Segui com o Max,
calada e segurava firme a mão dele. Ao passarmos pelo restaurante ele fez um
sinal para o Roberval, com a cabeça, para que ele nos acompanhasse. Subimos no
elevador, em um clima meio pesado. A namorada, do Max, comentava algumas coisas
e eu forçava sorrisos, ela era muito simpática eu não a deixaria falar sozinha.
Ela não tinha percebido nada, e isso era bom.
O Rober, eu e o
Max trocávamos olhares, e eu continuava de mãos dadas com o Max, parecia que
com isso eu conseguiria força para enfrentar aquilo. Respirei fundo e percebi o
que eles queriam fazer, e meu coração acelerou. Senti uma dor na barriga, eu
estava muito estressada, nesses dias, e eu não poderia ficar daquele jeito.
Depois de pedir para a namorada seguir para o quarto, por que tinha que
conversar comigo sobre o Diário, o Max olhou para o Roberval.
-Cara, não dá
mais! O Max estava sério.
-O que foi? O
Rober perguntou sério.
-Gente é melhor a
gente ir para o seu quarto, Rober! Falei com eles.
-Não! A gente vai
para o seu, e vai contar para o Luan! O Max me olhou sério.
-Max... Eu
não...! Gaguejei nervosa.
-Vamos sim!
-B a gente tem
que contar! O Rober me olhou.
-Vem cá, quem não
quis contar a ele foi vocês, ok?! Os olhei e senti a dor aumentar.
-Para privar vocês!
Para evitar que acontecesse alguma... B você está bem? O Max se assustou quando
me viu encostar na parede.
-Não! To sentindo
muita dor! Coloquei a mão na barriga.
-Vem cá! O Max me
carregou no colo. Seguiram para o meu quarto e o do Luan.
Quando eles
abriram a porta, o Luan ainda dormia. O Rober seguiu na frente e ajeitou os
travesseiros para que eu ficasse mais confortável.
-Cara acorda! A B
tá passando mal! O Rober cutucou o Luan.
-Hã? O Luan
acordou assustado.
-Eu mor! Sorri.
-O que foi? Ele
me olhou.
-Ela tá sentindo
dor! O Max avisou.
-Dor? Mor você
fez o que? -Ele sentou ao meu lado, passando o braço por meu ombro. –Desde que
horas isso? Ele olhou para o Rober.
-Foi agora! A
gente estava vindo para o quarto e ela sentiu a dor! O Rober o avisou.
-Calma! Tá
passando! O olhei.
-Cara, que susto!
O Max me deu um copo com água.
-Brigada! –Peguei
o copo da mão dele. –To bem! Já estou bem, pronto! Sorri.
-A gente vai ao
médico quando a gente for para o Nordeste, tá? Ele alisou meu rosto.
-Tá! Sorri.
-Valeu caras! Ele
olhou para os meninos.
Eles se olharam e
me olharam, o Max fez menção de que iria contar alguma coisa, mas logo
desistiu. Saíram, após terem cumprimentado o Luan e nos deixaram sozinhos.
-Por que não me
chamou, quando acordou? Ele me olhou.
-Não queria te
acordar!
-Deve ser por que
você está muito agitada esses dias né?! Ele alisou minha barriga.
-Lú me dá um
beijo! Colei minha testa na dele.
Ele sorriu e me
beijou. Ele inclinou o corpo sobre o meu, e me beijava de um jeito que a gente
nunca mais tinha se beijado. Fazia carinho em sua nuca e ele se arrepiava.
-Te amo, te amo,
te amo, te amo, te amo... Ele falava me dando selinhos.
-Pensei que era
te vivo! Sorri.
-Então tá! Te
vivo, te vivo, te vivo, te vivo... Ele começou a me dá selinho, novamente.
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