-B vai começar o jogo! O Rober avisou quando mudou o canal da TV.
-Já? Cadê minha camisa? Subi para o quarto.
-Amor, tenta ficar calma tá? O Luan entrou no quarto.
-Relaxa meu amor! Olhei pra ele depois que coloquei a camisa.
-Você fica toda nervosa quando tá assistindo o jogo do bahia, e hoje é clássico. Eu não quero que você...
-Não se preocupa, sério! -O abracei. -Sei que eu tenho que me controlar por causa do nosso pequeno! Sorri olhando pra ele.
-Promete? Ele alisou meu rosto.
-Prometo! Sorri.
-Então vamo que eu vou torcer pelo Bahêa, com você! Ele riu.
-Hoje o Bahêa ganha com esse torcedor lindo! Dei um selinho nele.
-Ganha?
-Claro! Mais vamo que o jogo já começou! Saí do quarto puxando ele pela mão.
Desci e o Luan sentou ao meu lado, meu coração já estava disparado. Minha mãe fez pipoca e se juntou a nós, o Roberval não perdia nenhuma oportunidade de me perturbar. A cada lance do jogo meu nervosismo aumentava, era o primeiro jogo da final do campeonato baiano, na casa do maior adversário do Bahêa; o Vitória. Ganhar no estádio deles iria ser um presente e iria contar vantagem dobrada para o jogo da final que seria na "nossa casa", no estágio do Pituaçu. O Luan estava irritado e nervoso, quanto mais eu ficava nervosa ele se irritava e reclamava.
-Mais amor não sai um gol! Eu ollhei pra ele.
-Timinho de nada! O rober brincou.
-Testa pára! Pára a brincadeira, não tem graça! Ele falou firme e foi para a cozinha. Eu, o Rober e minha mãe nos olhamos, e eu fui atrás dele.
-Que foi? Olhava pra ele, enquanto ele pegava água na geladeira.
-Você nervosa! Não quero mais que assista esse jogo! Ele me olhou sério.
-Ai que eu morro do coração! Ri.
-Eu não to brincando, to falando sério! Ele falou firme, me assustando.
-Luan pára com isso! É importante pra mim, esse jogo! Cara eu parei de fazer tudo o que você mandou, aliás fui obrigada, por que você mudou minha rotina sem me consultar, antes! To seguindo tudo certinho, agora me privar de assistir a um jogo é demais, ainda mais do Bahêa! O olhei séria.
-Por que você não para de ser teimosa em? Você não pode ficar desse jeito! Seu filho está ai dentro sabia? Ele apontou pra minha barriga.
-Eu sei que o nosso, nosso filho está aqui! E eu também sei que essa sua irritação está me irritando e me deixando mais nervosa que o jogo, que por sinal estou perdendo! Olhei pra ele séria.
-Eu estou preocupado com vocês! Você acabou de vir do hospital, Beatriz! Parece que você não aprende!
-Eu aprendo sim! Eu estou quieta nem no Diário eu pensei, e olha que hoje o Max está coordenando uma reunião, lá no escritório! Satisfeito?
-Sério? Ele me olhou surpreso.
-Sério! Deixei tudo nas mãos dele, depois que conversei com ele ontem de noite. E disse que ele vai ficar na frente de tudo, agora, pra se acostumar quando eu for me afastar. Satisfeito? O olhei, ainda, séria.
-Desculpa! É que eu fiquei com medo só isso! Ele pareceu mais relaxado.
-Tudo bem, eu entendo! Mais amor pára de se estressar sério! Alisei seu rosto.
Voltamos para a sala e o primeiro tempo já havia terminado, minha mãe ficou nos observando e não se arriscou para fazer comentários do primeiro tempo. O Luan pareceu mais tranquilo, mas não significava que ele estava menos preocupado, ele, sempre, estava ao meu lado.
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