-Não entendi o porquê do Rober e o Max terem ido
na nossa frente. Comentei.
Estávamos indo para o aeroporto de Londrina,
pegar o bicuço para seguirmos a agenda de shows. O Max e o Rober foram na nossa
frente, mas eu não entendi o porquê, mais sabia que tinha sido depois de uma
partida no vídeo game, e eles estavam num sussurro só. Eu sabia que eles tinham
armado algo, só não sabia o que era. Tentei jogar verde com o Luan, que estava
no celular, postando fotos para as meninas.
-O Rober ainda ia passar na casa dele, pra pegar
um trem que ele esqueceu, e o Max foi acompanhando! Ele falou ainda olhando
para o celular.
-E o Anderson e a Dagmar? Continuava o olhando.
-Sei lá! Mais eu sei que o Anderson foi na
frente.
-Lú, meu amor, olha pra mim, um segundo? Fiz
manha.
-Oi meu amorzinho! Ele me olhou e sorriu.
-Você está falando a verdade neném? O olhei
séria.
-Por que, bebê ?
-Por que você não olhou pra mim, meu amor!
-Ah! Mor eu to postando as fotos aqui, por isso
que não te olhei!
-Agora que você está me olhando, bebê, fala se
era verdade!
-Meu amorzinho lindo! Ele me puxou e me abraçou.
Tentei por várias vezes tentar arrancar dele
alguma coisa mais ele não dizia, absolutamente, nada. Seguimos até o aeroporto,
ele me enrolando com um “papo furado”, e eu fingindo que estava acreditando.
Quando chegamos eu esperei ele pôr nossas coisas dentro do avião e entrei.
-Luan cadê todo mundo? Saí perguntando a ele.
-Como assim? Ele me olhou e sorriu.
-Você está aprontando o que Luan Rafael ?
-Nada! A Dada e o Rober não estam ai ainda? Ele
riu.
-Luan Rafael Domingos Santana, me diz agora!
Parei na frente dele e bati meu pé.
-Caramba, calma! Eu não aprontei nada! Mais olha
a nossa volta. Não tem ninguém, até o cara da van foi embora, nenhum pessoal do
aeroporto. Ninguém está aqui, percebeu? Ele se aproximou de mim.
-Percebi! E percebi também que foi tudo armado
por você! Bati no braço dele.
-Ai! Mor pára sério! –Ele segurou meu braço. –Só queria
fazer as pazes com você, do nosso jeito! Ele me puxou e me beijou.
-Se eu te disser que eu pensei em fazer uma surpresa
pra você quando a gente chegasse no hotel, você iria acreditar? Sorri, enquanto
nos beijávamos.
-Sério ?
-Sério! Tinha pensado em viajar para o nosso
mundo. Só você e eu, sem ninguém para atrapalhar, mas não tinha pensado em
encaixar o bicuço nesse meio não! Ri.
-Eu sim! Ele riu.
-Você me surpreende a cada segundo sabia? Sorri.
-Você sabe que eu era louco pra fazer isso! Ele deu
um sorriso safado.
-Sei, mas eu vou ri demais! Ri.
-Por quê? Ele me olhou sorrindo.
-Por que vai ser, no mínimo, estranho! Eu e você,
dois lerdos no bicuço, pequeno, isso não tem espaço, não! Olhei para o avião.
-A gente dá o nosso jeitinho! Ele me abraçou por
trás e começou a beijar meu pescoço.
Ele me guiou até o bicuço e quando entramos ele
fechou a porta. Quando sentei e olhei em volta, e percebi o que iríamos fazer
eu comecei a ri muito. Ele sentou ao meu lado e riu, contagiado pela minha
risada.
-Estou com vergonha, sério! Olhei para ele.
-De mim? Ele arregalou os olhos.
-Não! É que todo mundo está sabendo disso aqui!
-Não! Eu disse que a gente ia pra outro lugar,
antes de São Paulo. Só o Rober que sabe mesmo! Ele me olhou.
-Ah! O Rober sempre sabe de tudo, coitado! Ri.
-Vem aqui, ser só minha, vem! Ele me estendeu a
mão, e eu sorri.
Levantei e sentei em seu colo, começamos a nos
beijar, e o mundo já não mais importava para nós dois. Foi a mesma incrível
sensação de sempre, mas essa tinha um gosto a mais, o gosto do perdão. Era
muito bom fazer as pazes, eu adorava quando, mesmo em uma briga pequena,
fazíamos as pazes, era como se tudo voltasse à primeira vez.
Eu não ri apenas me entreguei a ele e o deixei me
guiar. Estava matando o desejo dele, ele sempre quis fazer aquilo, mas nunca
tinha uma oportunidade boa para acontecer. Ele transformava cada segundo em
pura mágica. Nunca mais tínhamos feito amor, daquela maneira, talvez precisássemos
de um toque especial, ou de uma loucura daquelas.
-Te vivo, meu amor! Ele sussurrou em meu ouvido.
-Por que você consegue me convencer a fazer essas
loucuras? Sorri o olhando.
Estávamos de mãos dadas, um ao lado do outro, em
nossas poltronas. O Luan tinha chamado os pilotos, e estávamos os esperando.
-Por que você me ama?! Ele sorriu.
-Não! Por que eu sou louca por você, além de ser
louca também! Ri.
-É pode ser! Ele brincou.
Os pilotos não demoraram a chegar, e eu não
consegui olhar para eles, eu estava com muita vergonha. Mesmo ninguém, além de
nós e o Rober, saber o que tinha acontecido, eu estava sem graça, só de pensar.
Chegamos em São Paulo e o Luan foi receber as fãs mais não demorou muito tempo,
tínhamos que chegar no horário, o Luan teria uma entrevista para fazer.
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