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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

FIM!

Foi aqui que tudo começou...

Brigada por me fazerem seguir em frente! Vocês são os melhore!

O melhor momento das nossas vidas

Dezembro logo “bateu á porta”. Estávamos melhor que nunca. Claro que havia pequenas brigas, mas nada tão sério. Nesse um ano ao lado dele eu só tive alegrias e muitas surpresas.

Nossa famílias já cobravam casamento e filhos, coisa que o Luan adorou. Quem mais sentava pra conversar com a gente era meu pai e a mãe dele. Eles diziam o mesmo discurso, parecia ensaiado. Diziam que era pra gente pensar direito antes de algo sério, “por que casamento é coisa séria”, era a frase que mais ouvíamos. Sabíamos que casamento era coisa séria, estávamos casados há um ano, era o que o Luan costumava falar. Eu ainda não entendia o porquê dele ainda insistir em me pedir em casamento, mas confesso que adorava o ver usando a imaginação nas declarações antes de pedir minha mão.

-Amor você viu...?

-Seu brinco? Ele segurava os brincos na mão.

-Também... Brigada! Peguei e fui colocando.

-Também? Por quê?

-Meu Ipad viu?

-Você estava com ele agora!

-Eu sei mais... Ah! Já sei! Fui até minha mala e o tirei debaixo de uma calça do Luan.

-O que minha calça está fazendo ai?

-Sei lá!

Rimos.

-Casal anda! A Dada apareceu.

O Luan iria gravar entrevista e um programa de Fim de Ano, para uma emissora. Logo depois iríamos para Londrina passar o Natal e o Ano Novo, na casa dos pais dele.

-Mais um com você! Ele me abraçou por trás.

Eu estava na cozinha, pegando algumas frutas, na geladeira, enquanto a Bruna estava na piscina com umas amigas e os pais dele haviam saído.

-Mais um o que? Fechei a porta da geladeira com alguns morangos na mão.

-Natal mor! Ele ainda me abraçava.

-Ah! ... Quer? Ofereci a ele.

-Claro! Ele pegou um morango.

-Nem parece mais semana que vem já é Natal!

-Não parece mesmo!

Ele me carregou e me pôs sentada no balcão da cozinha.

-Toma mor! Coloquei o morango na boca dele. Ele aproveitou para me beijar.

-É... Gente é melhor a gente subir por que o clima aqui é para maiores de dezoito anos. A Bruna tinha entrado em casa com duas amigas.

Eu desci do balcão e virei pra elas, estava de costas pra elas antes, enquanto o Luan ajeitava minha blusa, que ele havia subido, um pouco, com uma das mãos. Sorrimos sem graça.

-Oi meninas! Falei.

-Nossa! Eu venho aqui, algumas vezes, mas nunca encontrei com vocês. Acho fofos vocês dois juntos! Uma das amigas da Bruna falou.

-Brigada! Agradeci, o Luan sorriu.

-Já to enjoada da cara deles dois! A Bru comentou e riu.

-Ah! É assim né Bruna? Protestei.

-Mentira cunha, eu amo vocês! Ela sorriu.

-Você não vale Bruna! A amiga dela falou.

Elas riram e subiram, mas logo desceram, a Bruna as levou até a saída do condomínio. Eu e o Luan fomos assistir TV, juntos.

No final de semana foi uma correria para arrumar a casa e preparar as comidas, para a ceia. Eu e o Luan enrolávamos mais que tudo. Meus pais já tinham chegado e uma parte da família do Luan viria no dia, certo.

No dia do Natal eu e ele resolvemos passar, a manhã, em uma das instituições que ele ajudava, em Londrina. As crianças se surpreenderam e gostaram muito. Brincamos e cantamos com elas. Pela tarde já estávamos em casa e os preparativos para a ceia já estavam quase prontos.

Todos chegaram e, mais uma vez, o Natal foi com a família reunida e bem animada. Depois da ceia e de algumas palavras de alguns parentes e os pais do Luan, abriram-se vinhos e espumantes para brindarmos a família e a data tão especial. Dormimos às sete da manhã, por que eu e o Luan ficamos deitados, a beira da piscina conversando, enquanto o sono não vinha.

Passamos a semana, que antecedia o Ano Novo, descansando. Fomos para o Mato Grosso do Sul, para o Luan pescar. Passamos por Salvador e o Luan aproveitou para conhecer alguns pontos turísticos, que ele ainda não conhecia. E finalmente, voltamos para Londrina, na sexta-feira, para o Ano Novo.

Aproveitei essa semana de descanso para pensar em uma proposta que mudaria a minha vida, aliás, as nossas vidas. Pensava em como seria casar com o Luan, em estar em um vestido branco, com buquê e tudo mais. Eu sempre quis casar, mais achava que ainda estava cedo demais. Quando o Luan me pediu em casamento pela primeira vez tive que lutar para não falar “sim”. Eu ainda lutava contra o meu impulso esse tempo todo, mas ele ainda iria esperar um pouco mais.

-Mor você vai terminar que horas, essa maquiagem?

Já era dia 31 de dezembro e todos estavam prontos, menos eu e a Bruna. O Luan já havia descido e cumprimentado todos. Ele estava lindo de branco, a única coisa que tinha cor era uma jaqueta, de couro azul, que ele vestia por cima da blusa branca.

