"Me dá um tempo!" (Capítulo 102 - Parte 2)

Enquanto dormia senti o cheiro dele, e me permitir senti sem me torturar, me pedindo para evitá-lo. Senti algo acariciar meu rosto e me mexi, me ajeitando na cama.Senti o colchão afundar ao meu lado, mas não liguei, queria dormir e pensar no amanhã, pensar que tudo seria melhor, que talvez tudo tinha sido um pesadelo. 

Aproximei meu corpo dela e ela, sem saber, entralaçou sua perna a minha me fazendo sorri. Queria abraçar minha pequena, cuidar dela, assim como eu, sabia que ela estava triste por nós dois. Sabia que só estando juntos a nossa tristeza acabaria.

-Te amo! Sussurreie perto do rosto dela a olhando.

Me assustei com o que eu tinha ouvido, e a presença dele estava mais real do que eu poderia imaginar. Abri os olhos e o vi, em minha frente, deitado ao meu lado. Ele se afastou e sententou, assim como eu fiz.

-Luan...! Comecei.

-Só quero saber uma coisa: você me ama? Ele me olhou.

-Luan sai daqui! Pedi.

-Me responde, por favor!

-Não disse que não te amava, agora, sai! 

-Deixa eu ficar te olhando! Amor não me nega isso, por favor! 

-Luan...!

-Amor não faz isso, com a gente! Vem cá! Ele me puxou, mas eu me soltei.

-Luan sai! Levantei.

-Amor eu quero você! Ele levantou vindo em minha direção.

-Luan pára! Sai daqui! Me afastei dele.

-Não me deixa sem você, por favor! Ele ajoelhou diante de mim.

-Luan não me faz perder a cabeça, de novo! O olhei séria

-Me perdoa! Ele segurou minha mão.

-Luan me deixa dormir! Puxei minha mão.

-Eu sei que eu errei...! B olha pra mim! Ele me puxou.

-Ok! Fica mais não encosta! Fui para a cama e me deitei.

Fui, logo, atrás dela e a vi se cobrir, por inteira, com o lençol, virando de costas pra mim. Dormir ao lado dela, naquele clima, era pior que dormir sem ela. Virei de lado e fiquei olhando a suas costas, fixamente. Eu sabia que ela havia pedido para não tocá-la, mas eu não resistiria por muito tempo. Me aproximei dela, quase a abraçando.

-Pega água...! Me virei e ficamos muito proximos.

-Te amo! Ele se aproximou e seus lábios se encostavam aos  meus.

-Pega água pra mim? Pedi me afastando.

-Pego! Ele se levantou.

Sentei na cama e o observei encher o copo com água pra mim. Ele voltou e me entregou o copo me observando, fixamente. Sentou à minha frente e alisou meu pé.

-Só fiz aquilo pra te ver perto de mim, eu queria te senti só minha, por que eu estava com ciúmes de algumas pessoas. Eu fui um burro a te privar de tudo o que você ama e mais ainda por achar que você estava exposta a tudo! Só queria te proteger e passei dos limites! Ele me olhou.

-Brigada, pela água! -Pousei o copo no criado-mudo que havia na cabeceira da cama. -Não pedi explicações! Deitei, novamente.

-Queria tentar me desculpar! Ele baixou a cabeça.

-Não vai mudar minha decisão! 

-Ok! Não vou insisti! Ele levantou deitando ao meu lado e eu o virei as costas.