Já estávamos em casa, tinha dois dias. Eu estava no sofá comendo, mais uma vez, chocolate com o notebook no colo. A Bruna estava ao meu lado lendo uma revista. Tínhamos ido para a casa dos pais dele, por ele ter dito que iria sair com o pai. Ele já estava fora, tinha um bom tempo, mas eu não me preocupei, por ele está com o pai.
-Bruna olha essa capa para o celular, que linda! Comentei.
-É linda mesmo cunha! O Lú chegou! Ela comentou, quando ouviu o barulho do carro, e levantou indo para a cozinha.
-Pega água pra mim Bubu? Pedi a ela, e ela respondeu positivamente com a cabeça.
Eu me voltei para o computador de novo. Quando ele abriu a porta o olhei, e levantei, quando fui em sua direção, percebi que algo nele estava diferente. Ele sorriu e o Amarildo riu, quando viu minha cara de assustada.
-O que é isso Luan? A Bruna perguntou olhando para o cabelo dele.
-A arte que ele inventou! O Amarildo riu.
-Gostaram? Ele perguntou.
O olhei e ele tinha ficado bonito, sim, com o novo corte de cabelo. Achei ele com uma cara mais séria e, ao mesmo tempo, mais fofo. Eu olhei para a Bruna e pisquei pra ela, e o olhei.
-Não! Respondi e fui para a cozinha.
-Sério? Ele me perguntou.
-Sério! A Bruna riu.
-Eu deixo crescer de novo se você...
-Claro que eu vou querer que você desfaça isso que você fez! Se eu não gostei imagina as meninas?! Peguei a água e sentei de frente ao balcão da cozinha.
-Mor...
-To brincando lerdo! Gargalhei.
-Sério? Não brinca! Ele se aproximou.
-Sério! Está tão lindo! Gostei! Sorri.
-Você está muito engraçadinha esses dias! Ele tomou a água, do meu copo.
-Claro! Estou feliz! E pode colocar água pra mim, ninguém mandou você beber a minha! Empurrei o copo pra ele.
-Mereço o que hoje de noite? Quer inaugurar o meu visual novo? Ele me abraçou por trás, me dando o copo, beijando meu pescoço.
-Vou pensar no seu caso! Sorri.
-Pensa não mor?! Ele alisava o meu pescoço com o nariz.
-Pára Luan! A gente está na casa...
-Da sua mãe! E não na de vocês! Dá um tempo casal! A Bruna sentou em nossa frente.
-Parei aqui! Ele saiu e foi assistir TV com o pai.
-Você ouviu né cunha: “Aqui”! A Bruna brincou.
-A senhorita está muito pra frente esses dias! Está acontecendo alguma coisa que eu não sei?
-Não! O que estaria acontecendo? Ela sorriu.
-Um menino talvez?!
-Não! Nada! Ela baixou a cabeça.
-Mais vai pintar um sapinho pra essa princesa torná-lo um príncipe, como eu fiz com o seu irmão! Ergui o queixo dela e sorri.
-É ele ficou bonito mesmo! Ela o olhou.
-Ai! Sentei.
-Que foi cunha? A Bruna levantou, ficando ao meu lado.
-Tontura!
-Mor que foi? O Luan me olhou.
-Só tontura!
-Bora pra casa né?! Ele abraçou o pai, em despedida.
-Querem ajuda? O Amarildo perguntou.
-Pai, eles não vão querer! Vai por mim! A Bruna passou por nós rindo.
-Tchau sogrinho! Me despedi dele envergonhada.
-Tchau! E juízo os dois! Ele se despediu quando nos viu entrar no carro.
O Luan seguiu para a nossa casa, e quando saímos do condomínio ele me olhou e colocou uma das mãos na minha barriga.
-Que foi? O olhei.
-Você está bem? Ele perguntou.
-To! O que você quer me falar ?
-A gente vai lá para o Norte e eu quero saber se você vai ficar bem, se a gente for dá umas voltas pela Amazônia! Ele sorriu.
-Sabia que você não iria resistir! -Sorri. –Eu vou com você!
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