-Ai Luan! Deixa a gente! Você já veio aqui umas trinta vezes, se duvidar. A Bruna reclamou.

-Ta Bruna...

-Mor! Interrompi antes que eles brigassem.

-Oi! Ele respondeu, me olhando pelo espelho.

-To bonita? Sorri.

-Está! Vem logo! Ele fez bico.

-Vem cunha! Puxei a Bruna.

Fui até ele e segurei em sua mão. Descemos e todos estavam lá. Conversavam e riam e vendo aquela cena me deu vontade de tomar uma decisão... Logo ficamos em um pequeno grupo, com os primos dele e umas tias, esperávamos dar meia noite.

-Dez... Nove... Oito...

A contagem começou e todos estavam reunidos, em volta da piscina. Eu estava onde eu queria está, nos braços dele. Envolvida naquele abraço eu poderia estar em qualquer lugar do mundo.

-Feliz Ano Novo meu amor! Ele sussurrou em meu ouvido.

-Feliz Ano Novo mor! Eu virei pra ele e o beijei.

Depois de todos se cumprimentarem, eu e o Luan ficamos no mesmo lugar. Sentamos a beira da piscina, enquanto todos comiam do lado de dentro da casa.

-E ai? Gostou? O Luan me perguntou.

-Gostei do que?

-De passar esse ano comigo?

-Claro que sim! E quero passar muitos outros!

Estávamos bem. O nosso namoro estava firme e estávamos cada vez mais íntimos. Um conhecia o outro como a palma da mão. Cada toque, cada sorriso, cada gesto, cada olhar, cada expressão do rosto, enfim, tudo conhecíamos um do outro. Mais o Luan e eu sempre dávamos um jeito de inovar pra sairmos da rotina, ele me surpreendia a cada dia e isso me fazia ficar mais paixonada ainda.

Depois de um tempo o Luan relaxou quanto ao romantismo, mas ele, mesmo sem saber, fazia meus dias mais especiais. Eu achava incrível ele ao meu lado. Poder fazer parte da vida dele.

-Mor você não me deu presente! Ele fez um bico.

Eu e o Luan estávamos com os pés dentro da água. Eu o olhei.

-Não te dei nada?

-Nada! Ele fez uma cara triste.

Sorri, joguei água nele e saí pelo jardim correndo. Brincamos de pega-pega pelo jardim.

-Mor pára! To cansado! O Luan parou e respirou fundo.

-Sério?

-Sério!

Eu caminhei até ele e ele me deu um susto. Me carregou no colo e se jogou, comigo, na piscina.

-Poxa Luan! Bati nele.

-Ai doeu!

-Estragou a maquiagem toda! Demorei pra fazer!

-Mais continua linda!... Eu te amo tanto!

 Ele chegou perto e me segurou pela cintura. Seus lábios tocando o meu me fizeram arrepiar.

-Sim!

-Sim o que? Ele perguntou.

-Tem um tempo que um menino conquistou meu coração e eu vi esse menino amadurecer e quebrar recordes, conquistar o mundo, virar o maior vendedor de discos do Brasil e esse mesmo menino me fazia um pedido, praticamente, todos os dias. E minha resposta é sim!

O Luan abriu um sorriso que ia de orelha a orelha.

-Sério? Ta pronta?

-Eu sempre estive pronta, bobo!

-A B disse “sim”! O Luan gritou.

Eu sorri e o beijei.

-Vamos contar pra todo mundo? O Luan me puxou pra fora da piscina.

Ele estava radiante. Os olhos dele brilhavam. Eu estava feliz se ele estava.

-Vamos casar!

Eu e o Luan entramos na casa da mãe dele encharcados. Quando ele anunciou, eu vi todos olharem pra gente e se calarem. Meu coração disparou e eu corei. 

-Vocês vão o que? Meu pai e a mãe dele perguntaram na mesma hora.

A família do Luan inteira estava lá e todos prestavam atenção em nós.

-Casar! O Luan apertou minha mão e olhou pra mim.

-Casar? Como assim, casar? Meu pai perguntou.

-Colocar aliança, assinar papeis, enfim, virar marido e mulher! Respondi.

No meio de todo mundo a Bruna abre os braços vem até mim e me dá um abraço.

-Demorou cunha!

Todo mundo riu.

Eu e ele estávamos felizes. Depois do choque dado nas nossas famílias demos um choque nas fãs e na imprensa. Ligamos a câmera do Diário a exatamente três e meia da manhã para anunciarmos o casamento “do ano”, como intitularam. Nada, nem ninguém, iriam atrapalhar o momento mais feliz das nossas vidas. 

(Esclarecimentos: O Luan passou o Natal em casa, mas na semana do Ano Novo ele viajou para Cancún com a família. Volta ao trabalho dia 13 de Janeiro de 2012.) 

A nossa ligação é mais forte

Eu e ele estávamos no avião indo, a mais uma viagem, cumprir a agenda de shows. Tudo estava bem, tudo seguia normal, menos o fato de que o Anderson não nos acompanhava. Eu e o Luan conversávamos com a Dagmar, quando o piloto avisou que passaríamos por uma zona de turbulência, para apertarmos os cintos. Existiam muitas nuvens no caminho para o Sudeste, iríamos para São Paulo. O Luan se assustou um pouco, ele ainda tinha medo de avião, eu brinquei um pouco com ele, mas depois o acalmei.

