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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Here Without You

-Mor? Ele me ligou.

-Oi meu amor! Tava pensando em você!

-Eu também! Ta no twitter né? Só dá o Diário de Bordo em minha home. Ele riu

-É! To sim! Elas tão me mandando cada mensagem linda.

-To vendo!

-Ta fazendo o que? Eu perguntei a ele.

-Além de pensar em você e sentir saudades? Nada!

-Que lindo meu amor!

-E você? Além do twitter ta fazendo o que?

-Falando com o amor da minha vida!

-Bia vem cá! Minha mãe gritou.

-Amor, vou aqui, minha mãe ta me chamando. Te amo viu?

-Também amo! Manda beijo pra sogrinha!

-Ta, mando sim! Depois ligo.

-Ta! Beijo na boca! Ele brincou.

-Outro bem gostoso!

Depois de me despedir das meninas, no twitter, fui ver o que minha mãe queria. Ela estava arrumando o guarda-roupa dela e “era cada coisa que saia de lá!” Coisas muito velhas.

-Olha isso!

Ela me mostrou a carta que o Luan tinha me escrito quando era pequeno, nela dizia: “te amo Bebê!”.

-Não é linda? Ela me perguntou, brincando.

-É sim! Eu sorri.

Depois de ter falado com o Luan até ele dormir, eu fiquei na minha cama olhando pro teto e pensando; será que o que eu e o Luan estamos vivendo, vai voltar a ser amizade? Será que vai até onde estamos pensando? Será que...?

-Pára de pensar isso Beatriz! Falei comigo mesma. Virei-me e fui dormir.

-BOM DIA! DORMINHOCA! Minha mãe e meu pai me acordaram antes de irem trabalhar.

Meu aniversário caiu no meio da semana.

Sentei na cama, assustada, e peguei a bandeja de café da manhã das mãos do meu pai, depois de muitos beijos e abraços.

-Olha; a Mi e o Jú disseram que iriam te levar naquele restaurante que você gosta, pra almoçarem. Não esquece! Minha mãe me avisou, antes de saírem.

Tomei café entre ligações de amigos e da família. Levantei fui tomar banho e me vestir. Entrei no twitter e agradeci a todos o carinho e as mensagens que havia recebido. Os fãs do Luan e do Diário tinham feito vídeos e declarações muito lindas.

“Amores brigada pelo carinho e as palavras que vocês me dão e me dizem. Eu não sei como agradecer, sério! Amo muito vocês e muito obrigada por terem me aceitado nessa Família Linda! Agora eu vou sair e prometo que amanhã eu entro e fico na seguilancia, ok? Beijos”

Saí do computador e foi ai que havia percebido que estava com meu celular desde quando eu acordei, mas esperando uma única ligação, a dele, a do Luan.
Chegou à hora do almoço e fomos à churrascaria que eu mais gostava. Estávamos nos divertimos. O Jú e a Mi chamaram uma galera que não tinha mais visto, devido à correria.

-B larga esse celular! Reclamou a Mi.

-Mas ele vai me...

-Amiga ele vai te ligar, sim, calma!

Curti o almoço, mas me senti incomodada com fleches que disparavam em minha direção o tempo todo. Eram clientes e fotógrafos de revistas e jornais que haviam descoberto onde eu iria comemorar meu aniversário.

-Bia e o Luan? Uma repórter me perguntou quando estava saindo do restaurante e quase entrando no carro do Jú.

-Ele está trabalhando! Eu sorri. Estava, quase, com a mão na porta, do carro.

-Não vão passar essa data juntos?

-Nós comemoramos, já! Pisquei pra ela e entrei no carro. Minhas respostas foram meio frias. 

-Nossa! Amiga to me sentindo, agora! Cheio de repórter e fotógrafos a nossa volta. A Mi comentou.

Eu estava olhando o celular e nem escutei o que ela falava. Fixava o olhar no celular parecia que com isso ele iria tocar. Sem ele, o Luan, eu me sentia fraca e desprotegida, diante de repórteres e fotógrafos, aprecia que faltava força.

Quando estávamos chegando a minha casa...

-B tem um carro ali, será que é do Luan? O Jú comentou.

Eu que estava ainda esperando o celular tocar, meio que despertei.

-É o Anderson! Abri um sorriso.

Saí do carro do Jú e fui correndo em direção ao Anderson.

-Onde tá o Luan? Perguntei ao Anderson olhando pra dentro do carro.

-Calma! Ele ta no Piauí. Pediu-me pra te entregar isso!

Ele me deu um bilhete.

-E você só veio aqui pra isso?

-Não! Estava acertando umas coisas aqui.

-Show?

-É... Mais ou menos. Tenho que ir!

-Anderson me leva?

-B o Luan disse que não! Ler o bilhete!

E nisso ele entrou no carro e foi embora.

-Como assim ele disse que “não”? Pensei alto.

-Amiga o que ele queria?

-Me entregar isso! Dei o bilhete nas mãos da Mi com muita raiva e fui entrando no prédio.

-Amiga que lindo! Ela comentou já no hall do elevador.

-O que? O Luan dizer que não me quer com ele lá? Falei com raiva.

-Não, o bilhete! Ela falou.

-Não quero saber! Comecei a me balançar de raiva.

-Nem se ele dissesse que ele só vai te ligar sete e cinquenta da noite por que foi a hora que você nasceu e que o bicuço vai está no aeroporto nove, da noite, te esperando?

-Sério?

-É o que ele diz aqui! Ela me deu o bilhete.

-Meu namorado é lindo né?

A Mi e eu rimos. Chegamos a minha casa e fizemos uma seção pipoca, coisa que não fazíamos há meses. O Jú nos deixou em minha casa por que ele tinha que ir pra faculdade.

