Depois de muitos shows pelo Brasil voltamos a São Paulo, as apresentações dele já estavam esgotadas há quase um mês. A família foi acompanhar. Vieram a Bru, a mãe e o pai.
-Oi Bru!
Falei com a Bruna assim que ela entrou no meu quarto e do Luan. Eu estava assistindo TV e o Luan havia ido ver os pais.
-Cunha por que você não foi lá?
-To meio mal, enjoada! Expliquei.
-Sabe o que é? A mãe do Luan entrou com ele. Estavam abraçados.
-Não! Acho que foi a comida sogrinha.
-Ela ta assim tem um tempo. O Luan respondeu.
-Quanto tempo? A mãe dele perguntou desconfiada.
-Desde ontem! Mais nada de mais, tomei um remédio. Sorri.
Ficamos no quarto conversando. A Bru eu e o Luan conversamos muito e rimos também.
-Amor você ta melhor? O Luan me perguntou no ensaio, no local do show.
-To sim meu amor! Acho que foi a comida mesmo.
-Tem certeza?
-Tenho, relaxa!
Na hora do show, estava lotado. No Diário entrevistei uma apresentadora de TV que foi fazer uma matéria como Luan e entrevista-lo. Tiveram alguns famosos presentes. Pela primeira vez a Bruna ajudou no Diário, as fãs amaram. Nós, eu e a Bru, estávamos de preto, ela com um vestido e eu com uma calça jeans escura uma blusa preta só o salto que era rosa claro.
O show foi incrível. Tudo deu mais que certo, foi perfeito.
Entrei no quarto e fui direto pro banheiro, fechei aporta e tranquei. Eu estava muito enjoada, vomitei.
-Vida, abri a porta! O Luan batia na porta.
Abri aporta e abracei-o.
-Mor me ajuda! Falei com ele chorando.
-O que foi vida? Ele falou preocupado.
-Me ajuda mor! To mal de novo!
-Vem cá!
Ele me guiou até o banheiro e me deu um banho, me vestiu e sentou na cama me deixando deitada e fazendo carinho em mim. Dormi. Demorei, mas dormir. Estava me perguntando: “Será que eu to grávida?”
-Mor se eu estiver grávida? Acordei o Luan com essa pergunta.
-Uê! Por que isso?
-Por que eu to assim, sei lá!
Ele me abraçou e olhou em meus olhos.
-Mor você tem que ir ao médico ai a gente ver o que está acontecendo.
-Tem certeza? Perguntei a ele meio assustada.
-Tenho mor! É melhor a gente não pensar em nada antes de saber direitinho. Ele sorriu.
-Ta! Abaixei minha cabeça.
-Mor eu vou está com você não importa o que aconteça, ta bom?
-Ta!
Ele simplesmente beijou minha testa e me abraçou.
-Você ainda ta se sentindo mal? Ele perguntou.
-Não!
Nós tomamos café da manhã, o Luan e a mãe dele me faziam comer tudo. Depois do café subimos para o Luan se arrumar, ele iria participar de um programa de TV.
-Amor você fica! Minha mãe e meu pai com o Max vão comigo, você vai descansar! Ele falou quando viu que eu estava me arrumando.
-Mais Luan...
-Eu já disse! Nem vem discutir! Ele falou pra mim.
Ele foi, ao programa, eu e a Bruna, ficamos assistindo pela TV, era ao vivo. Assistimos a apresentação e cantamos junto com ele. Até que o apresentador fez uma pergunta:
“E a namorada, Luan, por que não veio? As meninas estam perguntando. Aconteceu alguma coisa?”
“Não! Não aconteceu nada! Ela ta no hotel, está meio indisposta, ficou descansando, mas não se preocupem é cansaço mesmo. Beijo mor!” Ele olhou pra câmera e fez um coração com as mãos.
-Que lindo! Eu falei e fazia um coração também.
A Bruna jogou um travesseiro em mim. A gente começou uma guerra de travesseiro. A gente riu e brincou até o Luan chegar, por que eu tive que voltar a minha rotina. Eu e o Max feito doido, no ensaio do show do Luan, revendo tudo que iríamos fazer pro Diário. Lá fora fui abordada pelas fãs que perguntavam: “B você está bem?” e eu respondia que só era cansaço e que eu já estava melhor.