As turbulências passaram a ficar, cada vez mais, fortes, e até eu estava com medo, era de se assustar não se sentir segura, o avião sacudia demais, as coisas começaram a cair. Eu e ele nos olhávamos a todo instante, o medo em nossos olhos era mais que perceptível.

Tudo o que vivemos juntos passou pela minha mente, e eu pedia o tempo todo para que nada ruim acontecesse, com ele, eu não ligava pra mim, naquele instante ele era muito mais importante. Ele segurou firme a minha mão, parecia está pensando o mesmo que eu, eu sabia que ele queria me proteger a todo o momento. Talvez estivesse se culpando de ter insistido naquele namoro, por que se não fosse isso eu não estaria correndo aquele risco. Pela primeira vez estávamos com um real medo de perder um ao outro, e dessa vez seria pra sempre.

-Mor! -Ele me chamou em meio aquela confusão. O olhei assustada. –Eu te amo! Ele sorriu.

-Eu te amo, muito! Eu sorri.

Talvez aquele tenha sido o jeito que achamos para nos acalmarmos, por que os motores do avião tinham parado e estávamos em queda livre...

-Luan! Eu gritei assustada, suava frio e meu coração estava disparado.

-Filha o que foi? Minha mãe entrou no quarto, assustada. Meu pai estava viajando.

Eu estava em casa, tinha pedido um tempo de folga para o Luan, por canta de aniversários em minha família, e pra poder passar um tempo com minha família, me distrair. Ele continuou viajando e aquele pesadelo, algo me dizia, ser mais que um mero sonho.

-O Luan! Mãe cadê meu celular? Levantei rapidamente e procurava por meu celular.

-Filha só foi um pesadelo, calma! Minha mãe estava assustada.

-Não foi só um pesadelo! Estava chorando, tentando ligar pra ele.

-Filha calma! Daqui a pouco ele liga! Minha mãe tentava me acalmar, mas era em vão.

Eu andava de um lado a outro do quarto, eu sabia que não tinha sido só um pesadelo, que algo muito ruim estava acontecendo. Era como se a nossa ligação fosse mais forte. Quando ele me disse que me amava no sonho, foi como se ele estivesse comigo.

-Mãe eu preciso do Luan aqui! Eu quero ver o Luan! Chorava, descontroladamente.

-Calma! Eu vou pegar um pouco de água...

-Eu não preciso de água, eu preciso do Luan!

-Tenta ligar para o Anderson!

-Eu tentei mais ele não atende!

Meu celular tocou e era o pai dele.

-Seu Amarildo me diz o que aconteceu! O Luan, cadê ele?

-B calma! Ele está bem agora! O avião passou por uma forte turbulência e os motores pararam por alguns segundos. Eles ficaram no centro de uma tempestade, mas o piloto conseguiu pousar!

-E ele como ele está? Chorava.

-Ele está bem, graças a Deus!

-E vocês ai?

-Estamos mais calmos agora, não se preocupe! Ele disse que te ligava, ele vai prosseguir para fazer o show.

-Já esperava por isso! Brigada sogrinho, qualquer coisa me liga?

-Ligo, sim, pode ficar tranquila! Ele desligou.

-Viu? Não foi pesadelo! Contei tudo a minha mãe e sobre meu pesadelo, concerteza havia acontecido à mesma coisa que no meu sonho.

Fiquei acordada até que ele me ligasse, o Anderson tinha comunicado as fãs, por que eu estava sem a menor condição de avisar a elas, como eu iria acalmá-las se eu estava na mesma situação delas? Eu preferi esperar pra ouvir a voz dele.

-Mor? Ele ligou.

-Meu amor, meu bebê! Você está bem?

-Estou amor! Agora estou! Fiquei com muito medo! A voz dele falhava.

-Eu tive um pesadelo, acho que na mesma hora que aconteceu isso. Eu acordei muito assustada! Foi horrível, mas eu estava com você!

-Nossa ligação é mais forte do que eu pensei! Ainda bem que você não estava se não eu ia morrer, por medo de te perder ou acontecer algo com você!

-Nem brinca! Eu te amo muito!

-Eu também te amo!  Fiquei com medo de não ouvir mais isso!

-Eu também! Mais, enfim, borá esquecer isso? Graças a Deus e a Nossa Senhora que você está bem e todo mundo, também! Você está onde?

-Indo pro show! Eu queria você aqui! Chorei falando com meus pais e com a Bruna no telefone e agora... com você!

-Eu também, estou chorando! Eu vou te encontrar amanhã mesmo!

-Esse show vai ser mais que especial!

-Vai sim! Você é o anjo delas e o mundo, delas, também!

-Elas são tudo pra mim!

 -E você pra mim! Sorri.

-Vem amor, por favor?

-Eu vou, me espera!

-Sempre!

