Voltamos para Londrina, no bicuço, do mesmo jeito de sempre; um ao lado do outro e de mãos dadas, sentados em nossas poltronas. Estávamos conversando e sorríamos, nenhuma dor ou enjoou me incomodava, mas era perceptível a preocupação em sua expressão. Ele me perguntava a todo instante se eu não estava sentindo algumas coisa e chegava a me chamar várias vezes para que eu olhasse para ele, para ele ver se estava, realmente, tudo bem.
Quando chegamos em Londrina o Luan decidiu me levar a um lugar, ao nosso lugar encantado. O jardim que ficava na casa de uma senhora cuja a história ele já havia me contado antes, todos os casais de londrinenses ou visitantes passavam por lá. O jardim estava morrendo junto a sua dona e quando as cinzas dela foram jogadas nele, o jardim renasceu e nunca mais morreu. O Luan disse que me levando para lá eu iria me sentir bem e iria ficar mais calma.
Fomos para o jardim e ele, mais uma vez, estava lindo e impecavelmente encantador. O Luan a todo o momento se demonstrava preocupado comigo, mas logo ele, também, relaxou e segurando a minha mão seguimos andando, por aquele lugar lindo. Nunca mais tínhamos ido ali e eu adorei a ideia dele de me levar para passarmos um tempo juntos sem o que se preocupar, eu estava precisando de um momento tranquilo.
Andamos juntos e entre muitos olhares sobre nós, mas nenhum pedido para fotos ou autógrafo, estávamos tão colados, andando abraçados, que pareceu que ninguém quisesse nos atrapalhar. Ficamos um ao lado do outro de mãos dadas, abraçados e entre sorrisos e declarações. Paramos para sentar em um dos bancos e ele fazia carinho em meu rosto a todo instante e me olhava com um olhar carinhoso e no fundo ainda estava preocupado.
Depois de um tempo, quando o Luan viu que eu estava bem, fomos andando, devagar, até a saída do jardim, para irmos pra casa. No caminho ele me fez rir, mais uma vez, e ao avistar uma flor arrancou-a e me entregou. Eu o abracei e agradeci, a flor tinha um cheiro agradável e eu fechei meus olhos para sentir melhor aquele cheiro, enquanto ele alisava, delicadamente, meu rosto.
-Eu tenho que ir, vai ficar tudo bem! Ele falava.
Eu o olhei sem entender o por que dele falar aquilo, fiquei assustada com aquelas palavras. Ele estava indo e iria sozinho? Eu queria ir com ele. Eu e ele iriamos para casa, para a nossa casa. O Luan só poderia está brincando. Senti ele soltar a minha mão e o vi sair andando, quando eu ia atrás dele alguém me chamou, olhei para ver quem era e não vi ninguém. Virei, novamente, para falar com o Luan e ele tinha sumido. Só podia ser mais uma brincadeira dele.Saí a sua procura e não o achei em parte alguma fiquei nervosa e já estava escurecendo, estava desesperada e gritei seu nome.
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