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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A desconfiança

Depois de muitos shows pelo Brasil voltamos a São Paulo, as apresentações dele já estavam esgotadas há quase um mês. A família foi acompanhar. Vieram a Bru, a mãe e o pai.

-Oi Bru!

Falei com a Bruna assim que ela entrou no meu quarto e do Luan. Eu estava assistindo TV e o Luan havia ido ver os pais.

-Cunha por que você não foi lá?

-To meio mal, enjoada! Expliquei.

-Sabe o que é? A mãe do Luan entrou com ele. Estavam abraçados.

-Não! Acho que foi a comida sogrinha.

-Ela ta assim tem um tempo. O Luan respondeu.

-Quanto tempo? A mãe dele perguntou desconfiada.

-Desde ontem! Mais nada de mais, tomei um remédio. Sorri.

Ficamos no quarto conversando. A Bru eu e o Luan conversamos muito e rimos também.

-Amor você ta melhor? O Luan me perguntou no ensaio, no local do show.

-To sim meu amor! Acho que foi a comida mesmo.

-Tem certeza?

-Tenho, relaxa!

Na hora do show, estava lotado. No Diário entrevistei uma apresentadora de TV que foi fazer uma matéria como Luan e entrevista-lo. Tiveram alguns famosos presentes. Pela primeira vez a Bruna ajudou no Diário, as fãs amaram. Nós, eu e a Bru, estávamos de preto, ela com um vestido e eu com uma calça jeans escura uma blusa preta só o salto que era rosa claro.

O show foi incrível. Tudo deu mais que certo, foi perfeito.

Entrei no quarto e fui direto pro banheiro, fechei aporta e tranquei. Eu estava muito enjoada, vomitei.

-Vida, abri a porta! O Luan batia na porta.

Abri aporta e abracei-o.

-Mor me ajuda! Falei com ele chorando.

-O que foi vida? Ele falou preocupado.

-Me ajuda mor! To mal de novo!

-Vem cá!

Ele me guiou até o banheiro e me deu um banho, me vestiu e sentou na cama me deixando deitada e fazendo carinho em mim. Dormi. Demorei, mas dormir. Estava me perguntando: “Será que eu to grávida?”

-Mor se eu estiver grávida? Acordei o Luan com essa pergunta.

-Uê! Por que isso?

-Por que eu to assim, sei lá!

Ele me abraçou e olhou em meus olhos.

-Mor você tem que ir ao médico ai a gente ver o que está acontecendo.

-Tem certeza? Perguntei a ele meio assustada.

-Tenho mor! É melhor a gente não pensar em nada antes de saber direitinho. Ele sorriu.

-Ta! Abaixei minha cabeça.

-Mor eu vou está com você não importa o que aconteça, ta bom?

-Ta!

Ele simplesmente beijou minha testa e me abraçou.

-Você ainda ta se sentindo mal? Ele perguntou.

-Não!

Nós tomamos café da manhã, o Luan e a mãe dele me faziam comer tudo. Depois do café subimos para o Luan se arrumar, ele iria participar de um programa de TV.

-Amor você fica! Minha mãe e meu pai com o Max vão comigo, você vai descansar! Ele falou quando viu que eu estava me arrumando.

-Mais Luan...

-Eu já disse! Nem vem discutir! Ele falou pra mim.

Ele foi, ao programa, eu e a Bruna, ficamos assistindo pela TV, era ao vivo. Assistimos a apresentação e cantamos junto com ele. Até que o apresentador fez uma pergunta:

“E a namorada, Luan, por que não veio? As meninas estam perguntando. Aconteceu alguma coisa?”

“Não! Não aconteceu nada! Ela ta no hotel, está meio indisposta, ficou descansando, mas não se preocupem é cansaço mesmo. Beijo mor!” Ele olhou pra câmera e fez um coração com as mãos.

-Que lindo! Eu falei e fazia um coração também.