No outro dia, de manhã bem cedo, eu segui viagem para encontrá-lo e me certificar que ele estava bem e sem nenhum arranhão. Não demorou muito para esse incidente cair na mídia e todos da equipe tiveram muito trabalho para esclarecer tudo, sobre o que havia acontecido, os telefonemas não paravam. Eu enquanto estava no aeroporto tinha postado um esclarecimento aos fãs, no site do Diário, e as meninas ficaram mais tranquilas em saber de mim, tudo.

Quando o avião pousou em São Paulo eu desembarquei e pequei minhas malas o mais rápido que pude para encontrá-lo, logo. Fui para o hotel e confesso que os minutos nunca passaram tão devagar, quanto naquele instante.

Quando abri a porta do quarto, o cheiro dele invadiu o ar e ele surgiu com um abraço caloroso, todos os meus medos e preocupações tinham passado.

-Eu não posso te deixar sozinho, que você me apronta uma dessas né? Olhava pra ele enquanto as lágrimas escorriam.

-Não me deixa mais! Ele me beijou.

Ficamos o restante do dia entre beijos e abraços, regados a muitas declarações e no final da tarde fizemos uma transmissão ao vivo para que as meninas vissem que estava tudo bem, mesmo, com ele.   

O tão esperado prêmio

O dia da entrega dos prêmios chegou. Eu estava pronta de mãos dadas com o Luan na frente do hotel esperando o carro, ele fez questão de ir dirigindo.

-Mor é sua! Ele me entregou a chave do carro.

-Amor eu acabei de tirar a carteira!

-Você leva! Eu pedi o carro pra você, e você vai, sim, dirigir! Ele colocou a chave na minha mão e entrou no carro, do lado do carona.

Fiquei por instantes raciocinando, pensando, o susto que o Luan me deu foi grande. Não tinha medo de dirigir, não tinha medo, mas não esperava que o Luan fizesse isso.

Entrei no carro, coloquei o cinto e engatei a marcha.

-Você me paga! Bati no Luan.

-Eu também te amo! Tapa de amor não dói! Ele riu.

Ele ligou o rádio e colocou uma música, logo depois mudou pra rádio. A maioria das estações estava tocando músicas dele. Ele sorria quando ouvia.

-Tá famoso, em mor? Ri.

-Eu?

-É!

-Mor você acha que eu vou ganhar?

-Eu não acho, eu tenho certeza, meu amor!

Ele sorriu.

-Essa van ai a trás é da produção?

-Não! É uma ambulância pro caso de acontecer algo comigo, você dirigindo! Ele riu.

Parei em um sinal vermelho, olhei pra ele e dei uns tapas no braço dele.

-Você vai ver! Seu chato, insuportável, feio...!

-Que te ama!

-Sem graça!

Ele me puxou e me beijou.

-Tava brincando mor, desculpa! Ele fez uma cara de arrependimento.

-Como não desculpar com essa carinha? Sorri.

Chegamos ao local da premiação e os fotógrafos dispararam em fleches quando viram que eu estava dirigindo. Esperavam que o Luan e eu chegássemos em um carro com um motorista, mas o Luan aprontou essa comigo. Saímos, do carro, e atendemos a pedidos dos fotógrafos e repórteres, para fotos e entrevistas.

Quando entramos avistamos famosos que vieram ou fomos cumprimentar, logo ficamos conversamos por um tempo com alguns. Fomos para uma área reservada, para os artistas indicados aos prêmios.

Ele estava nervoso não parava quieto. Ele se balançava e não parava de mexer no cabelo.

-Mor você está me deixando nervosa! Pára de mexer nesse cabelo! Senta aqui, do meu lado, senta meu amor! Pedi. Sentei em um sofá.

Ele sentou e me olhou. Eu virei pra ele, segurei em sua mão, que estava um pouco suada e fria e sorri.

-Amor fica tranquilo! Eu sei que você esta nervoso, eu também estou! Acho que não, só, a gente mais suas fãs, a produção, a banda, a Dada e o Anderson, além da sua família. Tenta relaxar, você vai ganhar! Esqueceu que você tem os melhores fãs do mundo?

-É você tem razão! Nunca vou esquecer os meus amores! Ele sorriu.

-B você tem que ir sentar, lá com a Dagmar! O Anderson me avisou.

-Já estou indo. Valeu Anderson!

-Torce por mim! Ele pediu.

-Claro! Sempre! Eu até votei que nem maluca esses dias! Ri.

Ficamos em pé. Ele me puxou e me deu um beijo.

-Boa sorte bebê! Sorri.

-Brigada meu amor!

Saí da área reservada com um aperto no coração, a gente não iria sentar perto, um do outro. Eu também estava nervosa, mas segurei pra que ele não percebesse.

-Se o Luan ganhar eu vou dá um grito! Comentava com a Dada. Sentamos juntas.

-Então se prepara! Ela sorriu.

Começou a apresentação do prêmio. Um dos apresentadores já tinha feito algumas críticas sobre o Luan, e tudo o que eu mais queria era ver ele entregando os seis prêmios ao Luan.

O Luan fez uma apresentação, depois da entrega de dois prêmios. Enquanto ele cantava, por algumas vezes, eu apareci no telão. Logo começaram a anunciar um dos prêmios que o Luan estava concorrendo. Eu comecei a tremer e imaginei como ele estava o que ele estava pensando, por que eu estava nervosa e pensava; “Luan Santana, Luan Santana, Luan Santana...”

