-B? Bru me chamou.
Eu estava no sofá da sala, cochilando. À noite eu não dormir direito, por conta do pesadelo.
-Hã? Acordei.
-Você não vai comer? O Luan ta te chamando, tem um tempo.
-Amor dormiu de novo? O Luan apareceu atrás de uma das paredes, que dava pra sala, e encostou-se à parede.
-Acho que sim! Ri.
Almoçamos juntos. Acordamos tarde quase onze da manhã, mas mesmo assim eu me sentia cansada.
-A gente vai pra Salvador que horas? Eu perguntei ao Luan.
Estávamos ainda na cozinha. Eu brincava mais com a comida do que comia e tentava controlar meu sono. O Luan ria.
-Não sei ainda! Quer ir que horas? Ele perguntou.
-Sei lá! Mor não faz pergunta pra mim hoje. Eu não estou raciocinando!
O Luan riu.
O Luan reviu uns amigos. Ele saiu sozinho, eu fiquei dormindo.
-Mor? Ele me chamou, eu estava na cama dele dormindo.
Eu abri os olhos e me espreguicei. Olhei pra ele e vi que ele estava suado.
-Tava fazendo o que? Perguntei.
-Jogando bola!
Eu comecei a ri.
-Qual a graça? Ele cruzou os braços.
-Você jogando bola? Eu ria sem parar.
-E você? Joga é? Ele me perguntou.
-Melhor que você! Eu o desafiei.
-Então borá!
Fomos para frente da casa dos pais dele. A dona Marizete só mandou a gente não destruir as flores dela. O Luan marcou onde seria o meu gol e o dele. A Bruna pegou a câmera, do Diário, e gravou tudo.
Quando eu fazia os gols o Luan saía correndo, me abraçava e me rodava. Quando ele fazia gol eu pegava na bunda dele. Eu e ele nos olhávamos e riamos. Eu e o Luan jogamos o resto da tarde inteira. Eu sempre preferi jogar bola à outra coisa nas minhas aulas de educação física, na escola. Desenvolvi uma, certa “habilidade” como jogadora, então não fiz feio. O Luan era desengonçado mais jogava direitinho.
Ao final eu e o Luan corremos, suados, atrás da Bruna. A Bruna saiu correndo e gritando. Eu e o Luan a abraçamos e acabamos na gargalhada.
Eu e o Luan nos arrumamos e nos despedimos dos pais dele e da Bruna. Fomos para o aeroporto, mas antes mesmo de sairmos do condomínio, em que os pais dele moravam, atendemos uns fãs que estavam na porta, esperando o Luan sair.
Saímos do carro e atendemos, aos fãs. Tiramos fotos, demos autógrafos e duas meninas me perguntaram por que eu estava quieta.
-To com sono amores! Ri.
Depois de atendermos, aos fãs, entramos no carro e fomos ao aeroporto. No bicuço eu dormir. Dormir a viagem toda e acordei com um beijo do Luan.
-Mor chegamos! Ele sorriu.
Meu celular tocou, era a Mi.
-Nossa! Telepata você! Eu estava pensando em você agora. Falava ao celular enquanto andava em direção ao carro que nos levaria até minha casa.
-Amiga você não sabe?! A Mi falou.
-O que foi? Conta logo!
-Você está onde?
-To entrando no carro, pra ir pra casa. Fala logo Milena!
-Amiga lembra-se daquela, Joana que estudou com a gente?
-Lembro! Ela se achava a “toda poderosa”. Eu e ela já batemos boca. O que foi? Conta!
-Ela me ligou perguntando como você estava como eu estava e dizendo que ela passou em uma faculdade, enfim, contando a vida.
-Quem... Quem perguntou a ela alguma coisa? Ri.
-Sabia que você ia falar isso! Você perguntou? Por que eu não!
Eu e a Milena rimos.
-Tenho até medo dessa conversa! O Luan comentou.
Estávamos no carro e faltavam uns minutos ainda pra chegarmos a minha casa.
-Falando sério, agora amiga, ela ta é com interesse. Na época da escola nem queria ver a sua cara nem a minha. Agora que eu estou namorando o Luan e que você é minha amiga ela ta querendo amizade? Comigo, não tem essa!
-Foi isso que eu pensei! Mais eu a tratei super, bem. Ai no final eu disse assim: “Joana eu tenho que desligar, por que eu tenho que ver o que a Bia me pediu pra fazer. Sabe como é né?! Ser amiga da B agora ta difícil!” A Mi riu.
-Só você amiga! Quando eu chegar eu te ligo.
-Está bem amiga!
Eu desliguei a ligação e ri. O Luan me olhou com uma cara de desconfiado.
-O que foi? Perguntei a ele rindo.
-Eu que pergunto!
-Quando chegar em casa eu te conto! Dei um selinho nele.
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