A Bruna jogou um travesseiro em mim. A gente começou uma guerra de travesseiro. A gente riu e brincou até o Luan chegar, por que eu tive que voltar a minha rotina. Eu e o Max feito doido, no ensaio do show do Luan, revendo tudo que iríamos fazer pro Diário. Lá fora fui abordada pelas fãs que perguntavam: “B você está bem?” e eu respondia que só era cansaço e que eu já estava melhor.

O show, mais uma vez, foi incrível e lotado. Saiu tudo do jeito que imaginamos, até melhor. Eu estava mais disposta e com menos enjôos, estava bem melhor. Dona Marizete não tirava o olho de mim, parecia procurar alguma pista do que eu tinha. Ela andava desconfiada.

Eu e o Luan combinamos de passar em Salvador para irmos a minha médica. Não contei para minha mãe, ela iria entrar em crise. Avisei para a Mi, a Carol e a Ju, que ficaram ansiosas e brigaram comigo, na verdade, me deram conselhos.

Estávamos no carro indo para o consultório. O clima dentro do carro era tenso. Eu estava tensa e o Luan, dirigindo, tentando me fazer relaxar. Fomos os primeiros, do dia, atendidos, para evitar tumulto. Chegamos e foi à médica que nos atendeu, nem a secretária dela havia chegado.

-Oi Bia! Luan... Ela nos recebeu.

-Oi! Eu e o Luan respondemos juntos.

-Então vamos saber a verdade.

“Como ela pode falar isso com um sorriso no rosto?” Eu pensei.

Eu e o Luan entramos. Eu deitei na “cama” e a médica passou um gel na minha barriga, nessa hora segurei a mão do Luan, que sorriu pra mim.

Durante a viagem eu fiz mil perguntas ao Luan, do tipo; “E nossos pais?” “E a gente?” “Amor promete?” eu estava insegura quanto a isso, mas estava feliz, também, afinal, iria ter um filho do amor da minha vida. Mil coisas se passavam em minha cabeça, eu estava preocupada.

O Luan se mostrava mais tranqüilo e sempre me acalmando. Me dizia pra eu esquecer os outros e pensar na gente. “Amor eu vou está com você! A gente vai criar essa criança com muito amor e não irá faltar nada pra ela. Eu sei que nossas famílias irão nos dar bronca mais depois os corações amolecem!” ele sempre me ajudava e me tranqüilizava. Era só ele dizer que me amava que eu ficava tranquila.

A médica colocou o parelho de ultra-som em minha barriga e meu coração disparou.

-Vamos procurar! A médica sorriu.

“Ela ta demorando!” pensei.

A médica variava as caras e bocas que ela fazia e eu sem saber de nada. A tensão só aumentava.

-Então doutora? Eu perguntei impaciente.

-Bia eu achei uma coisa aqui...

Eu arregalei os olhos e o Luan sorriu.

-...seu estomago, fígado, útero, mas nada que chegue perto de um óvulo fecundado.

Quando ela falou aquilo o Luan se acabou na risada, eu o belisquei. Senti-me mais aliviada e ao mesmo tempo faltava algo em mim, acho que já tinha me acostumado a idéia de ter alguém dentro de mim.

-Tem certeza? Perguntei.

-Tenho, mas mesmo assim quero que faça um exame de sangue. A médica me respondeu enquanto limpava minha barriga.

-Viu? Eu disse pra não entrar em desespero antes da hora. O Luan falou quando estávamos no carro.

Eu sorri. Liguei para as meninas e avisei que não era gravidez e que estava indo em uma clínica ver o que era realmente. Na clínica o médico disse que pelos sintomas era uma pequena virose e que eu tive sorte de não ter evoluído, pelo tempo que eu estava sentindo isso. Ele passou um remédio se os sintomas voltassem e me liberou.

Na clínica demos um susto na recepcionista e nos pacientes. Eu e o Luan ficamos esperando nossa vez como qualquer outra pessoa. No tempo que esperamos tenho certeza que o Luan curou umas três meninas, ele cantou pra elas a pedido delas.

Ao final desse dia agitado, fomos para o aeroporto, depois de ter deixado o carro da minha mãe em casa, meus pais estavam viajando por causa do trabalho, o Luan iria grava um programa de TV.

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