Boas lembranças (Capítulo 108 - Parte 2)

Acordei com minha mãe acariciando minha barriga, quando abri os olhos a abracei forte. Passamos a manhã juntas o colo dela era o que eu estava precisando. Tomamos café juntas e ela não tocou no assunto, sobre o Luan. Aproveitamos e fomos ao shopping, fui reconhecida por algumas pessoas; tirei fotos, peguei presentes para o Luan, dei autógrafos e lembrei dele, sorrindo involuntariamente. As lojas, por nós, frequentadas foram as de bebê. 

Voltei para casa, em Londrina, não quis ir para a nossa casa, preferi só entrar lá quando ela estivesse comigo. Fui para a casa dos meus pais, queria sentir o abraço, apertado, da minha "mamusca" e contar minhas histórias para meu pai. E como de costume; perturbar a Bruna, assim eu ficaria bem. Mais pela tarde me tranquei no meu quarto pensando em tudo o que eu tinha feito, eu tinha errado e estava doendo demais, por que dessa vez eu tinha errado feio. 

"Te amo, te vivo e preciso de você! Só pra não perder o costume e você não me esquecer! Rafa" Mandei a mensagem pra ela, na esperança de ela me responder. Ela não tinha mandado notícias.

Estava colocando as sacolas no carro, quando minha mãe começou a falar em voz alta a mensagem, brincando comigo. Sorri e olhei pra ela. 

-Pára mãe, que saco! Peguei meu celular rindo. 

-Responde logo a ele! Ela entrou no carro. 

"Desculpa não ter te ligado, hoje. Saí com minha mãe, na verdade ela me acordou. O Rafa está bem... Não vou te esquecer, fazer o que?! B" Entrei no carro, indo para casa. 

A mensagem dela chegou, e eu sorri ao ler. Ela estava fazendo manha, novamente, e brincava. Estava contando os segundos para reencontrá-la, no show da Lacta. Decidi descer e ficar no colo da minha mãe, que havia conversado comigo, sobre eu e a B. Eu precisava, assim como ela, também, do colo da minha mãe. 

Milena dormiu comigo, ela e minha mãe insistiam em lembrar que no dia seguinte eu estaria com ele, novamente. Mais o que elas não sabiam é que, desde quando eu havia chegado, eu contava os segundos para isso. Dormi, tranquilamente, depois que eu tive um sonho com ele, no qual, estávamos abraçados e ele alisava minha barriga, enquanto me fazia declarações, ao pé do ouvido. 

-Vamo Milena! Acordava a Mi, depois de já arrumada para a viagem. 

-Deixa eu dormir, mais um pouco amiga! Ela virou. 

-Tá! Mais vai perder sua carona até São Paulo e o crachá VIP, também! Joguei o travesseiro dela. 

-Levantei! -Ela riu e me olhou. -Já está pronta? É saudade? Ela levantou se espreguiçando.

-Não! Foi fome, mesmo! Anda! 

-Sei, a fome que você está sentindo! Ela entrou rindo no banheiro.

Minha mãe nos deixou no aeroporto e entrar no bicuço, de novo, foi como se algo me confortasse. Eu sentei no lugar dele e a Milena foi ao meu lado. Lembrei das loucuras feitas por nós, ali, no jatinho e sorri. Eu tinha que admitir; não sabia viver sem ele, mas não queria ceder. 

-Sorrindo atoa, por que? Lembrando de que? A Milena me olhou.

-De umas coisas que eu e o Luan... Ah! Esquece! Eu sorri. 

-O Rafa foi feito aqui? Ela arregalou os olhos. 

-Não! Tá doida? Mais é por aí! Ri.