Chegou à noite. E eu esperando dá sete horas. Estava esperando meus pais chegarem e me arrumando pra tentar me acalmar. Meus pais chegaram com uma torta de chocolate maravilhosa e com um presente; um Ipad, lindo.

-Ah! Mentira! Sério? Pra mim? Falei empolgada com o presente nas mãos.

-Sério! Filha você agora é tecnológica então pensamos e compramos esse. Meu pai explicou.

-Brigada, amei!

Comecei a mexer no meu mais novo “aparelho tecnológico”, como meu pai o intitulou. Adorei descobrir as funções dele, afinal diminuiu a minha ansiedade pela ligação. Estava tão distraída com o meu presente que esqueci as horas. Meu celular tocou e eu saí correndo pra varanda atender.

-Parabéns meu amor! Era ele. Era a voz que eu mais queria ouvir naquele dia, a do Luan.

-Eu te mato Luan Rafael!

-Êita muié! Eu fiz o que?

-Me deixou sem você o dia todo!

-Amor só queria te ligar agora! Você não nasceu às sete e cinqüenta?

-Nasci!

-Então?! Parabéns!

Eu ri.

-Eu quero você aqui bem pertinho de mim! O bicuço daqui a pouco ta ai.

-Eu sei!

-Então... Ai eu vou te dá um abraço, um beijo e você vai ser minha de novo.

-Ta, bom!

-O que foi?

-Nada! To pensando.

-Pensando em que?

-Como vou te bater!

A gente riu.

-Amor atrasa não. Está tudo certinho! Planejei tudo!

-Ta, meu amor, to indo pro aeroporto já.

-Ok! Te amo muito!

-Também te amo!

Meu pai me levou ao aeroporto. Esperamos o bicuço durante quinze minutos. Entrei e estava vazio, estranhei, já que eu sempre o via cheio de gente. Na minha poltrona estavam umas três caixas de presente; uma era do Max, outra da Dada e do Anderson e a outra do Luan. O Max me deu um ursinho que eu disse que lembrava um pouco a cara dele, quando passamos em uma loja de Londrina. A Dada e o Anderson me deram um cartão de memória de 120GB, por que eu sempre reclamava da memória do meu computador. O Luan me deu o Bube reformado e com o cheiro dele.

Cheguei ao Piauí e um carro estava a minha espera.

-Oi Wellington! Vai me levar ao show?

-Oi B! Vou sim.

No caminho eu fiquei observando a cidade pela janela. Quando sair do carro, já no local do show, e vi pessoas passando pra lá e pra cá...

-Estou de volta a minha bela rotina! Eu e o Wellington rimos.

Fomos para o camarim, mas o Luan já havia entrado no palco, então resolvi assistir ao show em cima do palco. Entre muitos abraços e desejos de felicidades, do pessoal da produção, eu assistia a pessoa que eu mais amava fazer o que amava. Assistia ele cantar e saber que ele estava feliz era meu maior presente.

-Coisas lindas eu vou contar um segredo pra vocês, posso? A muié da minha vida, hoje, completa dezenove anos. E sabem onde ela está? Bem ali me observando. (O Luan apontou pra mim). Vem cá amor!

Eu fiquei surpresa ele parou o show pra que? O Luan iria aprontar alguma. Quando entrei no palco fui recebida por um coral de “Parabéns pra você” de mais de cinquenta mil pessoas. Eu não contive as lágrimas e o Luan segurou a minha mão.

-Ela não é linda? Ele sorriu.

-Brigada amores! (Agradeci) Boa noite!

-Então amor, elas já sabem o que eu vou fazer aqui. Elas amaram! (O Luan se ajoelhou em minha frente) Marreta tá fazendo o que ainda ai?

O Marreta se levantou e sentou em um outro instrumento, que parecia um banquinho.

-O que você vai fazer? Eu perguntei olhando para o Luan.

Ele simplesmente abriu um sorriso e começou a cantar Here Without You pra mim. Eu fiquei parada olhando pra ele. Ele que estava de joelhos se levantou me puxou e me abraçou. Ele ali cantando uma música que eu amava e abraçado comigo era muito bom. Um presente inesquecível, era a prova que faltava pra que eu, realmente, tivesse certeza que eu tinha tomado a decisão certa.

Quando ele terminou nos olhamos e ele me deu um beijo.

-Parabéns amor! Eu, a banda, inteira, e a família Luan Santana queremos que você seja muito feliz e que continue nos enchendo de alegria a cada dia, em cada sorriso que dá.

Eu não tinha palavras, estava chorando e muito emocionada. O Luan me abraçou, novamente, e eu olhei pra as fãs que estavam na frente do palco, elas estavam chorando.

-Amores eu não estava esperando nada disso aqui, mas saibam que eu quero que vocês se sintam abraçadas pelo Luan! Quem não conseguiu hoje, pode ter certeza que virão outras vezes e não desistam do sonho de vocês. Eu queria agradecer o carinho de vocês, também, e obrigada por cederem um pouco do Luan pra mim hoje. To indo, já! Não quero atrapalhar mais. Agradeci ao público e fui saindo.

-Por isso que eu amo ela! E pode tirar o olho que é minha viu? O Luan brincou e seguiu com o show.

Eu voltei para o meu lugar enxuguei as lágrimas olhei pra o anel de coco e a aliança de compromisso e tive a certeza que aquilo era o que eu queria. Era com aquele cantor que era muito jovem, mas que conseguiu mudar a cara da música sertaneja, que recebia elogios de todos e que conseguiu está onde estava com muita luta, que eu queria ficar o resto da minha vida.

Quando chegamos ao hotel ficamos trocando carinhos e muitas declarações e o sono nos pegou.

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