-Tem certeza que quer ir pra casa de praia?
Estávamos, na van, indo para Salvador, depois do show.
-Tenho! Respondi.
-E o que você achou da Nanda? O Luan me perguntou.
-Ela é muito legal! Vai ser minha companheira, nas viagens. E você? Sorri e deitei no colo do Luan.
-Ela é super legal!...Você viajava no São João, pra onde mor? Ele perguntou fazendo carinho em mim.
-Ah! Era pra um interior que fica à uma hora e meia de Cruz, Amargosa. É uma das cidades que mais gosto, me faz bem! É o melhor São João da Bahia! Sorri.
Assim que chegamos na casa fomos tomar banho e dormir, os dois estavam cansados. Dormimos abraçados.
No meio da noite me mexi e percebi que o Luan não estava na cama, abri meus olhos e o procurei no quarto e ele não estava. Meu coração disparou e eu fiquei com medo. “O Luan não podia ter me deixado aqui, sozinha!” pensei. Levantei e fui procurar por ele.
Chegando ao jardim eu vi uma cena linda. A lua refletia na água da piscina e iluminava aquele rosto de anjo que ele tinha. Ele dedilhava no violão procurando um arranjo nas notas musicais. O observei por instantes. Ele estava distraído e concentrado, com os pés dentro d’água. A presença dele me acalmava e me deixava mais forte.
Ele olhou pra trás, abriu aquele sorriso, perfeito, e bateu a mão no chão, indicando o lugar, ao lado dele, para que eu me sentasse. Caminhei até ele e sentei, mas não coloquei meus pés na piscina, estava com frio.
-Ta fazendo o que? Perguntei a ele acariciando o seu rosto.
-Procurando um arranjo pra uma das músicas que fiz. Ele sorriu.
Ficamos nos olhando por um tempo, até que ele quebrou o silêncio.
-O que você tem? Ele alisou meu rosto.
-Nada! Eu acordei e vi que você não estava ao meu lado e...
-Eu te amo! Ele sorriu.
Ele tirou o violão do colo o deixou no chão e me puxou. Sentei no colo dele e depois de um tempo, trocando declarações nós voltamos para o quarto.
No dia seguinte eu acordei, eu e o Luan estávamos abraçados eu fiquei acariciando o rosto dele.
-Mor to carente! Ele falou ainda com os olhos fechados.
-Ta carente é? Eu dei um beijo nele.
Ele apoiou a cabeça em meu ombro. Ficamos abraçados um tempo, eu fiquei fazendo carinho nele.
-Mor ta na hora da gente acordar! Falei.
-Quero não! Ele me abraçou.
-Mas...
O celular dele tocou, era a Dagmar.
-A Dada não me esquece né?! O Luan resmungou.
Eu levantei e peguei o notebook pra editar os vídeos do dia anterior e o Luan falando com a Dag no celular.
-A Dag me ama! Ele fez uma cara de tédio.
Eu ri.
-Ta fazendo o que? Ele perguntou.
-Editando. Vai querer comer?
-To com fome, mesmo! Ele sorriu.
Eu levantei e fui até a cozinha o Luan me acompanhou. Nós na cozinha éramos um desastre, mas eu consegui fazer um café e torradas, o Luan se acabou na melancia enquanto me esperava.
-Mor, quando a gente casar, eu não vou morrer de fome! Ele riu.
-Vai rindo! Vou fazer um curso de culinária! Brinquei.
Eu e ele tomamos café e logo depois arrumamos a cozinha. A gente brincava com a espuma enquanto lavávamos os pratos. O Luan foi tomar banho e eu fiquei na sala assistindo TV e editando os vídeos. Ri com os vídeos que eles fizeram, um zoando o outro, estavam engraçados. Decide fazer um making off e colocar, também, o vídeo em que eu e o Luan jogamos bola. Assistir aos vídeos detalhadamente e...
-Luan Rafael Domingos Santana! O chamei.
Ele desceu as escadas, de toalha, e me olhou assustado.
-Vem aqui! Mandei.
Ele veio, até mim, ainda assustado.
-Que foi? Ele perguntou.
-Que vídeo é esse? Entreguei o computador a ele.
No vídeo o Max dava um close de cima a baixo em uma mulher que parecia está trabalhando na divulgação de algo e eles comentando o que achavam dela. Eu estava de braços cruzados esperando uma resposta.
-Foi arte do Max e eu levo a culpa?
-Tem sua voz ai, gatinho! Falei ironicamente.
-Tem?
-Luan Rafael eu não estou brincando!
-Eu só falei que ela era bonita!
-Tudo bem! Arranquei o notebook das mãos dele e me sentei no sofá.
Ele começou a dançar na minha frente, de toalha, eu o olhei e dei risada.
-Ah! Mor não fica brava. Eu sou seu! Ele piscou.
-Se você fizer isso de novo... Eu vou embora!
-Êita! Muié ciumenta! Ele sentou do meu lado.
-Sou mesmo! E você também!
-É, verdade!
Eu ri.
-Eu lembrei de uma música, não sei por que! Comentei sorrindo.
-Qual é? Ele perguntou.
-Nossa! Nossa! Assim você me mata! Ai se eu te pego! Ai, ai se eu te pego! Cantarolei.
O Luan sorriu e me beijou.
-Vem aqui! Ele me puxou.
-Pra onde? Eu tenho que colocar o vídeo no site e me arrumar!
-A gente tem duas horas ainda! Ele me puxava, pela mão, até o quarto.
Quando chegamos ao quarto ele me deu uma juntada.
-Me pega! Ele deu um sorriso safado.
Eu arregalei os meus olhos, mas depois eu o beijei.
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