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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

"Me pega!"

-Tem certeza que quer ir pra casa de praia?

Estávamos, na van, indo para Salvador, depois do show.

-Tenho! Respondi.

-E o que você achou da Nanda? O Luan me perguntou.

-Ela é muito legal! Vai ser minha companheira, nas viagens. E você? Sorri e deitei no colo do Luan.

-Ela é super legal!...Você viajava no São João, pra onde mor? Ele perguntou fazendo carinho em mim.

-Ah! Era pra um interior que fica à uma hora e meia de Cruz, Amargosa. É uma das cidades que mais gosto, me faz bem! É o melhor São João da Bahia! Sorri.

Assim que chegamos na casa fomos tomar banho e dormir, os dois estavam cansados. Dormimos abraçados. 

No meio da noite me mexi e percebi que o Luan não estava na cama, abri meus olhos e o procurei no quarto e ele não estava. Meu coração disparou e eu fiquei com medo. “O Luan não podia ter me deixado aqui, sozinha!” pensei. Levantei e fui procurar por ele.

Chegando ao jardim eu vi uma cena linda. A lua refletia na água da piscina e iluminava aquele rosto de anjo que ele tinha. Ele dedilhava no violão procurando um arranjo nas notas musicais. O observei por instantes. Ele estava distraído e concentrado, com os pés dentro d’água. A presença dele me acalmava e me deixava mais forte.

Ele olhou pra trás, abriu aquele sorriso, perfeito, e bateu a mão no chão, indicando o lugar, ao lado dele, para que eu me sentasse. Caminhei até ele e sentei, mas não coloquei meus pés na piscina, estava com frio.

-Ta fazendo o que? Perguntei a ele acariciando o seu rosto.

-Procurando um arranjo pra uma das músicas que fiz. Ele sorriu.

Ficamos nos olhando por um tempo, até que ele quebrou o silêncio.

-O que você tem? Ele alisou meu rosto.

-Nada! Eu acordei e vi que você não estava ao meu lado e...

-Eu te amo! Ele sorriu.

Ele tirou o violão do colo o deixou no chão e me puxou. Sentei no colo dele e depois de um tempo, trocando declarações nós voltamos para o quarto.

No dia seguinte eu acordei, eu e o Luan estávamos abraçados eu fiquei acariciando o rosto dele.

-Mor to carente! Ele falou ainda com os olhos fechados.

-Ta carente é? Eu dei um beijo nele.

Ele apoiou a cabeça em meu ombro. Ficamos abraçados um tempo, eu fiquei fazendo carinho nele.

-Mor ta na hora da gente acordar! Falei.

-Quero não! Ele me abraçou.

-Mas...

O celular dele tocou, era a Dagmar.

-A Dada não me esquece né?! O Luan resmungou.

Eu levantei e peguei o notebook pra editar os vídeos do dia anterior e o Luan falando com a Dag no celular.

-A Dag me ama! Ele fez uma cara de tédio.

Eu ri.

-Ta fazendo o que? Ele perguntou.

-Editando. Vai querer comer?

-To com fome, mesmo! Ele sorriu.

Eu levantei e fui até a cozinha o Luan me acompanhou. Nós na cozinha éramos um desastre, mas eu consegui fazer um café e torradas, o Luan se acabou na melancia enquanto me esperava.

-Mor, quando a gente casar, eu não vou morrer de fome! Ele riu.

-Vai rindo! Vou fazer um curso de culinária! Brinquei.

Eu e ele tomamos café e logo depois arrumamos a cozinha. A gente brincava com a espuma enquanto lavávamos os pratos. O Luan foi tomar banho e eu fiquei na sala assistindo TV e editando os vídeos. Ri com os vídeos que eles fizeram, um zoando o outro, estavam engraçados. Decide fazer um making off e colocar, também, o vídeo em que eu e o Luan jogamos bola. Assistir aos vídeos detalhadamente e...

-Luan Rafael Domingos Santana! O chamei.

Ele desceu as escadas, de toalha, e me olhou assustado.

-Vem aqui! Mandei.

Ele veio, até mim, ainda assustado.

-Que foi? Ele perguntou.

-Que vídeo é esse? Entreguei o computador a ele.

No vídeo o Max dava um close de cima a baixo em uma mulher que parecia está trabalhando na divulgação de algo e eles comentando o que achavam dela. Eu estava de braços cruzados esperando uma resposta.

-Foi arte do Max e eu levo a culpa?

-Tem sua voz ai, gatinho! Falei ironicamente.

-Tem?

-Luan Rafael eu não estou brincando!

-Eu só falei que ela era bonita!

-Tudo bem! Arranquei o notebook das mãos dele e me sentei no sofá.

Ele começou a dançar na minha frente, de toalha, eu o olhei e dei risada.

-Ah! Mor não fica brava. Eu sou seu! Ele piscou.

-Se você fizer isso de novo... Eu vou embora!

-Êita! Muié ciumenta! Ele sentou do meu lado.

-Sou mesmo! E você também!

-É, verdade!

Eu ri.

-Eu lembrei de uma música, não sei por que! Comentei sorrindo.

-Qual é? Ele perguntou.

-Nossa! Nossa! Assim você me mata! Ai se eu te pego! Ai, ai se eu te pego! Cantarolei.

O Luan sorriu e me beijou.

-Vem aqui! Ele me puxou.

-Pra onde? Eu tenho que colocar o vídeo no site e me arrumar!

-A gente tem duas horas ainda! Ele me puxava, pela mão, até o quarto.

Quando chegamos ao quarto ele me deu uma juntada.

-Me pega! Ele deu um sorriso safado.

Eu arregalei os meus olhos, mas depois eu o beijei.

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