-B, calma! A Dag pedia.

-Não dá! Sorri.

-E o vencedor é...

Falei na mesma hora que o apresentador:

-Luan Santana!

Logo depois, dei um grito, mas a Dag me deu um leve beliscão, e eu me contentei nas palmas.

Ele subiu ao palco, contando com essa vez, cinco vezes. Ele não sabia mais o que falar, só lembro do primeiro discurso.

“Eu agradeço a minha família por todo apoio. Ao meu empresário pela dedicação, a minha banda e a produção por sempre estarem comigo. Somos uma família! Meus fãs, que eu não canso de dizer; são os melhores do mundo! Com eles o céu é o limite! Devo tudo a eles. E, claro! A minha namorada por está sempre ao meu lago e me entender e por sempre me dar forças, sempre! Mor esse é seu!”

Ele estava radiante. Exibia os troféus com muito orgulho. A primeira coisa que ele fez, foi me entregar o celular e pedir para que eu tirasse fotos para ele postar no twitter para “as coisas lindas” dele, como ele mesmo disse.

Ele me deu o troféu que ele dedicou pra mim, mas eu nem quis saber. Eu o abracei forte.

-Eu não disse? Eu te falei! Eu te amo muito meu amor! Que orgulho! Disse entre selinhos e abraços

-Hoje a noite é nossa! Ele me olhou com um sorriso safado no rosto.

Eu ia beijá-lo mais os fotógrafos queriam fotos e mais fotos. Fomos interrompidos várias vezes. O Luan tinha sido o artista mais premiado da noite, e era normal esse assédio.

-Bia como você lida com esse assédio? Atrapalha o namoro de vocês? Uma repórter perguntou.

-O assédio eu me acostumei. Me dou super bem com as fãs e a empresa. Desde o começo sabia com quem eu estava namorando e já esperava por isso. Na verdade a minha preocupação maior foi as fãs me aceitarem, tirando isso, mais nada. E não, não atrapalha nosso namoro, por que depois daqui, depois disso tudo, rola uma vida particular do casal! Ri e logo saí, a Dag me conduziu para longe dos repórteres.

(Esclarecimentos: O Luan não pode receber os prêmios, no dia, pois estava cumprindo a agenda de shows. O Anderson (empresário) que foi receber, os prêmios. O Luan só recebeu um prêmio, e muitos alegaram (imprensa e artistas) que o prêmio foi injusto, já que o Luan é o artista com o maior número de fãs do Brasil.)

Uma retrospectiva

Eu e o Luan estávamos deitados na beira da piscina olhando o céu. A noite estava fria. Eu vestia um casaco dele e minha cabeça estava apoiada em seu braço.

-Lembra quando seus pais ficaram sabendo da gente? Eu lembro, até hoje, a cara do seu pai. Ele riu.

-Lembro! Agora você ri né?

-Depois de tudo, sim! Ele me deu um beijo na testa.

Ficamos um breve momento, quietos. Trocamos carinhos e observamos o céu.

-Pois deixei o meu nome escrito no céu pra você lembrar de mim. Ele quebrou o silêncio, cantarolando.

-Essa música me chamou a atenção, pra você. Coisa de louco né? Minha mãe chegou tão rápido a vocês.

-É por que era pra ser. Era pra acontecer!

-Ai minha vida mudou, completamente. Eu não resistir a tanto amor o meu coração se entregou... Cantarolei.

Ele riu.

-Lembrei do nosso primeiro beijo.

-Você e eu naquele quarto... Eu não sei como o Jú fala com você!

Rimos.

-Quando você foi aceita pelas minhas fãs... Você ainda fala com a menina que você levou pra me ver?

-A Clarinha? Falo sim! Sabe o que eu não esqueço?

-Você eu não sei, mas quando você se entregou pra mim, quando você foi, toda minha, pela primeira vez, eu não vou esquecer! Ele fazia carinho em meu rosto.

-Seu besta! Eu não me esqueço de quando você parou o show pra cantar Here Without You pra mim, foi lindo!

-Verdade! Agora uma pesca que vai ficar pra sempre, em minha memória, a que você se jogou no rio e fingiu se afogar.

-É mesmo! Não esqueço a sua cara! Ri.

-Quando eu escrevi Amar não é Pecado...

-Assim não vale! Dei um selinho nele.

-Mais você fez aquele vídeo no meu aniversário!

-Você até hoje ver! Sorri.

-O Diário de Bordo amor!

-Verdade! Como eu pude esquecer-me da coisa que eu mais amo fazer? Você me fez ver o que, realmente, era a minha vocação!

-E quando as fãs ficaram sabendo do nosso noivado? Te peguei de surpresa e pegamos elas de surpresa!

-E quando saiu àquela notícia que eu estava grávida!

-Eu ainda quero que saía, mas que seja real! Ele sorriu.

-Mais tarde amor!

-Eu sei, eu sei... Ele fez bico.

-Quando você me levou pra aquele rio e desenterrou aquela caixa com o Bube, foi lindo! Apertei a bochecha dele.

