Comecei a comandar o Diário em casa. Sempre falava com o Max pelo celular e pela internet. Fugia do assunto sobre eu e o Luan, sempre quando ele perguntava e eu sabia que o Luan que pedia. Ligava sempre pro Anderson pra saber o que estava acontecendo, com a banda e a equipe, não queria saber nada sobre o Luan, pelo menos, por enquanto.
Logo depois que o Luan foi embora eu fui rever meus pais, que estavam bem melhor que antes. Acho que eles precisavam de um susto pra ficarem mais apaixonados. Minha mãe sempre me perguntava se eu estava bem, eu sempre respondia “estou”, mas era uma grande mentira.
Me dedicava ao Diário vinte e quatro horas do meu dia, mas, por muitas vezes, não sabia se era pra eu fugir do Luan ou pra lembrá-lo. As noites eram mais difíceis, mas tinha que me acostumar. Sem ele a noite parecia não ter fim, era uma tortura. O celular tocava e eu o ignorava. Muitas vezes eu ficava olhando o celular tocar, em minha mão, era sempre ele.
Eu passei dias dentro de casa. A Mi me fazia companhia e ela dizia estar assustada comigo. Eu não comia direito e meu humor alterava muito rápido. Estava impaciente e não admitia erros. A gente vivia conversando sobre isso e outros assuntos, nada relacionados ao Luan.
Os presentes que ele havia me dado, fotos e outras, tantas, coisas que me lembrava ele, ficaram guardados em uma caixa debaixo da minha cama para que eu não as olhasse em momento algum. Tinha noites que eu não me continha e revia todas as coisas e atendia o celular só pra ouvi-lo e, logo depois, desligava.
Meu coração estava mais machucado que antes, tinha que admitir. Eu não sabia pra onde ir sem ele ao meu lado. Sem ele pra dar o primeiro passo eu ficava perdida. Mais tinha que me acostumar com a minha decisão, fui eu quem escolheu e eu tinha que assumir as consequências da minha escolha.
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