Naquela mesma noite eu acordei, perdi o sono derrepente. Virei e olhei pra ele, parecia um anjo dormindo. Eu amava vê-lo dormir. Acariciei o rosto dele e levantei. Fui à varanda. A noite estava linda e a lua estava, praticamente, cheia, o céu estava lindo. Fiquei ali por instantes observando a noite.
Algo me chamou atenção. Um casal vinha na calçada, estavam andando de mãos dadas, e o rapaz largou a mão da menina se ajoelhou diante dela, pegou uma caixinha e concerteza a pediu em casamento. Achei aquela atitude linda.
Senti o toque leve das mãos dele me envolverem pela cintura, me dando um abraço, por trás. Ele apoiou o seu rosto em meu ombro e observou por instantes aquela cena.
-Perdeu o sono? Ele me perguntou.
-Perdi!
-Acho que ela aceitou.
Ele comentou depois de termos visto a menina beijar intensamente o rapaz.
-Você acha? Eu tenho certeza! Sorri.
-Acho que se eu parasse o trânsito eu não iria conseguir seu “sim”.
-Luan pára de ser besta! Eu já falei que meu “sim” você tem é só ter paciência.
-Você vai querer casar onde?
-Em Salvador!
-Então nossos filhos vão nascer em Campo Grande.
-Oxe! Jamais! Vão ser baianos!
-Então a gente casa em Campo Grade.
-Pronto! Combinado!
Eu comecei a ri. Ele me virou. Me olhou, nos olhos, por instantes, e me beijou. Foi um beijo devagar, leve e carinhoso. Era como se ele quisesse me dizer; “eu te amo” naquele beijo. O beijo foi longo e macio. Ele acariciava a minha nuca de um jeito que me fazia arrepiar. As leves mordidas em meus lábios, ao termino do beijo, o fizeram sorrir. Aquele sorriso que só ele tinha, o que me deixava encantada e me dava vontade de ficar observando durante muito tempo.
-Eu te amo! Ele falou quando nossas testas se encostaram e de olhos fechados.
-Como eu posso fazer pra te dizer em palavras o que eu sinto? Por que nem todas as palavras do mundo descreveriam o que eu estou sentindo agora e o que eu sinto por você. Depois de ter dito isso a ele o abracei.
-Não solta mais! Ele brincou me apertando forte, naquele abraço.
-Não solto, não solto e não solto! Respondi.
Ele me carregou no colo me levou até a cama, pegou o violão e começou a dedilhar. O observei fazer a canção por um tempo. Não demorou muito para o sono vir novamente. Dormir com ele cantando palavras de uma canção incerta. A voz dele me acalmava. Dormir e tive certeza que ele iria me observar por um tempo antes de adormecer, novamente.
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