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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Um novo rumo

-Amiga eu só queria saber da minha mãe... Eu fui enganada! Eu estava cega! Será que ele não podia ser mais... Mais compreensivo? E o que ele faz? Ele esfrega tudo em minha cara! Eu soluçava de tanto chorar.

Depois da briga que eu e ele tivemos a Mi me levou até a casa dela. Ficamos eu ela e o Ju. Eu havia explicado tudo o que tinha acontecido para os dois e a Mi ficou espantada.

-Eu sabia que aquele cara não era flor que se cheire! O soco que o Luan deu nele deve ter sido lindo! Quando ele passou lá em baixo pra ir pro hospital o nariz dele estava torto. O Ju ria.

-Linda é a minha vida agora! O que eu fiz? Eu chorava no colo da Mi.

-Amiga você estava com raiva e o Luan também. Pensa no lado dele.

-Pensar no lado dele? Foi só o que eu fiz todos esses oito meses! Eu só pensei no Luan, na vida do Luan e eu? Quem pensou em mim? Nem eu mesma!

-Amiga o Luan...

-Ah! Milena você vai defender o Luan agora? Me poupe! Eu quero meus pais amiga!

-Eu te levo lá! O Ju se ofereceu.

-Como é que eu vou pra lá sem roupa? Eu deixei tudo lá em Goiânia. Eu ia voltar com o Luan!

-Amiga para de chorar e liga pro Luan! A Mi mandou.

-Não! Eu fico sem roupa mais não ligo pra ele! Se ele quiser ele me ligue! Eu terminei de falar e ele ligou.

-Amor a gente precisa conversar!

-Agora você quer...

-Desce to no carro, ainda.

Eu pensei, por uns longos segundos, antes de dá a resposta.

-Ta! To descendo. Desliguei e desci.

Quando cheguei perto do carro ele saiu, do carro, e veio em minha direção tentou me beijar, mas não deixei.

-Luan você acha que um beijo vai resolver o que? Sua vida? Se sua vida se resolve som um beijo a minha não! Eu quero a minha mala!

-Amor...

-Luan eu quero a minha mala! Eu quero as minhas coisas!

-Ta em Goiânia, você sabe! Tem que ir lá pegar!

-Você acha que amanhã chega?

Ele olhou pra mim e sorriu. Chegou perto e alisou meu rosto. Eu o olhei e afastei a mão dele de mim.

-Você fica linda assim brava! Ele sorriu.

-Foi pra ri? Você está achando que eu estou brincando? Enganou-se! Eu estou falando sério!

-Amor pára!

-Parar com o que? Amor por quê?

-Por eu te amo, por isso o amor! E quer parar de dizer que o nosso namoro acabou?!

-Se acabou! Eu vou te iludir e dizer que não?

-Entra aqui! Ele abriu a porta do carro e nós entramos.

-O que foi? Olhei pra ele.

-Não acabou!

-Não, pra você!

-Beatriz o que você vai fazer com o Diário? Você vai deixar ele? E você está terminando por quê?

-O Diário o Max cuida. Depois de um tempo eu volto! Eu estou terminando pela sua falta de compreensão!

-Falta?

-É!

-Sabe que é conciliar a minha rotina com você? Sabe o que é me desdobrar pra te dá o mínimo de atenção? Sabe o que é te amar mais do que a mim mesmo?

-Eu sei Luan! E ficou mais fácil, pra você, quando eu larguei tudo e todos pra entrar na sua rotina, ou seja, você não precisa fazer muito esforço! E você sabe que isso não é nem a metade do que eu faço e fiz por você!

-Eu sei! Por isso mesmo eu me esforço o bastante pra ficar com você e do seu lado em tudo! Fazer o que eu faço, não é fácil e você sabe!

-Eu sei! Eu vejo, não sou cega!

-Parece!

-Olha quem ta falando! Ri.

-Amor você e eu ainda estamos com a cabeça quente é melhor a gente conversar amanhã!

-Eu vou pra casa de praia da minha tia, amanhã! Vou está ocupada o resto da minha vida pra você!

-Olha pra mim e diz que não quer mais? Ele virou meu rosto e olhou em meus olhos.

-Falar o que? Olhei pra ele.

-Que não quer mais. Que acabou!

Acabar? Essa palavra não existia em meu dicionário, mas era preciso. Nossa relação não estava bem. E eu não sentia que ela ia continuar. Sentia que seria melhor pra nós dois. Sentia que meu coração já estava machucado demais e que ele não aguentaria mais. Mais olhar pra ele e dizer que acabou, seria demais pra mim. A razão pedia pra eu parar e o coração gritava pra eu beijá-lo e seguir com ele.

-Acabou! Pronto? Satisfeito?

-Eu te amo! Ele falou.

Quando ele falou aquilo meu coração doeu. Chegamos perto um do outro, senti a respiração dele em meu rosto. Nossos lábios se tocaram, mas eu me afastei e saí do carro.

-Amor volta! Ele chamou.

Eu não olhei pra trás. Segui meu caminho sozinha, séria assim de agora em diante.

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