-Quando você me disse que me amava pela primeira vez, foi mais lindo! Ele sorriu.

-Quando você me ajudou a voltar a falar com meu pai, você conseguiu pontos, extras, com o sogrão! Ri.

-O seu primeiro almoço com minha família, você estava tão nervosa. Estava linda!

Dei um beijo nele.

-Você me deu um susto no Festival de Verão. Não só em mim, mas em seus fãs e na sua família! Ai me deu uma alegria no trio da Ivete!

-Primeira entrevista...

-Primeiro ensaio de fotos...

-Primeiro programa de TV...

-Primeira briga...

-Primeira saudade...

-Primeira ligação...

-Eu quero passar por tudo e mais um pouco com você! Ele me abraçou.

-Mor, a gravação do DVD, e do CD, agora! A viagem pros EUA. As premiações, que por sinal ta chegando uma aí! Sorri.

-Eu rodo o mundo, gravo milhões de DVD e CD se você estiver ao meu lado! E os prêmios? Pra que os prêmios? Se meus prêmios estam aqui comigo! Você, minha família e meus fãs!

-Lindo! Tenho o namorado mais fofo, mais gostoso, mais cobiçado, mais, mais! Sorri.

-É tanta coisa que passamos né? Ele concluiu.

-É! Confirmei.

-Parece que a gente está junto há muito tempo.

-Muito mais do que...

-Dez meses! Ele completou.

-Hoje faz dez meses! Sorri.

-Quero muito mais que mil anos pra te amar!

-Eu te amo muito, muito, muito, muito... Ele me deu um beijo.

-Crianças, cama! A Dona Marizete chamou.

Sorrimos e levantamos. Fomos para o quarto e dormimos depois de nos amaros, loucamente. Os toques e os beijos nos transportaram para o nosso mundo. Foi tudo tão leve e delicado que parecia não ter fim. Todo o nosso amor estava naquele momento.

Um momento de tranquilidade

Eu acordei com o Luan se mexendo na cama, peguei o celular e vi as horas. Era muito cedo. Perdi o sono e fiquei observando ele dormir, por instantes. Levantei e peguei nossas roupas que estavam espalhadas pelo chão, depois de termos passado uma noite em nosso universo particular.

-Acordou cedo, assim, por quê? O Luan me perguntou quando me viu em pé ao lado da cama.

Eu já tinha tomado banho e estava tomando um suco que tinha pedido.

-Você me acordou!

-Eu?

-É! Se mexeu e me acordou!

-Desculpas amor! Que suco é esse?

-Um ai que eu pedi!

-Um ai? De que amor? Ele riu.

-De maracujá! Não pedi um pra você por que eu pensei que ia acordar mais tarde.

-Tudo bem! Quer viajar que horas?

-Quando você quiser! Vou pedir o café completo agora. Ri.

-Não! A gente desce. Deixa eu me arrumar.

A gente desceu, assim que ele se arrumou. Causamos, um pouco, de tumulto, mas conseguimos sentar tranquilos a um canto do restaurante do hotel. Comemos e logo fomos para o aeroporto, mas o Luan tirou foto com funcionários e algumas fãs, antes de irmos.

Chegamos ao aeroporto e embarcamos no bicuço. A viagem foi tranquila, o Luan, como sempre, dormiu durante a viagem. Quando chegamos o carro dele estava a nossa espera. O Luan seguiu dirigindo até a casa dos pais, confesso que eu estava muito ansiosa para ver meus pais e os pais dele juntos.

-Vai fazer o churrasco? Perguntei a ele, assim que entramos no condomínio.

-Claro! Ele sorriu.

-To, cansada vou dormir!

-É! Eu também! Ai a gente dorme bem abraçadinho e juntinho.

Eu o olhei sorri e dei um beijo nele.

Quando chegamos fomos direto para a érea da piscina, todos estavam lá. Fui direto abraçar meus pais. Eu e o Luan passamos pelo mesmo interrogatório de sempre e fomos descansar.

-Mor? Chamei.

Tinha acabado de acordar, depois, do que me pareceu, um cochilo. Levantei e vi que ele não estava, fui procurá-lo. Desci as escadas e logo sentei no balcão da cozinha, onde estavam minha mãe e a mãe do Luan e a Bruna. Conversamos um pouco e a Bruna me falou que o Luan estava na piscina com nossos pais. Fui até lá.

Quando cheguei perto da porta pude ver que eles estavam conversando. O Luan e o pai estavam com violão no colo, cada um, meu pai gesticulava e falava algo. Era bom vê-los juntos. No começo meu pai era contra meu namoro com o Luan, chegou até ficar sem falar com seu Amarildo, por um tempo. Eles estavam sorrindo, estavam como três amigos que não se viam há muito tempo, tinham muito assunto para conversarem.

Resolvi voltar e ficar com as mulheres da casa. Eu e a Bruna tentamos fazer creme de abacate, melamos mais do fizemos algo e logo depois minha mãe me pediu para fazer uma torta de limão, essa, sim, eu sabia fazer. A Bruna foi minha assistente na cozinha. Confesso que conversamos muito, e demorou um tempo para ficar pronta, mas no final saiu.

