Ficamos o dia no
quarto, e ele me olhava rindo. Fiquei o dia, de cara fechada e fazendo manha.
Não consegui arrancar dele nada, ele não contava de jeito nenhum. Eu deitei na
cama, e ele me observou, deitei ao lado dele, enquanto ele mexia no celular.
Ele me olhou e sorriu me abraçando e beijou meu pescoço.
-Nem começa!
Falei.
-Você vai ficar
assim o dia todo? Ele perguntou.
-Vou!
-Te vivo!
-Não vai consegui
nada! O olhei.
-Nada ?
-Nada!
Pela tarde, antes
de seguimos ao local do show, fomos gravar uma entrevista. Ele estava levando
aquele assunto na brincadeira, enquanto eu estava irritada e queria mesmo saber
de tudo. Enquanto ele dava a entrevista eu vistoriava a equipe do Diário, junto
com o Max e a Dagmar, além de nos ajudar, ficava de olho na entrevista.
-O Luan depois vai
à academia? O Gutão chegou ao meu lado.
-Não sei Guto!
Prestava atenção na câmera que o filmava.
-O Luan está
seguindo aquela alimentação direito? Hoje ele não malhou e...
-Guto depois a
gente conversa pode ser? -O olhei. –É que to ocupada agora! O Rober, pergunta
pra ele. Ele que é o secretário do Luan. Ele pode te ajudar! Passei por ele e
fui até o fotógrafo da equipe.
Olhava as coisas
e vi o Guto me observar, ele não foi até o Roberval para saber o que ele
queria, e ficou no mesmo lugar me observando. Vi o Roberval se aproximar dele e
falar algo, que pela expressão, ele não gostou. Olhei para o Luan e o vi me
observar, fiz um gesto para que ele ajeitasse o corpo, ele estava torto
sentado, ele sorriu e se ajeitou. Eu sabia que ele tinha notado o que havia
acabado de acontecer, mas eu preferi mostrá-lo que nada iria acontecer, eu
amava ele, ou como ele preferia, vivia
ele.
-Eu estava bonito
mor? Ele ficou em minha frente, e ficou com a cabeça inclinada.
-Estava, lindão!
Sorri e o dei um selinho.
-Cadê o meu boné? Ele perguntou, com uma das mãos em minha cintura.
-Dei para o Rober
amor, ver onde ele está! O olhei tirando um cisco de seu rosto.
-Vou ver onde ele
está, espera aqui! Ele me olhou e eu sorri.
-Onde eu iria? Ri.
Fiquei com o Max
organizando o pessoal do Diário, e aproveitei para pegar a câmera que eu usaria
no camarim, para a entrevista com o Luan. O Max ficou brincando com a câmera
fotográfica tirando fotos, de todos, espontâneas. Eu o observava e ria,
conferindo algumas coisas.
-B quero falar
com você depois tá?! O Max me olhou sério.
-Alguma coisa
sobre o Diário ?
-Não! Coisa mais
séria!
Eu olhei para o
Max e pudi perceber que ele sabia de algo, a mais, e havia percebido algo que
queria dividir comigo. Ele e eu tínhamos nos tornado amigos, e por muitas vezes
não parecia que ele era um pouco mais velho, ou tinha o papel de tio do Luan.
Ele e eu ficávamos muito tempo juntos e dividíamos o dia, um com o outro. Nele
eu sabia que podia confiar, eu sabia que muitas coisas o Luan não ficava sabendo,
mesmo o Max querendo muito contar. Ele era um amigo para todas as horas, e um
sempre escutava ao outro, mesmo não querendo escutar ninguém. Eu sabia que era
algo que ele não queria que o Luan soubesse, se preocupasse. Eu fiquei o
olhando e consegui buscar uma resposta para aquela conversa, então eu fiquei um
pouco nervosa.
-Vamo mor, eu vou
tomar banho e pegar as coisas para o show! O Luan me abraçou por trás.
-Tá! Fiquei
olhando para o Max e já sabia o que era, e sobre o que era.
Entrei no
elevador com o Luan, e ele conversava ao celular com a mãe. Depois da ligação
ele me abraçou e começou a beijar meu pescoço, eu o deixei bem à vontade. Ele
parou, do nada, e me olhou, desconfiado.
-O que foi? Perguntei.
-Vai se render
assim? Ele sorriu.
-E quem disse que
você teria mais que isso? Saí do elevador rindo.
-Vai levar isso a
sério mesmo? Ele trancou a porta do quarto.
-Eu disse que eu
não estava brincando! O olhei tirando a roupa para tomar banho.
Ele sorriu, e
pareceu não levar, novamente, a sério. Ele se aproximou de mim me juntando ao
seu corpo e começou a me beijar. Por mais que os toques dele estivessem bons, e
os beijos dele me causassem arrepios, inevitáveis, meu orgulho falou mais alto
me ajudando a resistir. Era difícil, mas eu precisava.
-Deixa eu ajudar? Ele sussurrou em meu ouvido, tirando minha blusa.
-Obrigada meu
amor, pela ajuda. Agora eu vou tomar banho! Me afastei dele.
-Me leva junto ?
-Não! Ri entrando
no banheiro e tranquei a porta.
-Mor pára com
isso! Ele tentou abrir a porta.
-Não! Tomava
banho.
-Isso é judiação!
–Eu não consegui responder, eu gargalhava do que ele tinha falado. Faltou ar,
de tanto ri. –Vai dando risada! Ele desistiu.
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