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terça-feira, 17 de abril de 2012

Nossas loucuras (Capítulo 45 - Parte 2)


-Não entendi o porquê do Rober e o Max terem ido na nossa frente. Comentei.

Estávamos indo para o aeroporto de Londrina, pegar o bicuço para seguirmos a agenda de shows. O Max e o Rober foram na nossa frente, mas eu não entendi o porquê, mais sabia que tinha sido depois de uma partida no vídeo game, e eles estavam num sussurro só. Eu sabia que eles tinham armado algo, só não sabia o que era. Tentei jogar verde com o Luan, que estava no celular, postando fotos para as meninas.

-O Rober ainda ia passar na casa dele, pra pegar um trem que ele esqueceu, e o Max foi acompanhando! Ele falou ainda olhando para o celular.

-E o Anderson e a Dagmar? Continuava o olhando.

-Sei lá! Mais eu sei que o Anderson foi na frente.

-Lú, meu amor, olha pra mim, um segundo? Fiz manha.

-Oi meu amorzinho! Ele me olhou e sorriu.

-Você está falando a verdade neném? O olhei séria.

-Por que, bebê?

-Por que você não olhou pra mim, meu amor!

-Ah! Mor eu to postando as fotos aqui, por isso que não te olhei!

-Agora que você está me olhando, bebê, fala se era verdade!

-Meu amorzinho lindo! Ele me puxou e me abraçou.

Tentei por várias vezes tentar arrancar dele alguma coisa mais ele não dizia, absolutamente, nada. Seguimos até o aeroporto, ele me enrolando com um “papo furado”, e eu fingindo que estava acreditando. Quando chegamos eu esperei ele pôr nossas coisas dentro do avião e entrei.

-Luan cadê todo mundo? Saí perguntando a ele.

-Como assim? Ele me olhou e sorriu.

-Você está aprontando o que Luan Rafael?

-Nada! A Dada e o Rober não estam ai ainda? Ele riu.

-Luan Rafael Domingos Santana, me diz agora! Parei na frente dele e bati meu pé.

-Caramba, calma! Eu não aprontei nada! Mais olha a nossa volta. Não tem ninguém, até o cara da van foi embora, nenhum pessoal do aeroporto. Ninguém está aqui, percebeu? Ele se aproximou de mim.

-Percebi! E percebi também que foi tudo armado por você! Bati no braço dele.

-Ai! Mor pára sério! –Ele segurou meu braço. –Só queria fazer as pazes com você, do nosso jeito! Ele me puxou e me beijou.

-Se eu te disser que eu pensei em fazer uma surpresa pra você quando a gente chegasse no hotel, você iria acreditar? Sorri, enquanto nos beijávamos.

-Sério?

-Sério! Tinha pensado em viajar para o nosso mundo. Só você e eu, sem ninguém para atrapalhar, mas não tinha pensado em encaixar o bicuço nesse meio não! Ri.

-Eu sim! Ele riu.

-Você me surpreende a cada segundo sabia? Sorri.

-Você sabe que eu era louco pra fazer isso! Ele deu um sorriso safado.

-Sei, mas eu vou ri demais! Ri.

-Por quê? Ele me olhou sorrindo.

-Por que vai ser, no mínimo, estranho! Eu e você, dois lerdos no bicuço, pequeno, isso não tem espaço, não! Olhei para o avião.

-A gente dá o nosso jeitinho! Ele me abraçou por trás e começou a beijar meu pescoço.

Ele me guiou até o bicuço e quando entramos ele fechou a porta. Quando sentei e olhei em volta, e percebi o que iríamos fazer eu comecei a ri muito. Ele sentou ao meu lado e riu, contagiado pela minha risada.

-Estou com vergonha, sério! Olhei para ele.

-De mim? Ele arregalou os olhos.

-Não! É que todo mundo está sabendo disso aqui!

-Não! Eu disse que a gente ia pra outro lugar, antes de São Paulo. Só o Rober que sabe mesmo! Ele me olhou.

-Ah! O Rober sempre sabe de tudo, coitado! Ri.

-Vem aqui, ser só minha, vem! Ele me estendeu a mão, e eu sorri.

Levantei e sentei em seu colo, começamos a nos beijar, e o mundo já não mais importava para nós dois. Foi a mesma incrível sensação de sempre, mas essa tinha um gosto a mais, o gosto do perdão. Era muito bom fazer as pazes, eu adorava quando, mesmo em uma briga pequena, fazíamos as pazes, era como se tudo voltasse à primeira vez.

Eu não ri apenas me entreguei a ele e o deixei me guiar. Estava matando o desejo dele, ele sempre quis fazer aquilo, mas nunca tinha uma oportunidade boa para acontecer. Ele transformava cada segundo em pura mágica. Nunca mais tínhamos feito amor, daquela maneira, talvez precisássemos de um toque especial, ou de uma loucura daquelas.

-Te vivo, meu amor! Ele sussurrou em meu ouvido.

-Por que você consegue me convencer a fazer essas loucuras? Sorri o olhando.

Estávamos de mãos dadas, um ao lado do outro, em nossas poltronas. O Luan tinha chamado os pilotos, e estávamos os esperando.

-Por que você me ama?! Ele sorriu.

-Não! Por que eu sou louca por você, além de ser louca também! Ri.

-É pode ser! Ele brincou.

Os pilotos não demoraram a chegar, e eu não consegui olhar para eles, eu estava com muita vergonha. Mesmo ninguém, além de nós e o Rober, saber o que tinha acontecido, eu estava sem graça, só de pensar. Chegamos em São Paulo e o Luan foi receber as fãs mais não demorou muito tempo, tínhamos que chegar no horário, o Luan teria uma entrevista para fazer.

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