Eu e a Bruna fomos assistir à novela junto com nossas mães, dividindo o creme de abacate. Uma das coisas que aprendi com o Luan, foi gostar de creme de abacate. No começo eu resistia a experimentá-lo, mas depois de muito o Luan insistir, experimentei e gostei.

Logo fomos jantar. A comida estava com temperos diferentes, um baiano e outro sul mato-grossense. Minha mãe fez uma parte e a dona Marizete, outra. Tínhamos opções de prato. O Jantar foi agradável. Conversamos e demos risada. A sobremesa foi a minha torta de limão, que todos gostaram e repetiram.

-Já dá pra casar amor! O Luan comentou e riu.

-É?

-É! O noivo já tem!

-Você está pedindo minha filha em casamento, mocinho? Meu pai perguntou.

-Eu peço todos os dias na esperança de receber um “sim”, como resposta.

Todos riram.

No outro dia o Luan fez o churrasco. Vieram amigos e parentes e ficamos o dia todo na piscina, ou perto dela. Eu e o Luan ficamos juntos o tempo todo. Parecíamos casados. Recebemos a todos de mãos dadas e sempre sorrindo. Todos falavam que parecia que aquela era nossa casa e que era a primeira vez que recebíamos a família nela.

Estávamos mais ligados que nunca. Eu e ele tínhamos uma química perfeita, em tudo. Sabíamos o que o outro queria falar só com o olhar. Sabíamos todas as manias e gostos, um do outro. Era bom por que evitávamos fazer coisas que o outro não iria gostar. O respeito entre a gente só aumentava juntamente com o amor.

O Luan era mais que um namorado era um amigo, um companheiro pra todas as horas. Eu via o esforço dele pra ficar comigo, pra me dá atenção. Eu vivia dizendo pra ele que ele fazia hora extra todos os dias. Ele trabalhava e ainda era namorado, ele ria.

Estávamos na piscina. O Luan, mais uma vez, tinha me jogado nela. Eu estava brincando com a Bruna, estava jogando água nela e o Luan observava e ria.

-O Luan está pensando em que? A Bruna me perguntou.

-Com essa cara? Ele está aprontando! Ri.

Quando terminei de falar isso o Luan veio em nossa direção e nos surpreendeu, ele nos abraçou.

-Eu amo vocês! Ele sorriu.

Eu e a Bruna nos olhamos, surpresas, e retribuímos o abraço.

Adorava isso em nosso relacionamento. A cada dia, ao longo, dos dez meses de namoro a gente sempre descobria, um no outro, coisas novas. Talvez pelas culturas e costumes diferentes ou até mesmo pelas nossas personalidades, mas sempre tinha uma coisa nova. Às vezes brigávamos ou nos divertíamos com a nova descoberta, isso nos deixa mais apaixonados.

Um novo projeto

O mês de Agosto foi muito importante, o Luan receberia os prêmios. Ele estava com trabalho. Escolhia e compunha musicas mais do que o normal. Ele sempre pedia sugestão pra mim e a gente selecionava as musicas, durante a noite no quarto. Confesso que por várias vezes eu estava cansada ou dormindo e o Luan me acordava, mas eu sempre o ajudava.

-Mor vai ser essas né? Mais você não acha que as meninas vão preferir uma das outras? Seria bom... Mor?

Eu estava dormindo em seu colo, eram três e meia da manhã. Ele me ajeitou na cama e me cobriu, com o lençol, com tanta delicadeza que não me acordou. Ele continuou a selecionar as músicas e a organizar ou refazer alguns arranjos.

Acordei depois de um tempo e olhei as horas no celular, eram quase seis da manhã, e o Luan continuava a dedilhar no violão e gravar algumas ideias que surgiam em sua cabeça, no celular. Levantei e o abracei por trás, ele estava sentado em um sofá que havia no quarto, que ficava de costas pra cama.

-Mor vem dormir! Falei em seu ouvido.

-Espera amor!

-Poxa! Mais essa cama é tão grande e eu sou tão pequena! Beijava o pescoço dele.

Ele sorriu.

-E outra! Está frio e eu quero me esquentar com seu calor. Vem mor! Continuei.

Ele colocou o violão ao seu lado e me guiou até seu calo. Sentei e deitei minha cabeça no ombro dele.

-Está bom aqui? Ele me abraçou.

-Ta, sim! Sorri.

Eu dormir embalada pelos carinhos dele. Ele acabou vencido pelo sono, também. Dormimos ali no sofá, do quarto.

-Luan? B? A Dada chamava a gente.

-Oi, Dada! Fala baixo pra mor não acordar! O Luan pediu.

Eu estava acordada, mas meus olhos pareciam cansados demais, não queriam abrir. Senti o Luan me carregando e me pondo na cama, assim que ele me enrolou a Dag e ele começaram a conversar. Eu fiquei ali deitada escutando algumas coisas e observando para ver se o Luan iria sair.

Depois da conversa com a Dag o Luan começou a se arrumar; tomou banho, vestiu uma roupa, escovou os dentes e pediu nosso café.
-Mor vai onde? Perguntei, sentando na cama.

-Tem que ir pro estúdio amor!

-Mas você quase não dormiu Luan!

-Mais mor...

-Luan é sério! Você quase não dormiu!

