-Me larga amor sério! Pára! Luan, pára! Você vai ver depois!
O Luan estava fazendo cócegas em mim. Estávamos deitados, era tarde da noite, já tínhamos tomado banho e tentávamos nos distrair com um filme, na verdade eu tentava, o Luan ficava me beijando e brincando comigo.
-Vou ver o que?
-Pára amor sério! Fiz dengo.
-O que você me pede com essa carinha que eu não faço? Ele me beijou.
-Bom saber! Sorri.
-Mor a piscina é bonita né? Ele me olhou com uma cara de quem queria aprontar.
-Por que isso agora? Não inventa Luan!... Você quer ir à piscina há essa hora e fazendo um frio desses? Não mesmo Luan! Ai você pega uma gripe e a culpada sou eu!
-Deixa vai amor! Só um pouquinho! Ele fez um bico.
-Não!
-Um pouquinho só B!
-Faz o que você quiser, mas faça um favor, diga que eu não estava presente.
Ele levantou e me carregou.
-Luan não! Eu nem acredito que você vai fazer isso! Luan pára! Eu gritava.
Ele ria e me levava em seu colo. Ele chegou perto da piscina e se jogou, comigo no colo.
-Ta gelada, ta gelada! Ta muito gelada! Eu te mato Luan!
-Vem aqui que eu esquento!
-Sem graça! Eu vou sair!
-Não vai não! Ele me abraçou e me beijou.
Ficamos abraçados e trocando beijos, por um tempo, depois o frio nos venceu e saímos.
-Mor? O Luan me chamou.
Percebi uma luz no quarto e notei que já era dia. O último dia de shows, do Luan, no São João.
-Que foi? Perguntei.
-Seu pai ligou mais cedo dizendo que estava chegando e a Dag me encheu o saco dizendo que não era pra eu me atrasar. Ele sorriu.
-Ta acordado há quanto tempo?
-Um tempinho! Quer? Ele me ofereceu um pedaço da melancia que estava comendo.
-Não! Você pareci a Magali da turma da Mônica. Dei risada.
-Sabe que minha mãe já comentou isso? Ele riu.
-Quero ver meus pais. Eles disseram que horas chegavam? Sentei na cama.
-Essa hora já devem ter chegado. Ele me deu um beijo, no rosto, com a boca melada.
-Vou tomar banho, ai a gente toma café com eles. Saí limpando a bochecha, que ficou molhada.
-Ta! Ele riu.
Depois de organizarmos a casa, não iríamos dormir mais nela, fomos embora.
-Último show e folga, vai ficar aqui? O Luan me perguntou, estávamos no carro, tínhamos pegado o carro da minha mãe, emprestado, quando chegamos a Salvador.
-Não sei! Você vai pra Londrina?
-Vou! Minha mãe me ligou hoje umas três vezes! E você vem comigo?
-Não sei amor!
-Como você não sabe? Você vem sim! Da última vez que te deixei sozinha você me deu um susto! Ele sorriu.
-Mais eu também queria passar uns dias em casa!
-Semana que vem a gente ta aqui na Bahia, de novo, ai a gente passa os dois dias que eu vou ter livre aqui, ta bom?
-Não é isso Luan! Eu queria ficar em casa quando os meus pais também estivessem. Semana que vem, minha mãe me falou, eles vão está viajando.
-Depois a gente conversa!
-Ta!
Quando chegamos meus pais nos receberam. Tomamos café, todos juntos, e respondemos as velhas perguntas; “Estam se alimentando direito?” “Estam descansando?” “E agora? Vocês vão pra que lugar?”. Depois do interrogatório os meus pais perguntaram do show, daquele mesmo dia, que iria acontecer à noite, contamos onde e quando seria, os convidamos e eles aceitaram.
-Ai! Minha garganta ta doendo! Reclamei.
Depois do café da manhã eu e o Luan fomos pra sala e ficamos jogando no Playstation, dele. Estávamos jogados no sofá quando reclamei da minha garganta.
-Isso é sinal de gripe! Minha mãe falou.
O Luan me olhou e disfarçou.
-Sua culpa! Joguei uma almofada nele.
-Minha?
-É sim! Sua!
A gente riu.
-O que vocês aprontaram? Minha mãe perguntou.
Depois de termos contado, minha mãe nos deu uma bronca, mas depois ela lembrou que ela e meu pai já tinham feito isso, uma vez. Ela nos contou algumas coisas que ela e meu pai já tinham feito e descobrimos que ainda tínhamos muito que aprontar.
Chegou à hora de viajarmos e meus pais nos acompanharam. Quando chegamos ao local do show foi uma correria. O Diário sendo gravado, o Luan e a banda ensaiando, entrevista, fotos, fãs e o show, finalmente, começa.
-Filha isso é uma loucura! Minha mãe comentou.
-Pois é! Depois dizem que eu não faço nada! Brinquei.
O show foi, mais uma vez, perfeito. Meus pais elogiaram o Luan, que nos surpreendeu os elogios. Meu pai falava dos novos efeitos e a minha mãe falava do Diário e dizia que eu estava ficando cada vez melhor nisso e que o genro “dela” era muito fotogênico. Eu e o Luan rimos comentando isso quando chegamos a minha casa.
-Mãe o Luan vai dormir onde?
-No seu quarto. Onde mais? O Meu pai respondeu.
Eu arregalei os olhos e me engasguei com o pão que estava comendo. Estávamos na cozinha já prontos pra dormir, eu e o Luan comendo e meu pai bebendo água.
-Que brincadeira é essa? Perguntei ao meu pai.
O Luan me deu uma olhada que dizia: “Cala a boca, antes que ele desista!”
-Nenhuma! Boa noite! Meu pai saiu rindo.
-Ele bebeu alguma coisa? Luan você deu o que pra ele?
O Luan riu e me puxou até meu quarto. Fomos dormir, mas eu ainda não tinha acreditado no que meu pai tinha dito.
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