O show, mais uma vez, foi incrível e lotado. Saiu tudo do jeito que imaginamos, até melhor. Eu estava mais disposta e com menos enjôos, estava bem melhor. Dona Marizete não tirava o olho de mim, parecia procurar alguma pista do que eu tinha. Ela andava desconfiada.
Eu e o Luan combinamos de passar em Salvador para irmos a minha médica. Não contei para minha mãe, ela iria entrar em crise. Avisei para a Mi, a Carol e a Ju, que ficaram ansiosas e brigaram comigo, na verdade, me deram conselhos.
Estávamos no carro indo para o consultório. O clima dentro do carro era tenso. Eu estava tensa e o Luan, dirigindo, tentando me fazer relaxar. Fomos os primeiros, do dia, atendidos, para evitar tumulto. Chegamos e foi à médica que nos atendeu, nem a secretária dela havia chegado.
-Oi Bia! Luan... Ela nos recebeu.
-Oi! Eu e o Luan respondemos juntos.
-Então vamos saber a verdade.
“Como ela pode falar isso com um sorriso no rosto?” Eu pensei.
Eu e o Luan entramos. Eu deitei na “cama” e a médica passou um gel na minha barriga, nessa hora segurei a mão do Luan, que sorriu pra mim.
Durante a viagem eu fiz mil perguntas ao Luan, do tipo; “E nossos pais?” “E a gente?” “Amor promete?” eu estava insegura quanto a isso, mas estava feliz, também, afinal, iria ter um filho do amor da minha vida. Mil coisas se passavam em minha cabeça, eu estava preocupada.
O Luan se mostrava mais tranqüilo e sempre me acalmando. Me dizia pra eu esquecer os outros e pensar na gente. “Amor eu vou está com você! A gente vai criar essa criança com muito amor e não irá faltar nada pra ela. Eu sei que nossas famílias irão nos dar bronca mais depois os corações amolecem!” ele sempre me ajudava e me tranqüilizava. Era só ele dizer que me amava que eu ficava tranquila.
A médica colocou o parelho de ultra-som em minha barriga e meu coração disparou.
-Vamos procurar! A médica sorriu.
“Ela ta demorando!” pensei.
A médica variava as caras e bocas que ela fazia e eu sem saber de nada. A tensão só aumentava.
-Então doutora? Eu perguntei impaciente.
-Bia eu achei uma coisa aqui...
Eu arregalei os olhos e o Luan sorriu.
-...seu estomago, fígado, útero, mas nada que chegue perto de um óvulo fecundado.
Quando ela falou aquilo o Luan se acabou na risada, eu o belisquei. Senti-me mais aliviada e ao mesmo tempo faltava algo em mim, acho que já tinha me acostumado a idéia de ter alguém dentro de mim.
-Tem certeza? Perguntei.
-Tenho, mas mesmo assim quero que faça um exame de sangue. A médica me respondeu enquanto limpava minha barriga.
-Viu? Eu disse pra não entrar em desespero antes da hora. O Luan falou quando estávamos no carro.
Eu sorri. Liguei para as meninas e avisei que não era gravidez e que estava indo em uma clínica ver o que era realmente. Na clínica o médico disse que pelos sintomas era uma pequena virose e que eu tive sorte de não ter evoluído, pelo tempo que eu estava sentindo isso. Ele passou um remédio se os sintomas voltassem e me liberou.
Na clínica demos um susto na recepcionista e nos pacientes. Eu e o Luan ficamos esperando nossa vez como qualquer outra pessoa. No tempo que esperamos tenho certeza que o Luan curou umas três meninas, ele cantou pra elas a pedido delas.
Ao final desse dia agitado, fomos para o aeroporto, depois de ter deixado o carro da minha mãe em casa, meus pais estavam viajando por causa do trabalho, o Luan iria grava um programa de TV.
Nenhum comentário:
Postar um comentário