Fomos para a beira do rio, e eu estava com medo de enjoar, por conta do balanço do barco. Mesmo assim, fomos ao encontro de alguns pescadores, para conhecermos os rios, e um pouco da Amazônia. Eu e ele estávamos curiosos, ele a todo o momento tirava fotos. Eu estava ao lado dele, e sorria das brincadeiras que o Rober, o Well e o Max, faziam, enquanto o Luan enchia os pescadores de perguntas.
-Nossa! Acho que barco e gravidez não combinam! Tô enjoada!
-Lugar pra você vomitar não falta! Sinta-se à vontade! O Max brincou.
-E esse peixe estará na sua mesa daqui a uma semana! Gargalhei.
-Eca! Mor, que nojento! O Luan me olhou com cara de nojo.
-Estamos chegando! Um dos pescadores nos avisou.
Os rios eram enormes, parecia que estávamos em alto mar. A Amazônia era um lugar misterioso, e lindo, ao mesmo tempo. Tudo nos encantava era muito além do que qualquer programa, de TV, podia mostrar. Estávamos encantados com tudo o que víamos, inclusive com o encontro dos rios que era algo incrível. Era perceptível o encontro dos rios, as águas de ambos pareciam água e óleo, parecia não se misturar. Uma era muito escura e outra tinha uma cor barrenta, parecia que um respeitava o limite do outro.
Depois que voltamos do passeio o Luan resolveu ir pescar. Saímos todos, do barco, e em um pequeno deck, ele, com ajuda dos pescadores, improvisaram uma vara de pesca, com um tronco, fino, de árvore e uma linha de anzol.
-Essa eu vou filmar! O Max começou a filmar, com o celular.
-Filma com o meu! Empurrei o meu celular na mão dele.
-Quantos minutos pra ele pegar um? O Rober perguntou, quase apostando.
-Uma hora! O Max riu.
-Segundos! Apostei.
-AH! B, você acha mesmo? Tá de brincadeira né? O Rober me olhou rindo.
-Aposto cem reais, que ele pega em questão de segundos! Aposta? Estendi minha mão.
-Aposto!
-Espera! Também vou apostar! Não vou perder essa chance de ganhar dinheiro, fácil, da patroa! O Max apostou.
-Não vai Well? O perguntei.
-Eu não! Ele riu.
Quando o Luan jogou a isca, o Max filmava e nós três, que tínhamos apostado, estávamos torcendo. Prestávamos atenção, e meu coração estava disparado. “Vem peixinho, vem!”, torcia, por pensamentos, para que o peixe fisgasse a isca. Em questão de segundos o Luan começou a puxar o peixe.
-Ganhei! Gargalhei.
-Não acredito! O Max se lamentou.
-Não é possível! O Rober olhou abismado.
-Vocês não estam no Mato Grosso do Sul gente! Isso aqui é Amazônia! –Ri. –Quero meu dinheiro! Olhei para os dois.
O Luan continuava a puxar o peixe, e os pescadores o observavam. O Max filmava, enquanto se lamentava por ter perdido a aposta. O Luan não conseguiu pegar o peixe, por ele ter uma força bem maior, acabou rompendo a linha da isca.
-Eita porra! Foi pu pau! O Luan riu, quando a linha rompeu.
-Ele não pegou o peixe B! O Max protestou.
-Mais o peixe fisgou a isca! Isso é o que importa!
-O que vocês estam fazendo? O Luan chegou perto.
-Apostamos se você pescaria um peixe. E eu apostei que em segundos, você pegava um, o que aconteceu!
-Apostou quanto? O Luan sorriu.
-Cem reais! Sorri.
-Eita! Que nós tá rico! O Luan riu.
-Você não pegou o peixe! O Max protestou, novamente.
-Mais o peixe fisgou! Pode pagar a minha muié! O Luan provocou.
-Max é melhor pagar! A gente perdeu cara! O Rober riu e o Max baixou a cabeça.
-Sinto muito, se até os peixes gostam do Luan! Empurrei de leve o Max.
-Na moral! Isso foi roubo!
-Cala a boca Max! Eu e o Luan falamos juntos.
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