curiosos, ele a todo o momento tirava fotos. Eu estava ao lado dele, e sorria das brincadeiras que o Rober, o Well e o Max, faziam, enquanto o Luan enchia os pescadores de perguntas.

-Nossa! Acho que barco e gravidez não combinam! Tô enjoada!

-Lugar pra você vomitar não falta! Sinta-se à vontade! O Max brincou.

-E esse peixe estará na sua mesa daqui a uma semana! Gargalhei.

-Eca! Mor, que nojento! O Luan me olhou com cara de nojo.

-Estamos chegando! Um dos pescadores nos avisou.

Os rios eram enormes, parecia que estávamos em alto mar. A Amazônia era um lugar misterioso, e lindo, ao mesmo tempo. Tudo nos encantava era muito além do que qualquer programa, de TV, podia mostrar. Estávamos encantados com tudo o que víamos, inclusive com o encontro dos rios que era algo incrível. Era perceptível o encontro dos rios, as águas de ambos pareciam água e óleo, parecia não se misturar. Uma era muito escura e outra tinha uma cor barrenta, parecia que um respeitava o limite do outro.  

Depois que voltamos do passeio o Luan resolveu ir pescar. Saímos todos, do barco, e em um pequeno deck, ele, com ajuda dos pescadores, improvisaram uma vara de pesca, com um tronco, fino, de árvore e uma linha de anzol.

-Essa eu vou filmar! O Max começou a filmar, com o celular.

-Filma com o meu! Empurrei o meu celular na mão dele.

-Quantos minutos pra ele pegar um? O Rober perguntou, quase apostando.

-Uma hora! O Max riu.

-Segundos! Apostei.

-AH! B, você acha mesmo? Tá de brincadeira né? O Rober me olhou rindo.

-Aposto cem reais, que ele pega em questão de segundos! Aposta? Estendi minha mão.

-Aposto!

-Espera! Também vou apostar! Não vou perder essa chance de ganhar dinheiro, fácil, da patroa! O Max apostou.

-Não vai Well? O perguntei.

-Eu não! Ele riu.

Quando o Luan jogou a isca, o Max filmava e nós três, que tínhamos apostado, estávamos torcendo. Prestávamos atenção, e meu coração estava disparado. “Vem peixinho, vem!”, torcia, por pensamentos, para que o peixe fisgasse a isca. Em questão de segundos o Luan começou a puxar o peixe.

-Ganhei! Gargalhei.

-Não acredito! O Max se lamentou.

-Não é possível! O Rober olhou abismado.

-Vocês não estam no Mato Grosso do Sul gente! Isso aqui é Amazônia! –Ri. –Quero meu dinheiro! Olhei para os dois.

O Luan continuava a puxar o peixe, e os pescadores o observavam. O Max filmava, enquanto se lamentava por ter perdido a aposta. O Luan não conseguiu pegar o peixe, por ele ter uma força bem maior, acabou rompendo a linha da isca.

-Eita porra! Foi pu pau! O Luan riu, quando a linha rompeu.

-Ele não pegou o peixe B! O Max protestou.

-Mais o peixe fisgou a isca! Isso é o que importa!

-O que vocês estam fazendo? O Luan chegou perto.

-Apostamos se você pescaria um peixe. E eu apostei que em segundos, você pegava um, o que aconteceu!

-Apostou quanto? O Luan sorriu.

-Cem reais! Sorri.

-Eita! Que nós tá rico! O Luan riu.

-Você não pegou o peixe! O Max protestou, novamente.

-Mais o peixe fisgou! Pode pagar a minha muié! O Luan provocou.

-Max é melhor pagar! A gente perdeu cara! O Rober riu e o Max baixou a cabeça.

-Sinto muito, se até os peixes gostam do Luan! Empurrei de leve o Max.

-Na moral! Isso foi roubo!

-Cala a boca Max! Eu e o Luan falamos juntos.

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