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sábado, 21 de abril de 2012

A brincadeira é séria! (Capítulo 51 - Parte 2)


Ficamos o dia no quarto, e ele me olhava rindo. Fiquei o dia, de cara fechada e fazendo manha. Não consegui arrancar dele nada, ele não contava de jeito nenhum. Eu deitei na cama, e ele me observou, deitei ao lado dele, enquanto ele mexia no celular. Ele me olhou e sorriu me abraçando e beijou meu pescoço.

-Nem começa! Falei.

-Você vai ficar assim o dia todo? Ele perguntou.

-Vou!

-Te vivo!

-Não vai consegui nada! O olhei.

-Nada?

-Nada!

Pela tarde, antes de seguimos ao local do show, fomos gravar uma entrevista. Ele estava levando aquele assunto na brincadeira, enquanto eu estava irritada e queria mesmo saber de tudo. Enquanto ele dava a entrevista eu vistoriava a equipe do Diário, junto com o Max e a Dagmar, além de nos ajudar, ficava de olho na entrevista.

-O Luan depois vai à academia? O Gutão chegou ao meu lado.

-Não sei Guto! Prestava atenção na câmera que o filmava.

-O Luan está seguindo aquela alimentação direito? Hoje ele não malhou e...

-Guto depois a gente conversa pode ser? -O olhei. –É que to ocupada agora! O Rober, pergunta pra ele. Ele que é o secretário do Luan. Ele pode te ajudar! Passei por ele e fui até o fotógrafo da equipe.

Olhava as coisas e vi o Guto me observar, ele não foi até o Roberval para saber o que ele queria, e ficou no mesmo lugar me observando. Vi o Roberval se aproximar dele e falar algo, que pela expressão, ele não gostou. Olhei para o Luan e o vi me observar, fiz um gesto para que ele ajeitasse o corpo, ele estava torto sentado, ele sorriu e se ajeitou. Eu sabia que ele tinha notado o que havia acabado de acontecer, mas eu preferi mostrá-lo que nada iria acontecer, eu amava ele,  ou como ele preferia, vivia ele.

-Eu estava bonito mor? Ele ficou em minha frente, e ficou com a cabeça inclinada.

-Estava, lindão! Sorri e o dei um selinho.

-Cadê o meu boné? Ele perguntou, com uma das mãos em minha cintura.

-Dei para o Rober amor, ver onde ele está! O olhei tirando um cisco de seu rosto.

-Vou ver onde ele está, espera aqui! Ele me olhou e eu sorri.

-Onde eu iria? Ri.

Fiquei com o Max organizando o pessoal do Diário, e aproveitei para pegar a câmera que eu usaria no camarim, para a entrevista com o Luan. O Max ficou brincando com a câmera fotográfica tirando fotos, de todos, espontâneas. Eu o observava e ria, conferindo algumas coisas.

-B quero falar com você depois tá?! O Max me olhou sério.

-Alguma coisa sobre o Diário?

-Não! Coisa mais séria!

Eu olhei para o Max e pudi perceber que ele sabia de algo, a mais, e havia percebido algo que queria dividir comigo. Ele e eu tínhamos nos tornado amigos, e por muitas vezes não parecia que ele era um pouco mais velho, ou tinha o papel de tio do Luan. Ele e eu ficávamos muito tempo juntos e dividíamos o dia, um com o outro. Nele eu sabia que podia confiar, eu sabia que muitas coisas o Luan não ficava sabendo, mesmo o Max querendo muito contar. Ele era um amigo para todas as horas, e um sempre escutava ao outro, mesmo não querendo escutar ninguém. Eu sabia que era algo que ele não queria que o Luan soubesse, se preocupasse. Eu fiquei o olhando e consegui buscar uma resposta para aquela conversa, então eu fiquei um pouco nervosa.

-Vamo mor, eu vou tomar banho e pegar as coisas para o show! O Luan me abraçou por trás.

-Tá! Fiquei olhando para o Max e já sabia o que era, e sobre o que era.

Entrei no elevador com o Luan, e ele conversava ao celular com a mãe. Depois da ligação ele me abraçou e começou a beijar meu pescoço, eu o deixei bem à vontade. Ele parou, do nada, e me olhou, desconfiado.

-O que foi? Perguntei.

-Vai se render assim? Ele sorriu.

-E quem disse que você teria mais que isso? Saí do elevador rindo.

-Vai levar isso a sério mesmo? Ele trancou a porta do quarto.

-Eu disse que eu não estava brincando! O olhei tirando a roupa para tomar banho.

Ele sorriu, e pareceu não levar, novamente, a sério. Ele se aproximou de mim me juntando ao seu corpo e começou a me beijar. Por mais que os toques dele estivessem bons, e os beijos dele me causassem arrepios, inevitáveis, meu orgulho falou mais alto me ajudando a resistir. Era difícil, mas eu precisava.

-Deixa eu ajudar? Ele sussurrou em meu ouvido, tirando minha blusa.

-Obrigada meu amor, pela ajuda. Agora eu vou tomar banho! Me afastei dele.

-Me leva junto?

-Não! Ri entrando no banheiro e tranquei a porta.

-Mor pára com isso! Ele tentou abrir a porta.

-Não! Tomava banho.

-Isso é judiação! –Eu não consegui responder, eu gargalhava do que ele tinha falado. Faltou ar, de tanto ri. –Vai dando risada! Ele desistiu.

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