-Prometo que eu durmo amanhã o dia todo! Ele sorriu.

-Claro! Amanhã você vai pra casa!

Ele levantou e ficou de joelhos na cama, me abraçou.

-Te amo! Ele falou em meu ouvido.

-Não vai adiantar! Amanhã vou ficar no seu pé! Vou falar pra sua mãe!

-Poxa!

-Poxa, nenhuma!

A gente riu.

Levantei e me arrumei. Tomamos café e fomos para o estúdio. Durante o caminho a Dag me fez milhões de recomendações.

-B evita grava com áudio. Não tira muita foto, se cair na internet você sabe como é. Agora faz de tudo para que o vídeo não tenha áudio do estúdio, ou das músicas, não pode vazar nada! Está entendendo?

-Estou Dagmar! Eu sei disso tudo! Relaxa! Os vídeos que eu vou fazer vão ser curtos e sem áudio, quer dizer, na hora de editar vou colocar uma música pra alegar. Enfim, o Luan vai me dá um sinal pra quando eu puder gravar. Quanto às fotos, eu vou tirando depois você seleciona.

-Está bem! Ela concordou.

Chegamos ao estúdio e a banda já estava lá, esperando o Luan. Percebi que o dia iria ser divertido e trabalhoso iríamos passar o dia inteiro no estúdio.

Passamos o dia no estúdio. Eu tirava fotos e filmava algumas coisas, as fãs não sabiam as músicas que estavam sendo preparadas para um futuro CD.

Eu observava o tempo todo. Não participei, efetivamente, do DVD. Não acompanhei todo o processo desde o começo, como acompanhei desse CD. Queria sempre saber o que tinha mudado na música e na melodia, também. O Luan pedia algumas sugestões, mas a maioria das vezes resolvia com a banda mesmo.

Ele ficava sério e concentrado, na hora de cantar e ouvir a gravação, daquilo que já tinha sido feito. Ele era perfeccionista com ele mesmo. Quando não gostava voltava e reagravava.

Os gestos, a fala, o jeito de passar a mão no cabelo ou ajeitar o boné, repetidamente, me hipnotizavam. Observava-o sem me cansar. A cada brincadeira que ele fazia, ou até mesmo, quando sugeria mudanças, na música, me faziam querer ficar ali por muito tempo. Pelo resto da minha vida, queria tê-lo.

-Mor ta quietinha, ai! Ele sentou ao meu lado em uma pausa, na gravação.

-Estou te vendo, meu amor! Sua voz me acalma! Sorri.

Ele me deu um beijo e logo levanto para fazer alguns exercícios vocais, com a fonoaudióloga.

Voltei a observá-lo e a lembrar do seu nervosismo na semana da gravação do DVD. Ele estava mais maduro, mais seguro de si, mais confiante, ele sabia que as fãs não o deixariam, ele sabia que muita gente iria acompanhá-lo, sabia que podia contar com o apoio de todos que estavam presentes, ali, ou em qualquer lugar. Sabíamos que tinham pessoas, naquele momento, rezando por ele, torcendo por ele e são essas pessoas que dão forças pra ele e que o fazem continuar. Essas pessoas? As fãs.

Do estúdio fomos comemorar o novo projeto. O Luan reservou um camarote em uma boate para a equipe. Chegamos ao local e fomos direto ao camarote, era um momento de lazer, então o Luan preferiu não aparecer muito, ele queria relaxar.

Depois de brindes e brincadeiras eu e o Luan ficamos juntos. Dançamos um pouco e depois namoramos um pouco. Trocamos beijos e carinhos, algumas pessoas tiraram fotos, desse momento.

-Ta lindona! Ele comentou.

Ele estava encostado em uma parede e eu estava de frente pra ele. Nossos corpos estavam colados e nossas testas juntas. Ele segurava em minha cintura com uma das mãos e com a outra ele ajeitava meu cabelo.

-To lindona? Mesmo? Perguntei.

-Está! E pra quem?

-Pra você! Respondi.

Ele me deu um beijo de enlouquecer. Senti ele me pegando com mais força e um arrepio, instantâneo, percorreu o meu corpo. Nosso beijo estava intenso e ao mesmo tempo delicado.

A banda que estava tocando na boate chamou o Luan pra cantar, mas o Luan preferiu não ir, ele tinha ido pra relaxar. Ele queria um momento com a equipe dele, sem ter que está no palco.

Fomos para o hotel e arrumamos as nossas coisas para irmos á Londrina, meus pais também iriam, estavam no Paraná a trabalho.

-Mor você acha que está ficando bom o projeto, pra o CD? Ele me perguntou.

Estávamos deitados na cama olhando para o teto.

-Acho que sim!

-Acha mesmo? Ele virou pra mim.

-Acho não! Tenho certeza! Sorri.

-Já disse que te amo e que você era a muié mais linda daquela boate hoje?

-Disse que me ama... Mor você nunca mentiu pra mim! Por que esta mentindo agora?

-Mentindo eu? Ele arregalou os olhos.

-É! Dizendo que eu era a “muié” mais linda de lá! Ri.

-Você, viu! Ele me deu um beijo.

(Esclarecimento: Um novo projeto de CD está sendo criado. Lançamento previsto para Março de 2012)