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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Um susto (Capítulo 57 - Parte 2)


Segui com o Max, calada e segurava firme a mão dele. Ao passarmos pelo restaurante ele fez um sinal para o Roberval, com a cabeça, para que ele nos acompanhasse. Subimos no elevador, em um clima meio pesado. A namorada, do Max, comentava algumas coisas e eu forçava sorrisos, ela era muito simpática eu não a deixaria falar sozinha. Ela não tinha percebido nada, e isso era bom.

O Rober, eu e o Max trocávamos olhares, e eu continuava de mãos dadas com o Max, parecia que com isso eu conseguiria força para enfrentar aquilo. Respirei fundo e percebi o que eles queriam fazer, e meu coração acelerou. Senti uma dor na barriga, eu estava muito estressada, nesses dias, e eu não poderia ficar daquele jeito. Depois de pedir para a namorada seguir para o quarto, por que tinha que conversar comigo sobre o Diário, o Max olhou para o Roberval.

-Cara, não dá mais! O Max estava sério.

-O que foi? O Rober perguntou sério.

-Gente é melhor a gente ir para o seu quarto, Rober! Falei com eles.

-Não! A gente vai para o seu, e vai contar para o Luan! O Max me olhou sério.

-Max... Eu não...! Gaguejei nervosa.

-Vamos sim!

-B a gente tem que contar! O Rober me olhou.

-Vem cá, quem não quis contar a ele foi vocês, ok?! Os olhei e senti a dor aumentar.

-Para privar vocês! Para evitar que acontecesse alguma... B você está bem? O Max se assustou quando me viu encostar na parede.

-Não! To sentindo muita dor! Coloquei a mão na barriga.

-Vem cá! O Max me carregou no colo. Seguiram para o meu quarto e o do Luan.

Quando eles abriram a porta, o Luan ainda dormia. O Rober seguiu na frente e ajeitou os travesseiros para que eu ficasse mais confortável.

-Cara acorda! A B tá passando mal! O Rober cutucou o Luan.

-Hã? O Luan acordou assustado.

-Eu mor! Sorri.

-O que foi? Ele me olhou.

-Ela tá sentindo dor! O Max avisou.

-Dor? Mor você fez o que? -Ele sentou ao meu lado, passando o braço por meu ombro. –Desde que horas isso? Ele olhou para o Rober.

-Foi agora! A gente estava vindo para o quarto e ela sentiu a dor! O Rober o avisou.

-Calma! Tá passando! O olhei.

-Cara, que susto! O Max me deu um copo com água.

-Brigada! –Peguei o copo da mão dele. –To bem! Já estou bem, pronto! Sorri.

-A gente vai ao médico quando a gente for para o Nordeste, tá? Ele alisou meu rosto.

-Tá! Sorri.

-Valeu caras! Ele olhou para os meninos.

Eles se olharam e me olharam, o Max fez menção de que iria contar alguma coisa, mas logo desistiu. Saíram, após terem cumprimentado o Luan e nos deixaram sozinhos.

-Por que não me chamou, quando acordou? Ele me olhou.

-Não queria te acordar!

-Deve ser por que você está muito agitada esses dias né?! Ele alisou minha barriga.

-Lú me dá um beijo! Colei minha testa na dele.

Ele sorriu e me beijou. Ele inclinou o corpo sobre o meu, e me beijava de um jeito que a gente nunca mais tinha se beijado. Fazia carinho em sua nuca e ele se arrepiava.

-Te amo, te amo, te amo, te amo, te amo... Ele falava me dando selinhos.

-Pensei que era te vivo! Sorri.

-Então tá! Te vivo, te vivo, te vivo, te vivo... Ele começou a me dá selinho, novamente. 

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